Questõessobre Realismo

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CESMAC 2015 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Autor de nove romances, Machado de Assis é considerado não apenas o ponto mais alto da prosa literária dos oitocentos brasileiro, mas também o autor de personagens que estão entre os mais conhecidos e marcantes da nossa literatura. Dentre os nomes abaixo, quais personagens foram frutos da criação de Machado de Assis?

A
Peri, Rubião e Dona Flor.
B
Riobaldo, Fabiano e Helena.
C
Helena, Rubião e Iracema.
D
Capitu, Brás Cubas e Ceci.
E
Conselheiro Aires, Brás Cubas e Iaiá Garcia.
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FAG 2015 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Como escola literária, o Realismo é caracterizado:

A
pelo exagero da imaginação
B
pelo culto da forma
C
pelo objetivismo
D
pela preocupação com o fundo
E
pelo subjetivismo
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Leia os dois textos que seguem.

TEXTO I

Nas últimas décadas do século XIX, as pessoas consideradas loucas eram equiparadas aos indivíduos classificados como desordeiros, unindo-se ao grupo dos incômodos e perigosos, que deveriam ser postos longe da dita boa sociedade. A loucura adquiria ares de moléstia social.

Fonte: SOUSA, Fábio Henrique Gonçalves. A loucura no século XIX: questão de saúde ou moléstia social? http://www.outrostempos.uema.br/curso/anaisampuh/anaisfabio.htm Acesso 17-09-2015.


TEXTO II

Na obra, O Alienista, Machado de Assis narra a história do Dr. Simão Bacamarte. Leia a paráfrase a seguir:

Após conquistar respeito em sua carreira de médico na Europa e no Brasil, o Dr. Simão Bacamarte retorna à sua terra-natal, Itaguaí, para se dedicar ainda mais a sua profissão. Certo dia, o Dr. Bacamarte resolve se dedicar aos estudos da psiquiatria e constrói na cidade um manicômio chamado Casa Verde, para abrigar todos os loucos da cidade e região.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/alienista-resumo-analise-conto-machado-assis-701990.shtml Adaptado. Acesso 17-09-2015


Os textos referem-se ao contexto histórico do final do século XIX. A partir desse cenário e da obra de Machado de Assis, é possível afirmar que a sociedade dessa época

A
tratava a internação de doentes mentais sem preconceitos e era entendida como necessária e curativa.
B
obedecia a critérios médicos claros, e somente eram internadas pessoas com diagnóstico psiquiátrico.
C
desvinculava a noção de saúde e poder, prevalecendo os critérios médicos para a ocorrência de internação
D
considerava como doentes mentais os indivíduos que demonstravam algum tipo de desajuste comportamental danoso à sociedade.
E
valorizava referências religiosas para enquadramento de comportamentos considerados patológicos.
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UNICENTRO 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Em “A causa secreta”, conto de Machado de Assis, incluído em Várias histórias, é INcorreto afirmar que

A
a narração começa in medias res.
B
o tempo do discurso coincide com o tempo da história.
C
há a utilização do recurso da analepse.
D
a perspectiva de Garcia predomina na narrativa.
E
o narrador faz uso da onisciência.
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PUC - RS 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Sabe-se que Machado de Assis é considerado um dos maiores escritores brasileiros. Ele criou seu próprio Realismo. Um dos motivos que distinguem sua prosa é a forma como constrói personagens de marcada complexidade psicológica e existencial. Analise a correspondência entre personagem e obra, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) Bentinho e Dom Casmurro

( ) Sofia e Memórias póstumas de Brás Cubas

( ) Dr. Simão Bacamarte e O alienista

( ) Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas


O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.



A
V – F – V – V
B
F – V – V – F
C
V – V – F – V
D
V – F – V – F
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

A relação entre Brás Cubas, Vírgília e Lobo Neves em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é vivida em chave de: 

A
história vulgar de adultério.
B
triste comédia de equívocos.
C
tragédia perfeita.
D
trama melodramática.
E
narrativa metafísica.
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que identifica correta mente duas características do narrador de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: 

A
distanciamento e paixão.
B
indignação e revolta.
C
cinismo e indiferença.
D
desfaçatez e otimismo.
E
ambição e desprezo.
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Uma das marcas distintivas das Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é:

A
a pretensão didática ou pedagógica do narrador em relação ao leitor.
B
a retomada da tradição do romance edificante.
C
o exercício de uma forma literária fechada sobre si mesma.
D
o atendimento ao gosto literário anacrônico do leitor
E
a fricção constante entre narrador e leitor.
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Sobre Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é correto afirmar que o romance:

A
constituí uma obra convencional que ainda acredita no casamento como possibilidade de aplanamento das diferenças individuais e sociais.
B
estabelece um diálogo crítico com as convenções do realismo e do naturalismo, frequentemente parodiados e ridicularizados.
C
aproxima-se das convenções da prosa romântica, sentimental e exótica que deliciavam os leitores de então.
D
termina com a celebração da ídeia de que somente as grandes ilusões da vida é que valem a pena.
E
reafirma a crença nas grandes conquistas e nos valores do século XIX.
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FAG 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

“O autor faz uma crítica à insensatez de governantes, à hierarquização da sociedade, à subordinação descabida, às disputas amorosas entre outras. É um conto de poucos parágrafos, rico em detalhes e ainda atual, apesar de seus mais de cem anos”.


Assinale a alternativa que corresponde ao conto aludido.

A
A Balada do falso Messias – Moacyr Scliar
B
O Dicionário – Machado de Assis
C
Corisco – Luiz Vilela
D
Feliz Ano Novo – Rubem Fonseca
E
A Nova Califórnia – Lima Barreto
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
“O compasso interior não permite que os fatos brutos perpetuem as suas arestas de origem: a linha fina do círculo arredonda as pontas e sombreia em claro-escuro as zonas de mais ferino contraste. Daí o papel estruturado da forma-diário, daí a função intermediante da consciência”. (Alfredo Bosi).
B
“Nota-se, até, sem maior esforço, que o realismo psicológico foi mitigado nessa narrativa, com a poetização da realidade, mediante associações sincréticas de caráter mítico, que poderiam sugerir a presença de um pensamento religioso ou mesmo místico”. (Eugênio Gomes).
C
“Assim, sem a menor descrição, sem molduras, sem fundos de quadro, abolidas todas as distâncias, Machado de Assis realiza o milagre de tornar a natureza mais presente do que se a pintasse em longas páginas”, (Roger Bastide).
D
“Com este romance o escritor faz a liquidação dos saldos do Segundo Reinado e estabelece o divisor de águas entre o tipo patriarcal e o tipo burguês de civilização, representados no terreno da organização política respectivamente pela Monarquia e pela República ”. (Astrojildo Pereira).
E
“Com efeito, tudo no romance é extravagante, e os caprichos do narrador volta e meia desrespeitam as convenções de que depende o senso realista da verossimilhança. Mas ainda assim, o efeito do conjunto é de motivos do realismo, poderoso, além de desolador”. (Roberto Schwarz).
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Sobre Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é correto afirmar que:

A
O problema do romance ultrapassa a relação que se dá entre amor e casamento na sociedade patriarcal brasileira do século XIX. As várias formas de jogo amoroso na obra estão baseadas em posições opostas e complementares, que definem sua posição dentro da sociedade: a liberdade e as convenções, o sentimento e a razão.
B
A presença do narrador do romance criando falsas pistas para o público a fim de as desfazer em seguida, e o insistente remeter de um capítulo a outro na obra têm a função explícita de reafirmar ao leitor que ele está diante de um fingimento, de uma novela, de um livro.
C
O romance é feito de pequenas cenas e incidentes, constituindo uma urdidura fechada que obedece à estrutura de uma peça teatral, na entrada e saída dos personagens, no diálogos curtos e breves. Tal processo, entretanto, não perturba a pureza da narração.
D
Do ponto de vista ideológico, a unidade do romance está disfarçada pelo tom de dispersão encontrado nos atos e nas palavras, ultrapassando os indivíduos e fixando-se em níveis impessoais: a sociedade e as forças do inconsciente.
E
A atitude sarcástica e falsa do romance se mistura a uma severa dramaticidade, que suporta a medida do trágico. Esse estudo do herói trágico no sentido antigo constitui uma meditação austera que sabe medir toda a extensão da fragilidade humana.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa INCORRETA, tendo em vista as citações dos contos de Machado de Assis e o que se declara a respeito.

