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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Texto 3 tem como objetivo central:

A LINGUAGEM

A linguagem humana é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos. É um instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos. É o instrumento graças ao qual influencia e é influenciado, a base última e mais profunda da sociedade humana. Mas é também um recurso indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias em que o espírito luta com a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.

Antes mesmo do primeiro despertar da nossa consciência, as palavras já ressoavam à nossa volta, pronta para envolver os primeiros germes frágeis de nosso pensamento e nos acompanhar inseparavelmente através da vida. Está presente desde as mais humildes ocupações da vida cotidiana, aos momentos mais sublimes e mais íntimos dos quais a vida de todos os dias retira, graças às lembranças encarnadas pela linguagem, força e calor.

A linguagem não é um simples acompanhante do homem, mas um fio profundamente tecido na trama do pensamento e do convívio social; para o indivíduo, ela é o tesouro da memória e a consciência vigilante transmitida de pai para filho.

Para o bem e para o mal, o desenvolvimento da linguagem está tão inexplicavelmente ligado ao da personalidade de cada indivíduo, da terra natal, da nação, da humanidade, da própria vida, que é possível indagar-se se ela não passa de um simples reflexo ou se ela não é tudo isto: a própria fonte de desenvolvimento dessas coisas.

É por isso que a linguagem cativou o homem enquanto objeto de deslumbramento e de descrição, na poesia e na ciência.

Louis Hjelmslev. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1975. Adaptado
A
desmitificar certas compreensões ingênuas e simplistas sobre as diferenças entre poesia e ciência.
B
informar acerca do automatismo com que as pessoas aprendem a desenvolver seus pensamentos.
C
reiterar a ideia de que as atividades da linguagem dispensam o aprendizado da convivência coletiva.
D
reafirmar o automatismo de cada ação de linguagem, sustentado pelas vias da consciência e da memória
E
ressaltar as múltiplas funções da linguagem na vida individual e social das pessoas.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conforme o Texto 3, a complexidade das ações de linguagem decorre do fato de a linguagem:

A LINGUAGEM

A linguagem humana é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos. É um instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos. É o instrumento graças ao qual influencia e é influenciado, a base última e mais profunda da sociedade humana. Mas é também um recurso indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias em que o espírito luta com a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.

Antes mesmo do primeiro despertar da nossa consciência, as palavras já ressoavam à nossa volta, pronta para envolver os primeiros germes frágeis de nosso pensamento e nos acompanhar inseparavelmente através da vida. Está presente desde as mais humildes ocupações da vida cotidiana, aos momentos mais sublimes e mais íntimos dos quais a vida de todos os dias retira, graças às lembranças encarnadas pela linguagem, força e calor.

A linguagem não é um simples acompanhante do homem, mas um fio profundamente tecido na trama do pensamento e do convívio social; para o indivíduo, ela é o tesouro da memória e a consciência vigilante transmitida de pai para filho.

Para o bem e para o mal, o desenvolvimento da linguagem está tão inexplicavelmente ligado ao da personalidade de cada indivíduo, da terra natal, da nação, da humanidade, da própria vida, que é possível indagar-se se ela não passa de um simples reflexo ou se ela não é tudo isto: a própria fonte de desenvolvimento dessas coisas.

É por isso que a linguagem cativou o homem enquanto objeto de deslumbramento e de descrição, na poesia e na ciência.

Louis Hjelmslev. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1975. Adaptado
A
ser uma via de mão dupla: exerce influência e, ao mesmo tempo, recebe influência.
B
estar vinculada às mais corriqueiras ocupações da vida cotidiana em todos os níveis.
C
constituir uma entidade automatizada, um fio profundamente tecido na trama do pensamento.
D
estar excluída dos limites que, incidentalmente, restringem as capacidades e habilidades da memória.
E
ter pouca ou quase nenhuma predisposição para executar as diferentes atividades concretas da comunicação.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A teoria linguística propõe que o uso da linguagem constitui uma forma de a pessoa atuar ou agir socialmente. Entre as possíveis ações que resultam das intenções reveladas no Texto 2, prevalece a ação de:

O FUTURO NA BALANÇA

Se, na década de 1970, o principal entrave ao desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentenciam peritos da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Trata-se de um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! E começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso, e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025. E por que os especialistas se inquietam tanto com isso? Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso, alertam os especialistas.

A essa condição está associada nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes do tipo 2 – problemas que deixaram de ser exclusividade de gente grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais.

Não é à toa que o combate à obesidade foi alçado em prioridade para o governo, que aposta em ações de estímulo ao aleitamento materno, à prática de atividade física e à mudança do comportamento alimentar.

