Questõessobre Advérbios
Os advérbios são classificados de acordo com as
circunstâncias que exprimem. Eles podem ser de
afirmação, de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo e interrogativos. Já,
quando duas ou mais palavras (geralmente preposição + substantivo ou advérbio) formam uma
expressão que equivale a um advérbio chamamos
de locução adverbial. Na frase, “O jogador errou o
gol de propósito, no jogo de domingo, à noite”, há
Leia a frase.
Aquele que é bom assume por obrigação combater
o mau. O momento atual, exige, mais do que nunca,
buscar o bem para efetivamente afastar o mal de
nossa sociedade.
As palavras em destaque correspondem, sucessivamente, a
Assinale a opção que identifica corretamente a substituição da locução adverbial “apesar
de” por outra que expresse a mesma circunstância em: “Apesar de proliferarem, os críticos
continuam, no entanto, constituindo a minoria”.
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Quem são e o que querem os que negam a Internet?
Nicholas Carr
O Vale do Silício, conjunto monótono de centros comerciais, parques empresariais e complexos de fast-food, não parece um núcleo cultural, e, no entanto, se converteu exatamente nisso. Nos últimos 20 anos, a partir do exato momento em que a empresa de tecnologia norte-americana Netscape comercializou o navegador inventado pelo visionário inglês Tim Berners-Lee, o Silicon Valley tem remodelado os Estados Unidos e grande parte do mundo à sua imagem e semelhança. Provocou uma revolução na forma de trabalhar dos meios de comunicação, mudou a forma de conversar das pessoas e reescreveu as regras de realização, venda e valorização das obras de arte e outros trabalhos relacionados com o intelecto.
De bom grado, a maioria das pessoas foi outorgando ao setor tecnológico um crescente poder sobre suas mentes e suas vidas. No fim das contas, os computadores e a Internet são úteis e divertidos, e os empresários e engenheiros se dedicaram a fundo para inventar novas maneiras de fazer com que desfrutemos dos prazeres, benefícios e vantagens práticas da revolução tecnológica, geralmente sem ter que pagar por esse privilégio. Um bilhão de habitantes do planeta usam o Facebook diariamente. Cerca de dois bilhões levam consigo um smartphone a todos os lugares e costumam dar uma olhada no dispositivo a cada poucos minutos durante o tempo em que passam acordadas. Os números reforçam o que já sabemos: ansiamos pelas dádivas do Vale do Silício. Compramos no Amazon, viajamos com o Uber, dançamos com o Spotify e falamos por WhatsApp e Twitter.
Mas as dúvidas sobre a chamada revolução digital têm crescido. A visão imaculada que as pessoas tinham do famoso vale tem ganhado uma sombra inclusive nos Estados Unidos, um país de apaixonados pelos equipamentos eletrônicos. Uma onda de artigos recentes, surgida após as revelações de Edward Snowden sobre a vigilância na Internet por parte dos serviços secretos, tem manchado a imagem positiva que os consumidores tinham do setor de informática. Dão a entender que, por trás da retórica sobre o empoderamento pessoal e a democratização, se esconde uma realidade que pode ser exploradora, manipuladora e até misantrópica.
As investigações jornalísticas encontraram provas de que nos armazéns e escritórios do Amazon, assim como nas fábricas asiáticas de computadores, os trabalhadores enfrentam condições abusivas. Descobriu-se que o Facebook realiza experiências clandestinas para avaliar o efeito psicológico em seus usuários manipulando o “conteúdo emocional” das publicações e notícias sugeridas. As análises econômicas das chamadas empresas de serviços compartilhados, como Uber e Airbnb, indicam que, apesar de proporcionarem lucros a investidores privados, é possível que estejam empobrecendo as comunidades em que operam. Livros como The People’s Platform [A plataforma do povo], de Astra Taylor, publicado em 2014, mostram que com certeza a Internet está aprofundando as desigualdades econômicas e sociais, em vez de ajudar a reduzi-las.
As incertezas políticas e econômicas ligadas aos efeitos do poder do Vale do Silício vão além, enquanto o impacto cultural dos meios de comunicação digitais se submete a uma severa reavaliação. Prestigiosos autores e intelectuais, entre eles o prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa e o romancista norte-americano Jonathan Franzen, apresentam a Internet como causa e sintoma da homogeneização e da trivialização da cultura. No início deste ano, o editor e crítico social Leon Wieseltier publicou no The New York Times uma enérgica condenação do “tecnologicismo”, em que sustentou que os “gangsteres” empresariais e os filisteus tecnológicos confiscaram a cultura. “À medida que aumenta a frequência da expressão, sua força diminui”, disse, e “o debate cultural está sendo absorvido sem parar pelo debate empresarial”.