A
“Escuta, nem divinizar o dinheiro, nem também bani-lo; não vamos crer que ele dá tudo, mas reconheçamos que dá alguma coisa e até muita coisa”. Ponderação de Nóbrega a seu amigo, o conselheiro, em A desejada das gentes, a respeito dos bens de Quintília, dizendo-lhe que não era só a beleza dela que a fazia atraente.
B
“– Não sei o que dirá a sua fisiologia. A minha, que é de profano, crê que aquela moça tinha ao casamento uma aversão puramente física. Casou meio defunta, às portas do nada”. Reflexão do conselheiro a seu amigo, contando-lhe que se casara com Quintília estando ela à beira da morte, em A desejada das gentes.
C
“[...] entre eles havia alguma dissonância de caracteres, pouca ou nenhuma afinidade moral, e da parte da mulher com o marido uns modos que transcendiam o respeito e confinavam na resignação e no temor”. Percepção da personagem Garcia a respeito do casal Fortunato e Maria Luísa em A causa secreta.
D
“Essa lua-de-mel durou apenas um quarto de lua. Como das outras vezes, e mais depressa ainda, os velhos mestres retratados o fizeram sangrar de remorsos. Vexado e enfastiado, Pestana arremeteu contra aquela que o viera consolar tantas vezes, musa de olhos marotos e gestos arredondados, fácil e graciosa”. Atitudes do compositor Pestana, em Um homem célebre, para com Sinhazinha Mota, a mulher com quem se casara.
E
“Com o fim de a pôr ali [a multidão], pegou de um pau, concitou os ânimos [...] e deitou abaixo o rei; mas entrando no paço, vencedor e aclamado, viu que o trono só dava para uma pessoa, e cortou a dificuldade sentando-se em cima”. Ação da personagem chamada Bernardino, um tanoeiro demagogo, em O dicionário.
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EINSTEIN 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

• O trecho acima integra o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Considerando o trecho e o romance como um todo, o pensamento suspenso no final do parágrafo, indicia ações futuras da personagem em pauta. Indique a alternativa errada com relação ao que de fato ocorreu com Quincas Borba.

A
reaparece na história, já adulto, como um maltrapilho mendigo, no passeio público e, sorrateiramente, surrupia um relógio de Brás Cubas.
B
vai para Minas, recebe uma herança de um tio, em Barbacena, escreve uma carta a Brás Cubas, desculpando-se do roubo do relógio e envia-lhe um outro como substituição. 
C
cria o sistema filosófico chamado Humanitismo, teoria que, segundo ele, suprime a dor, assegura a felicidade e enche de imensa glória o país, e, com isso, ganha notoriedade e fama.
D
enlouquece, volta para o Rio e morre, na casa de Brás Cubas, acometido da demência que o perseguia desde a invenção do Humanitismo, jurando que a dor era uma ilusão.
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EINSTEIN 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

• Do romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, é correto afirmar que

A
 é um romance de tese e pretende provar que a felicidade só é possível no desfrute da civilização, tirando dela o maior proveito tecnológico possível.
B
apresenta um protagonista, “o príncipe da grã-ventura”, que se sente em estado de felicidade e plenamente realizado tanto com as tecnologias da cidade grande, quanto com a rudeza primitiva do campo.
C
desenvolve suas principais ações na Rua Campos Elíseos, 202, em Paris, e o contato de Jacinto com a natureza restringe-se, ao longo do romance, apenas ao passeio à floresta de Montmorency.
D
estrutura sua narrativa a partir da relação antagônica entre Jacinto e Zé Fernandes, e se apoia na ação persuasiva transformadora do narrador sobre o protagonista. 
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IF Sul - MG 2017 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Assinale a alternativa INCORRETA a respeito dos movimentos literários brasileiros abaixo.

A
Realismo e Naturalismo são contemporâneos e não sucessivos como aconteceu na Europa e ambos retratam a realidade objetivamente.
B
Romantismo é voltado para os temas nacionalistas, para a idealização do herói, no caso, o índio.
C
Barroco e Arcadismo figuram na Era Colonial e caracterizam-se por ser essencialmente poéticos e bastante presos, ainda, ao modelo europeu.
D
Modernismo, conhecido a partir da “Semana de Arte Moderna”, caracterizou-se por ser apenas um período de transposição das vanguardas europeias para o Brasil.
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EINSTEIN 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Jacinto, personagem de A Cidade e as Serras, deixa Paris e vai para Tormes, em Portugal. Lá vive em contato com o campo, em uma quinta herdada de seus ancestrais. Sua presença desperta curiosidade e suas ações contribuem para

