Questõessobre Romantismo
Último sopro do romantismo brasileiro, a poesia
“condoreira”, inspirada nos versos do poeta francês
Victor Hugo, além de expressar sentimentos liberais e
abolicionistas, se caracteriza por ser altissonante,
hiperbólica, e por lançar mão dos recursos à antítese e
à apóstrofe. Entre os nomes que produziram uma
poesia condoreira, podemos assinalar o nome de qual
poeta?
Com relação ao enredo e/ou características da obra, a única alternativa correta é:
Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta)
e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza
da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade
dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura
brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo
perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento
não representava para as classes dominantes uma espécie
de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos
leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento denominado
Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento denominado
Em termos de periodização estético-literária, tanto a pintura quanto o fragmento apresentados constituem obras
pertencentes ao
Observe a imagem e leia o fragmento a seguir para responder à questão.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Em termos de periodização, tanto a pintura quanto o poema pertencem ao
Observe a imagem e leia o texto a seguir para responder à questão.
AMARAL, Tarsila do. Os operários, 1931. Disponível em: <http://www.arteeartistas.com.br/operarios-tarsila-do-amaral/>. Acesso em: 01 out. 2018.
Mulher proletária – única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
LIMA, Jorge de. Mulher proletária. In: Antologia poética. São Paulo: José Olympio, 1978, p. 21.
A frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, se chegou a dar o tom a uma poesia
melancólica e intimista dos primeiros momentos do
Romantismo, foi afastada pelo esforço empenhado em
novas lutas libertárias dos nossos últimos românticos. É o
que sugere uma comparação estabelecida entre obras,
respectivamente, dos poetas
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)
A evidência do culto da nacionalidade de que fala o texto pode ser comprovada no projeto de um copioso autor romântico,
investido de seu papel de escritor brasileiro. Nesse projeto,
Considere o texto abaixo.
Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)
Um dos estilos de época marcantes do século XIX é
aquele pelo qual se manifesta a convicção de que todos
os atos humanos são determinados pela ação direta tanto
do meio social quanto por injunções biológicas. Tal determinismo está presente, como característica fundamental,
Leia o trecho do poema ―Navio Negreiro‖, de Castro Alves.
TEXTO 06
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio!... Musa! chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu na vaga,
Como um íris no pélago profundo!...
...Mas é infâmia de mais... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...
Andrada! arranca este pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta de teus mares!
Fonte: http://enemquiz.com.br/simulado/literatura/3a-geracao-castro-alves-social#.WQeRkNLyvIU. Acesso em: 23 de mar
2017.
Marque a opção CORRETA:
Leia o trecho do poema ―Navio Negreiro‖, de Castro Alves.
TEXTO 06
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio!... Musa! chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu na vaga,
Como um íris no pélago profundo!...
...Mas é infâmia de mais... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...
Andrada! arranca este pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta de teus mares!
Fonte: http://enemquiz.com.br/simulado/literatura/3a-geracao-castro-alves-social#.WQeRkNLyvIU. Acesso em: 23 de mar 2017.
A Literatura Brasileira, no século XX, viu o
aparecimento de romancistas que, em suas
diversas temáticas e formas, ora se
assemelham ora se diferem. Considerando tal
afirmação, analise as assertivas a seguir:
I. O "Romance de 30", a exemplo de São
Bernardo, de Graciliano Ramos, reflete sobre
o condicionamento das ações e sentimentos
do homem ao espaço geográfico por ele
habitado.
II. A prosa de ficção produzida na segunda
metade do século XX tinha uma preocupação
excessiva em representar as relações
amorosas, em homenagem aos valores
românticos do século XIX.
III. Clarice Lispector, uma das maiores
representantes brasileiras das narrativas
intimistas, explora a narração em primeira
pessoa para relatar as reflexões e angústias
dos seus personagens.
IV. Em Macunaíma, Mário de Andrade refaz o
percurso de lendas e mitos da cultura
indígena e africana, usando da ironia para
depreciar tais culturas na formação da nação
brasileira.
