Questõesde PUC - Campinas sobre Modernismo

1
1
1
Foram encontradas 27 questões
81559d23-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O “espírito destruidor” que costuma atuar num movimento de vanguarda está presente e bem tipificado nesta formulação de um manifesto estético do Modernismo:

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração mais europeizada da aristocracia rural de São Paulo, aberta às influências internacionais, que permitiu o florescimento das inovações estéticas. O café pesou mais do que as indústrias. Os velhos troncos paulistas, ameaçados em face da burguesia e da imigração, se juntaram aos artistas numa grande “orgia intelectual”, conforme a definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi da proteção desses salões literários [promovidos pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista.

(MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)

A
Das tuas águas tão verdes não havemos de nos afastar.
B
Sê como o sândalo, que perfuma o machado que o fere.
C
Ainda se rebelam na Hélade os engenheiros de nossa reconstrução.
D
Penetra surdamente no reino das palavras.
E
É preciso expulsar o espírito bragantino e as ordenações.
8152b67f-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo de 22 caracterizou-se, de fato, por algumas contradições, entre as quais a que o texto aponta:

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração mais europeizada da aristocracia rural de São Paulo, aberta às influências internacionais, que permitiu o florescimento das inovações estéticas. O café pesou mais do que as indústrias. Os velhos troncos paulistas, ameaçados em face da burguesia e da imigração, se juntaram aos artistas numa grande “orgia intelectual”, conforme a definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi da proteção desses salões literários [promovidos pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista.

(MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)

A
Os mentores modernistas promoveram ideais estéticos para agradar burgueses e aristocratas.
B
Uma economia voltada para a industrialização propiciou o desenvolvimento da produção rural.
C
Membros da aristocracia paulista renunciaram a seu gosto estético em nome da arte popular.
D
Membros da recém-formada burguesia impuseram seu gosto estético aos aristocratas.
E
Um setor da economia rural estimulou um movimento cultural de raiz urbana e moderna.
8116034c-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O conceito de carnavalização, aplicado às artes e aos processos culturais, indica uma operação que o dicionário define como subversão ou marginalização de padrões ou regras (sociais, morais, ideológicas) em favor de conteúdos mais ligados aos instintos e aos sentidos, ao riso, à sensualidade. O poeta Manuel Bandeira, ao publicar seu segundo livro, Carnaval (1919), fez ver que desejava

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Personagem frequente dos carros alegóricos, d. Pedro surgia, nos anos 1880, ora como Pedro Banana ou como Pedro Caju, numa alusão à sua falta de participação nos últimos anos do Império. Mas é só com a queda da monarquia que se passa a eleger um rei do Carnaval. Com efeito, o rei Momo é uma invenção recente, datada de 1933. No século XIX ele não era rei, mas um deus grego: zombeteiro, pândego e amante da galhofa. Nos anos 30 vira Rei Momo e logo depois cidadão. Novos tempos, novos termos.

(SCHWARCZ, Lilian Mortiz. As barbas do Imperador: Dom Pedro II , um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 281) 

A
moderar os excessos libidinosos que marcaram a poesia de Libertinagem.
B
se libertar do aspecto depressivo que dava o tom aos versos de A cinza das horas.
C
denunciar as festas momescas, alinhando-se com o espiritualismo de Murilo Mendes e Jorge de Lima.
D
dissolver a disciplina do verso clássico, prestigiando a voga pré-modernista do poema em prosa.
E
reagir à opressão política que caracterizou a sociedade brasileira dos anos 1910.
1d9f3f39-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Por vezes, a literatura pode se pautar por diferentes tempos: há o tempo da história narrada, de sua sequência cronológica, e há o tempo da linguagem que processa essa história. A linguagem experimental do irlandês James Joyce reinterpreta, em pleno século XX, a história mítica de Ulisses. No Brasil, há uma ocorrência similar, se pensamos em Grande sertão: veredas, romance onde Guimarães Rosa articula magistralmente dois planos temporais:


A
a história do passado colonial e o registro das velhas crônicas medievais.
B
o ritmo cantante da lírica e a urgente denúncia política.
C
o universo arcaico do sertão e a expressão linguística ousada e inventiva.
D
a corrosão nostálgica da memória e a busca de uma nova mitologia.
E
o desapego às crenças do passado e a obsessão pelo experimentalismo estético.
1d98ff94-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Atente para estes versos de Manuel Bandeira, extraídos do poema “Minha terra”:


Revi afinal o meu Recife.

Está de fato completamente mudado.

Tem avenidas, arranha-céus.

É hoje uma bonita cidade.


Diabo leve quem pôs bonita a minha terra.


Nesses versos o poeta pernambucano 

A
renuncia ao estilo modernista, voltando ao verso clássico para poder saudar sua antiga cidade.
B
admite que ele e sua cidade tiveram muito a ganhar com o irrecorrível processo de modernização.
C
reconhece que a modernização altera as convicções que ele alimentava no passado.
D
opõe a constatação do progresso de sua cidade à sua imagem afetiva guardada na memória.
E
ironiza a beleza da cidade moderna enquanto idealiza a melancolia das cidadezinhas.
1d95f6be-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O ciclo da cana-de-açúcar encontrou seu grande intérprete em José Lins do Rego, cujos romances ganham força ao combinarem duas operações:


A
a caracterização de aspectos regionais e a angulação subjetiva de um memorialista.
B
o memorialismo pessoal e o culto dos mitos clássicos.
C
a experimentação estética e o lamento pela crise da ficção moderna.
D
a valorização do primitivo e o levantamento de documentação histórica.
E
a crítica ao coronelismo nordestino e a saudação à chegada das usinas.
1d9310e5-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A evolução dos maquinismos humanos é uma evidência do progresso tecnológico. No Modernismo de 22, há alguma euforia com os avanços da era industrial e da mecanização, tal como se pode observar


A
em tendências nacionalistas e primitivistas, como as do Verde-amarelismo, grupo em que sobressaem os nomes de Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia.
B
na valorização de uma “pauliceia desvairada”, tal como Mário de Andrade interpretou o novo ritmo cultural e econômico em que se desenvolvia sua cidade.
C
em nomes como Lima Barreto e Euclides da Cunha, escritores que saudaram com otimismo a superação dos hábitos conservadores de nossa cultura.
D
em obras como Os sertões e Sagarana, que historiam a passagem de uma cultura rural para uma cultura fundamentada em hábitos metropolitanos.
E
na poesia de Cecília Meireles, voltada para o reconhecimento e a afirmação do que havia de inventivo em outras artes, como o cinema e a arquitetura.