A
ser considerado a reencarnação de D. Sebastião, que era aguardado por todos e que chegaria envolto em denso nevoeiro.
B
ser chamado de “o pai dos pobres”, devido às reformas e às benfeitorias nas casas dos rendeiros e ao atendimento dispensado à melhoria de condições de vida de seus empregados.
C
revelá-lo como miguelista, da facção opressora do povo português, e de esconder em sua casa a pessoa de D. Miguel, sob o disfarce de um criado.
D
viver a experiência da natureza que tanto amava e de adquirir conhecimento de agricultura no trabalho diuturno da terra.
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EINSTEIN 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita? Tal era a pergunta que eu vinha fazendo a mim mesmo ao voltar para casa, de noite, sem atinar com a solução do enigma. O melhor que há, quando se não resolve um enigma, é sacudi-lo pela janela fora; foi o que eu fiz; lancei mão de uma toalha e enxotei essa outra borboleta preta, que me adejava no cérebro.


O trecho acima integra o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Dele, e compreendendo a obra como um todo, pode-se afirmar que alude à personagem

A
Virgília, com quem o narrador teve um caso amoroso e com quem acabou se unindo em matrimônio.
B
Marcela, que foi o primeiro grande amor da vida de Brás Cubas, mas que terminou na miséria e morreu abandonada no hospital da Ordem.
C
Eulália, também chamada de Nhã-loló, que nutriu grande amor por Brás Cubas, mas morreu aos dezenove anos e mereceu um epitáfio por parte do autor.
D
Eugênia, que também foi chamada de “A flor da moita”, por ter sido fruto de um relacionamento clandestino entre dona Eusébia e o Vilaça. 
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FAG 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

A respeito do conto “Pai contra mãe” de Machado de Assis, assinale a alternativa CORRETA:

O acendedor de lampiões


Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele que doira à noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua


(Jorge de Lima)

A
A felicidade, para o narrador, foi ter acesso àquele livro, mas, para ele, o prazer maior estava no fato de ter em mãos um livro “proibido”, “impossível”, “inacessível”; como se aquela felicidade estivesse no prazer de usufruir algo proibido, no prazer de cometer uma transgressão.
B
O conto tem início com uma explanação do autor a respeito de algumas atividades e produtos relacionados ao período da escravidão no Brasil, particularmente a repressão aos negros fujões: a máscara de ferro, que impedia a alimentação, era utilizada para afastar o vício da cachaça, que geralmente conduzia ao roubo; a coleira de ferro, castigo aplicado a escravos recapturados; para a produção de tais artefatos, recorria-se a funileiros e ferreiros, atividade então próspera.
C
O conto mostra um retrato do Brasil e do brasileiro. A vocação para o improviso, a malandragem, a lei do levar vantagens e mais do que isso, a cultura de valorizar o status, as aparências.
D
O golpe do narrador vira uma piada que ridiculariza ainda mais todos os que acreditaram nele, tornando-os caricaturas grotescas de ingenuidade, da estupidez.
E
O conto traz a história de um menino que não sabia se era ou não inteligente: às vezes dizia algo que despertava nos adultos um olhar de satisfação e quando resolvia repetir o que tinha dito, muitas vezes, esses adultos não davam a atenção como ele esperava que devessem dar.
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CÁSPER LÍBERO 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

A propósito do “Delírio” do protagonista nas Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é correto afirmar que

A
“a exploração do terreno mitológico do episódio concentra-se na figura de Pandora, a Grande Mãe que simboliza a renovação da vida e que aparece agigantada até tocar o céu e se despedir do enfermo, transformado ao final em seu próprio gato de estimação.
B
o viajante através dos tempos discute o problema do destino como uma figura desmesurada de mulher, encarnação colossal da Natureza, que de modo absolutamente imprevisto agarra-o pelos cabelos e lança-o no mais fundo precipício.
C
a visão do personagem parece vazia de sentido, embora soe excessiva e ardente; nela, a própria imagem da Natureza é uma revelação de verticalidade, anunciando os temas de pequenas epopeias e grandes prólogos.
D
o personagem assiste ao intérmino desfile dos seres, dos mitos, dos mundos e das nebulosas, guiado por um espírito que não acata ordem estabelecida e que ao final se pergunta qual é a finalidade daquilo tudo senão levá-lo ao vácuo da existência.
E
podemos nele notar quatro episódios: a transição do estado inconsciente para o delírio; segue-se a viagem à origem dos séculos no dorso de um hipopótamo; surge a figura monstruosa da Natureza ou Pandora; e, enfim, assiste o enfermo ao desfilar dos séculos.