Ironicamente, uma criança acima do peso até pode ser considerada desnutrida.

(Revista Saúde. Abril, set. 2018, p. 48. Adaptado)
A
Sugerir.
B
Advertir.
C
Prometer.
D
Elogiar.
E
Ameaçar.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

A sintaxe da língua portuguesa prevê normas para o uso da flexão verbal, em concordância com o sujeito da construção frasal. Como também prevê normas que regulam a regência entre verbos e seus complementos. Com base nesses princípios, analise as alternativas seguintes e identifique aquela que está inteiramente conforme tais normas.

O FUTURO NA BALANÇA

Se, na década de 1970, o principal entrave ao desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentenciam peritos da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Trata-se de um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! E começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso, e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025. E por que os especialistas se inquietam tanto com isso? Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso, alertam os especialistas.

A essa condição está associada nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes do tipo 2 – problemas que deixaram de ser exclusividade de gente grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais.

Não é à toa que o combate à obesidade foi alçado em prioridade para o governo, que aposta em ações de estímulo ao aleitamento materno, à prática de atividade física e à mudança do comportamento alimentar.

Ironicamente, uma criança acima do peso até pode ser considerada desnutrida.

(Revista Saúde. Abril, set. 2018, p. 48. Adaptado)
A
As condições as quais a obesidade se prende deixa os endocrinologistas imensamente preocupados.
B
O alerta dos especialistas pediatras vão na direção de fugir ao perigo da obesidade.
C
Não resta dúvida: à obesidade, de cujos perigos queremos fugir, foi atribuída, hoje, o caráter de epidemia.
D
Crianças obesas tem 80% de probabilidade de se tornar adultos também obesos.
E
Meninos e meninas, de 3 à 8 anos, já se inclui entre fortes candidatos à adultos obesos.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Acerca do título dado ao Texto 2, é relevante a observação de que as palavras escolhidas:

O FUTURO NA BALANÇA

Se, na década de 1970, o principal entrave ao desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentenciam peritos da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Trata-se de um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! E começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso, e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025. E por que os especialistas se inquietam tanto com isso? Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso, alertam os especialistas.

A essa condição está associada nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes do tipo 2 – problemas que deixaram de ser exclusividade de gente grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais.

Não é à toa que o combate à obesidade foi alçado em prioridade para o governo, que aposta em ações de estímulo ao aleitamento materno, à prática de atividade física e à mudança do comportamento alimentar.

Ironicamente, uma criança acima do peso até pode ser considerada desnutrida.

(Revista Saúde. Abril, set. 2018, p. 48. Adaptado)
A
estão empregadas em seus sentidos de base.
B
despertam curiosidade e fazem jus ao conteúdo do comentário.
C
podem confundir o leitor menos experiente: de que ‘balança se trata’?
D
afastam-se daquelas palavras do texto: nenhuma faz referência ou justifica a alusão ao ‘futuro’.
E
a noção de peso contida na expressão ’balança’ é também arbitrária.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pelas ideias expostas no Texto 2, é claro que sua abordagem temática:

O FUTURO NA BALANÇA

Se, na década de 1970, o principal entrave ao desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentenciam peritos da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Trata-se de um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! E começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso, e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025. E por que os especialistas se inquietam tanto com isso? Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso, alertam os especialistas.

A essa condição está associada nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes do tipo 2 – problemas que deixaram de ser exclusividade de gente grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais.

Não é à toa que o combate à obesidade foi alçado em prioridade para o governo, que aposta em ações de estímulo ao aleitamento materno, à prática de atividade física e à mudança do comportamento alimentar.

Ironicamente, uma criança acima do peso até pode ser considerada desnutrida.

(Revista Saúde. Abril, set. 2018, p. 48. Adaptado)
A
comporta um paradoxo.
B
atinge sobretudo a população urbana.
C
é restrita ao universo infantil.
D
previne a desnutrição.
E
favorece os acordos comerciais.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando alguns termos do vocabulário em uso no Texto 1, percebe-se que em:

1) “...vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes”, a expressão destacada tem um sentido analógico.
2) “uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes”, o termo em negrito tem o sentido de ‘irreversíveis’.
3) “Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico”, a expressão destacada tem o sentido de ‘calcula-se’.
4) “Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização”, há na palavra destacada um efeito do sentido metafórico.