Também no plano pessoal estão se multiplicando as preocupações sobre a nossa obsessão com os dispositivos fornecedores de dados. Em vários estudos recentes, os cientistas começaram a relacionar algumas perdas de memória e empatia com o uso de computadores e da Internet, e estão encontrando novas provas que corroboram descobertas anteriores de que as distrações do mundo digital podem dificultar nossas percepções e julgamentos. Quando o trivial nos invade, parece que perdemos o controle do que é essencial. Em Reclaiming Conversation [Recuperando a conversa], seu controverso novo livro, Sherry Turkle, professora do Massachusetts Institute of Technology (MIT), mostra como uma excessiva dependência das redes sociais e dos sistemas de mensagens eletrônicas pode empobrecer as nossas conversas e até mesmo nossos relacionamentos. Substituímos a verdadeira intimidade por uma simulada.
Quando examinamos mais de perto a crença do Vale do Silício, descobrimos sua incoerência básica. É uma filosofia quimérica que abrange um amálgama estranho de credos, incluindo a fé neoliberal no livre mercado, a confiança maoísta no coletivismo, a desconfiança libertária na sociedade e a crença evangélica em um paraíso a caminho. Mas o que realmente motiva o Vale do Silício tem muito pouco a ver com ideologia e quase tudo com a forma de pensar de um adolescente. A veneração do setor de tecnologia pela ruptura se assemelha ao desejo de um adolescente por destruir coisas, sem conserto, mesmo que as consequências sejam as piores possíveis.
Portanto, não surpreende que cada vez mais pessoas contemplem com olhar crítico e cético o legado do setor. Apesar de proliferarem, os críticos continuam, no entanto, constituindo a minoria. A fé da sociedade na tecnologia como uma panaceia para os males sociais e individuais permanece firme, e continua a haver uma forte resistência a qualquer questionamento ao Vale do Silício e seus produtos. Ainda hoje se costuma descartar os opositores da revolução digital chamando-os de nostálgicos retrógrados ou os tachando de “antitecnologia”.
Tais acusações mostram como está distorcida a visão predominante da tecnologia. Ao confundir seu avanço com o progresso social, sacrificamos nossa capacidade de ver claramente a tecnologia e de diferenciar os seus efeitos. No melhor dos casos, a inovação tecnológica nos possibilita novas ferramentas para ampliar nossas aptidões, concentrar nosso pensamento e exercitar a nossa criatividade; amplia as possibilidades humanas e o poder de ação individual. Mas, com frequência demais, as tecnologias promulgadas pelo Vale do Silício têm o efeito oposto. As ferramentas da era digital geram uma cultura de distração e dependência, uma subordinação irreflexiva que acaba por restringir os horizontes das pessoas, em vez de ampliá-los.
Colocar em dúvida o Vale do Silício não é se opor à tecnologia. É pedir mais aos nossos tecnólogos, a nossas ferramentas, a nós mesmos. É situar a tecnologia no plano humano que corresponde a ela. Olhando retrospectivamente, nos equivocamos ao ceder tanto poder sobre nossa cultura e nossa vida cotidiana a um punhado de grandes empresas da Costa Oeste dos Estados Unidos. Chegou o momento de corrigir o erro.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/23/tecnologia/1445612531_992107.html Publicado em 25/10/2015. Acesso em 06/11/2017 [Adaptado]
Assinale a alternativa em que a expressão grifada tem valor de advérbio.
Na frase: A avó benzia os meninos com o ramo de arruda, a locução adverbial expressa idéia de:
Qual a função morfológica dos termos sublinhados, na ordem em que se encontram, no trecho abaixo?
“As campanhas (1) de (2) prevenção (3) não se (4) comparam àquelas realizadas no decorrer dos anos 90”.
(l. 12-13)
A questão refere-se ao fragmento da reportagem Aids: tendência de aumento entre jovens, de Flavia Bemfica, disponível no site: http://www.sinprors.org.br/extraclasse/set12/ imprimir.asp?id_conteudo=436.
Atente para as seguintes afirmações sobre
alguns dos elementos do texto.
I. Os gramáticos modernos distinguem os
advérbios frásicos (aqueles advérbios que
modificam um elemento da frase, como em Ele
correu muito.) dos advérbios extrafrásicos
(aqueles que são exteriores à frase, estão no
âmbito da enunciação, como em Ele,
naturalmente, passou de primeira, não foi?).
