Questõesde FGV sobre Concordância verbal, Concordância nominal

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Foram encontradas 8 questões
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FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Preposições, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia

Tendo em vista o tom de crônica que a colunista imprime a seu artigo, ela se sente livre para utilizar elementos linguísticos que não se enquadram nas normas da língua escrita padrão.
Dos elementos citados abaixo, o único que NÃO tem essa característica, isto é, o único que preserva a norma-padrão é o emprego

Para responder à questão, leia o seguinte texto, em que a autora, colunista de gastronomia, recorda cenas de sua infância: 


Uma tia-avó 


    Fico abismada de ver de quanta coisa não me lembro. Aliás, não me lembro de nada.
    Por exemplo, as férias em que eu ia para uma cidade do interior de Minas, acho que nem cidade era, era uma rua, e passava por Belo Horizonte, onde tinha uma tia-avó. 
    Não poderia repetir o rosto dela, sei que muito magra, vestido até o chão, fantasma em cinzentos, levemente muda, deslizando por corredores de portas muito altas. 
    O clima da casa era de passado embrulhado em papel de seda amarfanhado, e posto no canto para que não se atrevesse a voltar à tona. Nem um riso, um barulho de copos tinindo. Quem estava ali sabia que quanto menos se mexesse menor o perigo de sofrer. Afinal o mundo era um vale de lágrimas. 
    A casa dava para a rua, não tinha jardim, a não ser que você se aventurasse a subir uma escada de cimento, lateral, que te levava aos jardins suspensos da Babilônia. 
    Nem precisava ser sensível para sentir a secura, a geometria esturricada dos canteiros sob o céu de anil de Minas. Nada, nem uma flor, só coisas que espetavam e buxinhos com formatos rígidos e duras palmas e os urubus rodando alto, em cima, esperando… O quê? Segredos enterrados, medo, sentia eu destrambelhando escada abaixo. 
    Na sala, uma cristaleira antiga com um cacho enorme de uvas enroladas em papel brilhante azul. 
    Para mim, pareciam uvas de chocolate, recheadas de bebida, mas não tinha coragem de pedir, estavam lá ano após ano, intocadas. A avó, baixinho, permitia, “Quer, pode pegar”, com voz neutra, mas eu declinava, doida de desejo. 
    Das comidas comuns da casa, não me lembro de uma couvinha que fosse, não me lembro de empregadas, cozinheiras, sala de jantar, nada. 
    Enfim, Belo Horizonte para mim era uma terra triste, de mulheres desesperadas e mudas enterradas no tempo, chocolates sedutores e proibidos. Só valia como passagem para a roça brilhante de sol que me esperava. 

Nina Horta, Folha de S. Paulo, 17/07/2013. Adaptado.
A
da preposição “em”, no trecho “as férias em que eu ia para uma cidade do interior de Minas”.
B
do verbo “tinha” em lugar de “havia”, no trecho “onde tinha uma tia-avó”.
C
dos pronomes “você e “te” na mesma frase, tal como ocorre no 5º parágrafo.
D
da palavra “destrambelhado” (6º parágrafo).
E
de uma frase nominal (sem verbo) para constituir o 7º parágrafo.
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FGV 2020 - Português - Pronomes possessivos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Se, no texto, em lugar de “vosso”, fosse usado o pronome “teu” ou “seu”, a concordância nos quatro primeiros versos estaria correta apenas em:

Texto para a pergunta

UMA MULHER, DA PORTA DE ONDE SAIU O HOMEM,

ANUNCIA-LHE O QUE SE VERÁ


– Compadre José, compadre,

que na relva estais deitado:

conversais e não sabeis

que vosso filho é chegado?

Estais aí conversando

em vossa prosa entretida:

não sabeis que vosso filho

saltou para dentro da vida?

Saltou para dentro da vida

ao dar o primeiro grito;

e estais aí conversando;

pois sabei que ele é nascido.

João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.


A
“Compadre José, compadre, / que na relva está deitado: converse e não sabe / que teu filho é chegado?”
B
Compadre José, compadre, / que na relva estás deitado: conversa e não sabes / que seu filho é chegado?”
C
Compadre José, compadre, / que na relva estais deitado: converse e não saiba / que seu filho é chegado?”
D
Compadre José, compadre, / que na relva está deitado: conversas e não saibas / que teu filho é chegado?”
E
“Compadre José, compadre, / que na relva estás deitado: conversas e não sabes / que teu filho é chegado?”
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FGV 2014, FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere as seguintes afirmações sobre diferentes elementos do texto:


I O verbo “rimarei”, empregado duas vezes no início do texto, pode ser entendido em seu sentido literal nas duas ocorrências.

II No verso “nem deslizar de lancha entre camélias” (2ª. estrofe), a palavra “deslizar” deve ser lida como substantivo e não como verbo.

III O pronome que ocorre na frase “se ainda as há” (3ª. estrofe), embora esteja no plural, relaciona-se, quanto ao sentido, com uma palavra no singular.


Está correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão


Consideração do poema



Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II,
E
II e III.
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FGV 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Regência, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista das normas da língua escrita padrão, está correta apenas a proposta de substituição feita, entre colchetes, em

Texto para a questão



CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS

— O dia hoje está difícil;

não sei onde vamos parar.

Deviam dar um aumento,

ao menos aos deste setor de cá.

As avenidas do centro são melhores,

mas são para os protegidos:

há sempre menos trabalho

e gorjetas pelo serviço;

e é mais numeroso o pessoal

(toma mais tempo enterrar os ricos).