Estão corretas:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
1, 2, 3 e 4.
B
1, 2 e 3, apenas
C
1, 3 e 4 apenas.
D
3 e 4, apenas.
E
2, 3 e 4, apenas
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando os nexos que criam e sinalizam a coesão entre os diferentes segmentos do texto 1, merece destaque:


1) a reocorrência de palavras como ‘doença’, ‘diabetes’, ‘médico’, ‘medicação’, ‘morte’ etc.
2) o uso de conjunções e locuções adverbiais entre certos segmentos do texto; por exemplo: ‘mas’, ‘como’, ‘para’, ‘ainda’, ‘mais...do que’;
3) a afinidade semântica entre certas palavras, como ‘doença’, ‘tratamento’, ‘paciente’, criando uma espécie de continuidade temática.
4) a ocorrência de pronomes em contextos de retomada de segmentos anteriores do texto, como em: ‘Claro que há boa notícia em meio a essa história’.
5) a estrita correção, conforme as regras da norma culta, que promove a coesão textual.

Estão corretas as alternativas:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
1, 2, 3 e 4, apenas.
B
1, 2, 3, 4 e 5.
C
2, 3, e 4, apenas
D
1, 3 e 5, apenas.
E
1, 4 e 5, apenas.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No início do parágrafo 3 do Texto 1, o autor formula duas perguntas. Trata-se de uma estratégia do autor para:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
obter dos leitores uma resposta razoável e convincente frente à complexidade teórica das questões abordadas.
B
demonstrar a disposição de interagir com os leitores, envolvendo-os na discussão do ponto em pauta.
C
respeitar as normas gramaticais que regem, em textos acadêmicos, as relações entre autor e leitores.
D
revelar adequação às instruções reguladoras de textos que envolvem grande complexidade teórica.
E
ajustar o texto a seu tipo e a seu gênero, obscurecendo seu caráter de divulgação jornalística.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o texto inteiro, pode-se constatar que perpassa todo o Texto 1 a advertência de que:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
é grande o contingente de pessoas que desconhecem sua real situação em termos de estar acometido de diabetes.
B
são muitos os avanços tecnológicos e as novas medicações que podem atuar na solução do problema do diabetes.
C
convém reverter situações como o descaso da população quanto a exames preventivos, o que poderia evitar problemas cardíacos.
D
o diabetes é uma doença grave, que acomete muitos brasileiros, mas é passível de controle por certas práticas preventivas e terapêuticas.
E
uma orientação nutricional consistente pode levar a população diabética a aderir a um estilo de vida mais saudável.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A compreensão de um texto depende, entre outros fatores, de sua composição, ou seja, de seu tipo e gênero. O Texto 1 tem os distintivos óbvios de:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
uma narração: com cenário, diferentes agentes e um conflito resolvido no final.
B
uma exposição: pontos expressivos são vistos em resposta a determinado problema.
C
uma ordem: passos são indicados na direção de uma operação concreta.
D
uma suposição: uma situação é vista a partir de um ponto de vista hipotético.
E
um comentário opinativo: conforme dados aleatórios, são expostos argumentos de solução.
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No que se refere ao mal do diabetes, a pesquisa de que trata o Texto 1 explora dúvidas que ainda existem quanto:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
à relação entre o diabetes e sua grave repercussão em males cardiovasculares.
B
ao papel positivo de uma orientação nutricional que tenha como base achados científicos.
C
à consciência dos acometidos em relação à gravidade da doença.
D
à intervenção benéfica das práticas alimentares sobre o controle da doença.
E
ao fato de que grande parte das pessoas que têm diabetes desconhecem seu diagnóstico.
2164e441-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

São obras representativas da literatura produzida por autores nordestinos:

A
Os Sertões (Euclides da Cunha); O mundo do menino impossível (Jorge de Lima); Retratos-relâmpago (Murilo Mendes), obras que retratavam criticamente a realidade social e política do Nordeste.
B
Vidas secas (Graciliano Ramos); O Quinze (Rachel de Queirós); Morte e vida severina (João Cabral de Melo Neto), obras que têm como temática as condições de privação socioeconômica da população do Nordeste.
C
Fogo morto (José Lins do Rego); Seara vermelha (Jorge Amado); Retratos-relâmpago (Murilo Mendes), exemplares da literatura voltada para a complexidade da vida numa região desassistida socialmente.
D
As boas coisas da vida (Rubem Braga); Fantoches e outros contos (Érico Veríssimo); Cacau (Jorge Amado); obras que exploram as produções naturais e culturais da terra nordestina.
E
Terras do sem fim (Jorge Amado); A cor do invisível (Mário Quintana); Angústia (Graciliano Ramos), obras que representam as contradições a que o Nordeste foi exposto historicamente.
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CESMAC 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Analise o trecho seguinte: “Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural”. Considerando a relação do segmento destacado com o restante do trecho, percebemos que ele expressa um sentido de:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
causa.
B
concessão.
C
adição.
D
oposição.
E
finalidade.
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CESMAC 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho a seguir, o autor optou por usar um discurso na primeira pessoal do plural. “No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência.” Com essa opção, o autor pretendeu:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
sinalizar que se trata de temas científicos; o discurso ficou mais persuasivo.
B
marcar a submissão aos cânones da norma padrão; o discurso ficou mais correto.
C
aproximar o discurso dos padrões jornalísticos; o discurso ficou mais coloquial.
D
considerar-se como participante efetivo do grupo em comunicação; o discurso ficou mais interativo.
E
distinguir a linguagem específica de textos públicos; o discurso ficou mais dialógico.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o núcleo da temática desenvolvida no Texto 2, podem ser consideradas ‘expressões chaves’ desse texto as seguintes:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
representação simbólica, linguagem, cultura, palavra.
B
projetos de vida, passado, futuro, existência física, coisas.
C
conhecimento acumulado, mundo imaterial, consciência, sociedade.
D
mudanças, temporalidade, sociedade, espécie humana.
E
memória, noite de verão, saudade, mundo natural.
214c3f85-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As ideias explicitadas no Texto 2 consideram reiteradamente o princípio de que:

1) aos humanos, é concedido o privilégio da transcendência ao mundo espacial e temporal imediato.
2) o mundo possibilitado pela linguagem é mais estável e está sujeito a mudanças mais lentas do que o mundo da natureza.
3) pela linguagem, os humanos criam um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite ir além do que, de fato, ‘já aconteceu’.
4) não apenas a experiência palpável da existência pode ser objeto da expressão pelo uso da linguagem.

Estão corretas:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
3 e 4 apenas
B
1 e 3 apenas
C
1 e 2 apenas
D
2 e 3 apenas
E
1, 2, 3 e 4
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Cada vez mais, as ideias são expressas por outras ‘linguagens’, que recorrem a outros significantes para além da palavra, propriamente. A ‘cena retratada’ acima, no global, quer trazer à reflexão:

TEXTO 3


(Caulos. Só dói quando eu respiro. L&PM, 1970, p. 27).
A
o movimento frenético com que as pessoas atualmente enfrentam as demandas da vida.
B
o contraste proporcionalmente possível entre o acúmulo de bens e a perda de valores afetivos.
C
as idas e vindas que marcam a alternância própria da existência humana.
D
a conveniência de alimentar perspectivas em relação às realizações futuras.
E
o imperativo de as pessoas, dentro dos contextos urbanos, garantirem suas provisões econômicas.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

José de Alencar, Gonçalves Dias e Castro Alves são conhecidas figuras de nosso Romantismo. Em suas obras, podemos constatar algumas das ‘marcas características’ do projeto literário romântico’, a saber:

TEXTO 3


(Caulos. Só dói quando eu respiro. L&PM, 1970, p. 27).
A
interpretação da realidade, pelo filtro da racionalidade e da objetividade, como em O canto do Guerreiro, produção literária de Antônio Gonçalves Dias.
B
valorização de nossa nacionalidade e construção de nossa identidade cultural e linguística, como podemos ver nos romances indianistas de José de Alencar.
C
culto à idealização da pátria, que distancia os poetas românticos dos problemas advindos do sistema econômico baseado na escravidão de negros, como na poesia de Castro Alves.
D
crítica aos costumes urbanos da época, sobretudo aqueles que exibiam aspectos visivelmente condenáveis, como se vê no poema indianista I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias.
E
o empenho por criar um “novo ponto de vista e uma nova visão sobre o indígena”, como se pode constatar em poemas de Castro Alves, o último dos poetas românticos.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade!
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! Por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...

Trata-se de um fragmento do poema Navio Negreiro, da autoria de Castro Alves, em que se pode observar:

1) uma tendência da terceira geração dos poetas românticos, que se interessam mais pelo conflito entre liberdade e escravidão do que pela idealização do amor.
2) uma produção poética envolvida com os problemas sociais que afligiam a realidade da época.
3) a disposição para entrar em interlocução com a entidade divina ou com entidades supostamente poderosas.
4) a posição do eu-lírico em relação ao tráfico de escravos, a qual sintonizava com a parcela da população que queria a extinção da escravidão, mas de forma lenta e gradual.

Estão corretas:

A
1, 2, 3 e 4
B
1, 2 e 3 apenas
C
1, 3 e 4 apenas
D
2 e 3 apenas
E
2 e 4 apenas