Esse segundo grupo congrega os advérbios
avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação
do enunciador acerca do conteúdo enunciado.
No texto em estudo, temos um advérbio
frásico na linha 61: “sempre”; e um advérbio
extrafrásico na linha 62: “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos
orientais” (linhas 57-58), o artigo definido “os”
confere a “três macaquinhos orientais” o status
de informação conhecida.
III. O texto 2 da prova, embora constitua apenas
um excerto do parágrafo original, apresenta a
estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
Assinale a alternativa em que o advérbio incide sobre toda a oração, como “certamente” em “Mesmo
com as dificuldades verificáveis no cotidiano, certamente vale a pena aprender um novo idioma, mesmo
depois da adolescência”.
Assinale a alternativa em que a locução adverbial destacada tem a mesma classificação que à toa no
verso “mas não esquece à toa” (verso 17).
Nos versos “Desde o começo eu não disse /
Seu moço!” (linhas 198 e 199), o “não” equivale a
uma
Texto 3
O meu guri
Em “escola pública” , “professores” , “escolas apresentam” e “em média”,
os termos em destaque podem ser classificados, conforme a classe gramatical, em:
As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se
ligam na frase, demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.
O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.
O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
O fragmento transcrito apresenta, na superfície textual, elemento linguístico indicador de tempo em
Analise o fragmento “Isso é comumente interpretado como se significasse que a apreciação estética
fosse puramente formal, desprezando conteúdo ou significado.” (l. 5-7) e indique a afirmação correta
sobre ele
Em relação ao excerto: “Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca,
oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente.”, é correto afirmar que:
Leia a Frase abaixo:
“O meu governo está diuturnamente, e até noturnamente, atento a todas as pressões inflacionárias,
venham de onde vier.”
DILMA ROUSSEFF, presidente da República, prometendo atacar a inflação e nocauteando a língua portuguesa.
(Veja, de 04 de maio de 2011).
Levando em consideração a frase citada e a observação referente, julgue os itens a seguir.
I. Em e nocauteando a língua portuguesa, há uma alusão a forte equívoco de ordem léxico-semântica na
construção da mensagem citada.
II. O indevido emprego da palavra onde no plano sintático da norma padrão, assim como as transgressões
de regência verbal, fazem um ataque decisivo à língua portuguesa.
III. Há um adequado paralelismo semântico, sem falhas de significados básicos na frase citada pela revista,
no emprego das palavras terminadas em -mente, portanto essa construção está fora do nocaute.
IV. A frase destacada pela revista não está plenamente respaldada pela recomendação gramatical:
“usando-se em uma frase mais de um advérbio terminado em -mente só o último deve receber esse
sufixo; intentando-se ênfase, porém, cada advérbio poderá vir com esse sufixo desde que sejam
considerados a seleção e ajuste dos itens lexicais, de modo adequado”, portanto a língua portuguesa, na
mensagem citada, recebeu uma pancada.
Conclui-se que está CORRETO apenas o que se afirma em:
Leia os trechos abaixo, retirados do texto. Neles, observa-se a recorrência do advérbio “lá”
(sublinhado nos trechos, a seguir), empregado como recurso de coesão.
Para responder à questão, marque (V) para as justificativas verdadeiras e (F) para as falsas,
considerando as palavras ou expressões às quais se refere o advérbio “lá”.
( ) [...] Alice seguiu um coelho até sua toca e lá se viu em um espaço totalmente novo.
(linhas 5 e 6) – “lá” significa “toca do coelho”
( ) É lá que ela [...] encontra velhos amigos [...]. (linha 14) – “lá” significa “toca do coelho”
( ) [...] você perdeu sua muiteza. Lá dentro. Falta alguma coisa. (linha 17) – “lá” significa
“infância”
( ) Talvez tenha sido isso que ela fora até lá buscar. (linha 19) – “lá” significa “infância”
( ) Vagamos pelo mundo com alguma coisa faltando. Lá dentro. (linha 26) – “lá” significa
“um espaço dentro de nós”
A sequência correta dessa associação, de cima para baixo, é
Texto 1
LHULLIER, Luciana. Onde mora sua muiteza? In: No coração da floresta (blog). 08 out. 2013 (adaptado).
Original disponível em: <https://contesdesfee.wordpress.com/page/2/>
Em relação ao excerto: “Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca,
oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente.”, é correto afirmar que:
Em “Essa gente é meio maluca...” (linhas 84 e 85),
a classe gramatical do termo sublinhado é
Leia o texto a seguir.