— pois eu me daria por contente

se me mandassem para cá.

Se trabalhasses no de Casa Amarela

não estarias a reclamar.

De trabalhar no de Santo Amaro

deve alegrar-se o colega

porque parece que a gente

que se enterra no de Casa Amarela

está decidida a mudar-se

toda para debaixo da terra.


João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. 

A
“não sei onde [ou “aonde”] vamos parar”.
B
“Deviam dar um aumento / ao menos aos deste [ou “desse”] setor de cá”.
C
“Há [ou “existem”] sempre menos trabalho / e gorjetas pelo serviço”.
D
“— pois eu me daria [ou “daria-me”] por contente”.
E
“que se enterra [ou “enterra-se] no de Casa Amarela”.
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FGV 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Regência, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista das normas da língua escrita padrão, está correta apenas a proposta de substituição feita, entre colchetes, em

CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS 


— O dia hoje está difícil; 
não sei onde vamos parar. 
Deviam dar um aumento, 
ao menos aos deste setor de cá. 
As avenidas do centro são melhores, 
mas são para os protegidos: 
há sempre menos trabalho 
e gorjetas pelo serviço; 
e é mais numeroso o pessoal 
(toma mais tempo enterrar os ricos). 
— pois eu me daria por contente 
se me mandassem para cá. 
 Se trabalhasses no de Casa Amarela 
não estarias a reclamar. 
De trabalhar no de Santo Amaro 
deve alegrar-se o colega 
porque parece que a gente 
que se enterra no de Casa Amarela 
está decidida a mudar-se 
toda para debaixo da terra. 

João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. 

A
“não sei onde [ou “aonde”] vamos parar”.
B
“Deviam dar um aumento / ao menos aos deste [ou “desse”] setor de cá”.
C
“Há [ou “existem”] sempre menos trabalho / e gorjetas pelo serviço”.
D
“— pois eu me daria [ou “daria-me”] por contente”.
E
“que se enterra [ou “enterra-se] no de Casa Amarela”.
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FGV 2016, FGV 2016 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

No trecho “se os países continuarem a melhorar seu clima de negócios, investirem na educação e saúde de sua população e proverem a boa governança”, substituindo-se a conjunção “se” por “caso”, os verbos sublinhados poderiam, sem prejuízo para a correção, mudar para:

Texto para a questão

A
continuam; investem; provenham.
B
continuassem; investissem; proviessem.
C
continuem; invistam; provejam.
D
tivessem continuado; tivessem investido; tivessem provisto.
E
tenham continuado; tenham investido; tenham provindo.
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FGV 2015 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Assinale a alternativa em que os versos da primeira estrofe estão reescritos de acordo com a norma-padrão de concordância nominal e verbal.

                               Verão carioca 73

O carro do sol passeia rodas de incêndio
sobre os corpos e as mentes, fulminando-os.
Restam, sob o massacre, esquírolas1 de consciência,
a implorar, sem esperança, um caneco de sombra.

As árvores decotadas, alamedas sem árvores.
O ar é neutro, fixo, e recusa passagem
às viaturas da brisa. O zinir de besouros buzinas
ressoa no interior da célula ferida.

Sobe do negro chão meloso espedaçado
o súlfur2 dos avernos3 em pescoções de fogo.
A vida, esse lagarto invisível na loca4 ,
ou essa rocha ardendo onde a verdura ria?

O mar abre-se em leque à visita de uns milhares,
mas, curvados ao peso dessa carga de chamas,
em mil formas de esforço e pobreza e rotina,
milhões curtem a maldição do esplêndido verão.

(Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

1esquírolas: lascas, pedacinhos
2súlfur: enxofre
3avernos: infernos
4loca: gruta pequena, local sob algo

A
Passeiam rodas de incêndio do carro do sol / sobre mentes e corpos humanos, fulminando-os. / Acha-se, sob o massacre, esquírolas de consciência, / que implora, sem esperança, um caneco de sombra.
B
Passeia rodas de incêndio do carro do sol / sobre corpos e mentes humanas, fulminando-os. / Estão, sob o massacre, esquírolas de consciência, / que implora, sem esperança, um caneco de sombra.
C
Passeiam rodas de incêndio do carro do sol / sobre humanos corpos e mentes, fulminando-os. / Sobra, sob o massacre, esquírolas de consciência, / que imploram, sem esperança, um caneco de sombra.
D
Passeia rodas de incêndio do carro do sol / sobre humanas mentes e corpos, fulminando-os. / Vê-se, sob o massacre, esquírolas de consciência, / que implora, sem esperança, um caneco de sombra.
E
Passeiam rodas de incêndio do carro do sol / sobre mentes e corpos humanos, fulminando-os. / Encontram-se, sob o massacre, esquírolas de consciência, / que imploram, sem esperança, um caneco de sombra.
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FGV 2014 - Português - Funções morfossintáticas da palavra COMO, Regência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
Quando o Capitão Vitorino chegou na sua casa, Mestre José Amaro foi cumprimentar-lhe.
B
Mestre José Amaro lembrou-se que tinha desfeito a imagem de Vitorino como um bobo.
C
A forma solícita como Vitorino tratou a filha vinha de encontro à imagem dele como pobre bobo.
D
Vitorino não se simpatizava de Quinca Napoleão e lhe desaprovava o que fizera a D. Inês.
E
Vitorino não era amigo de Quinca Napoleão, pensava de que ele vivia de roubar o povo.