Estão corretas:
Leia atentamente o fragmento I-Juca-Pirama.
Em fundos vasos d'alvacenta argila
Ferve o cauim;
Enche-se as copas, o prazer começa,
Reina o festim.
O prisioneiro, cuja morte anseia,
Sentado está,
O prisioneiro, que outro sol no ocaso
Jamais verá!
A dura corda, que lhe enlaça o colo,
Mostra-lhe o fim
Da vida escura, que será mais breve
Do que o festim!
Contudo os olhos d'ignóbil pranto
Secos estão;
Mudos os lábios não descerram queixas
Do coração.
Mais um martírio, que encobrir não pode
Em rugas faz
A mentirosa placidez do rosto
Na fronte audaz!
Que tens, guerreiro? Que temor te assalta
No passo horrendo?
Honra das tabas que nascer te viram,
Folga morrendo.
Folga morrendo; porque além dos Andes
Revive o forte,
Que soube ufano contrastar os medos
Da fria morte.
GONÇALVES, Dias. Poesia e Prosa Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p. 380-381.
Considerando o poema como um todo e seu conhecimento sobre o Romantismo brasileiro, assinale a
alternativa CORRETA.
Leia atentamente o fragmento I-Juca-Pirama.
Em fundos vasos d'alvacenta argila
Ferve o cauim;
Enche-se as copas, o prazer começa,
Reina o festim.
O prisioneiro, cuja morte anseia,
Sentado está,
O prisioneiro, que outro sol no ocaso
Jamais verá!
A dura corda, que lhe enlaça o colo,
Mostra-lhe o fim
Da vida escura, que será mais breve
Do que o festim!
Contudo os olhos d'ignóbil pranto
Secos estão;
Mudos os lábios não descerram queixas
Do coração.
Mais um martírio, que encobrir não pode
Em rugas faz
A mentirosa placidez do rosto
Na fronte audaz!
Que tens, guerreiro? Que temor te assalta
No passo horrendo?
Honra das tabas que nascer te viram,
Folga morrendo.
Folga morrendo; porque além dos Andes
Revive o forte,
Que soube ufano contrastar os medos
Da fria morte.
GONÇALVES, Dias. Poesia e Prosa Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p. 380-381.
Considerando o poema como um todo e seu conhecimento sobre o Romantismo brasileiro, assinale a
alternativa CORRETA.
Ainda sobre Iracema, de José de Alencar, assinale a
alternativa incorreta.
Após a independência econômica e política faltava ao
Brasil a independência cultural. Foi com essa vontade
de construir uma literatura autenticamente brasileira e
absolutamente diversa da portuguesa e europeia, que
o nosso Romantismo estabeleceu seus parâmetros
estéticos e ideológicos. Sobre o romance Iracema, de
José de Alencar, aponte a alternativa correta:
Sobre Iracema, também se pode afirmar o seguinte.
Identifique a alternativa em que a escola literária
não corresponde às suas características:
Dentre os nomes abaixo, quais compõem o romance
Iracema, de José de Alencar?
Romance escrito em 1865, Iracema, de José de
Alencar, aborda fatos e feitos da colonização
portuguesa no Brasil. Sobre esta obra, é correto
afirmar que:
O Romantismo brasileiro encerra determinadas
características próprias. Seja porque ele nasce quase
conjugado com a nossa Independência política e a
criação do Estado-Nação, seja porque recaiu sobre os
escritores pátrios a missão de construir parte da nossa
identidade nacional e cultural. Ainda sobre o
Romantismo no Brasil e a obra de José de Alencar,
assinale a alternativa correta.
“Mas ai! findo o baile, despindo os adornos/ N'alcova onde a vela ciosa... crepita,/ Talvez da cadeia
libertes as tranças...” são versos que sugerem possível relação íntima e afetiva entre os amantes.
Sobre o poema O Laço de Fita, de Castro Alves, é correto afirmar: