Questõesde IF Goiano 2019

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IF Goiano 2019 - Química - Relações da Química com as Tecnologias, a Sociedade e o Meio Ambiente

A ONG Litro de Luz construiu 220 lampiões e dez postes utilizando garrafas plásticas, painéis solares, baterias, lâmpadas LED e canos PVC, e os instalaram na área quilombola da comunidade Kalunga de São Domingos, em Goiás, e em sete povoados na região.

Disponível em: www.emaisgoias.com.br/ong-leva-postes-de-energia-solar-areas-quilombolas-em-goias. Acesso em: 25 abr. 2019.

O projeto implantado na comunidade Kalunga de São Domingos tem, entre outros objetivos, a ampliação do acesso a fontes de energia elétrica aliados à sustentabilidade. Considerando o exposto, é correto afirmar que:

A
Os painéis fotovoltaicos podem ser instalados independentes da rede elétrica rural e ter sua energia armazenada em baterias. Uma bateria de 12 V e 60 Ah consegue, sem nova recarga, alimentar 15 lâmpadas LED de 4,8 W por até 10 horas.
B
As garrafas PET são polímeros termoplásticos, enquanto o PVC é um polímero termofixo. Ambos podem, após derretimento, ser moldados em outros materiais utilizáveis na fabricação dos postes.
C
A energia luminosa é convertida em energia elétrica no painel fotovoltaico e armazenada em energia química nas baterias. Posteriormente, a energia química é convertida em corrente elétrica pela transferência de elétrons do componente com maior potencial de redução para o de menor potencial de redução.
D
Uma lâmpada LED de 4,8 W de cor azul contém o composto nitreto de gálio, cuja fórmula química é Ga(NO)3 e apresenta intensidade luminosa equivalente a uma lâmpada incandescente de 60 W, consumindo, portanto, menos energia elétrica.
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IF Goiano 2019 - Física - Estática e Hidrostática, Hidrostática

Um casal de trabalhadores decidiu organizar os afazeres do lar. Em comum acordo, o marido, dentre outras atribuições, ficaria responsável por lavar as roupas. Muito preocupado com as questões ambientais, resolveu medir a altura e o raio da centrífuga da máquina de lavar, obtendo 40 cm e 20 cm. Atentou-se, também, aos gastos com o consumo de energia durante a utilização da máquina e à seleção de produtos para a limpeza com baixo impacto ambiental.

A alternativa que contribuiria para a redução do impacto ambiental seria:

A
Economizar água, pois, sabendo-se que a máquina de lavar enche a centrífuga (considere um cilindro) em três momentos, o consumo de água de uma lavada completa é de, aproximadamente, 120 litros.
B
Evitar o desprezo do efluente com alta concentração de detergente nos rios, considerando que pode impactar na redução do oxigênio dissolvido na água, prejudicando todo o ecossistema dependente da água fluvial.
C
Reduzir o gasto de energia, pois, considerando que a potência da máquina de lavar é de 800 W e que ela fique ligada por 1 hora e 15 minutos, o consumo de energia de uma lavada é de 0,92 kWh.
D
Realizar a limpeza das roupas com sabão, pois possui propriedades anfifílicas.
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IF Goiano 2019 - Química - Química Orgânica, Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos: Polaridade das Ligações e Moléculas, Forças Intermoleculares, Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição, Solubilização das Substâncias Orgânicas.

Em uma manifestação do Passe Livre contra o aumento no preço das passagens do transporte coletivo, no centro de Goiânia, uma jovem foi atingida por um jato de spray de pimenta, obtido pelo extrato de pimenta natural e acondicionado em sprays ou bombas de efeito moral. Seu componente ativo é a oleorresina das plantas do Gênero Capsicum, a capsaicina, cuja estrutura molecular é apresentada a seguir. Sua atuação se dá nas mucosas dos olhos, nariz e da boca, causando irritação, ardor, inflamação e sensação de pânico.



Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Capsaicina#/media/File:Capsaicin_Formulae.png. Acesso em: 23 abr. 2019.


A respeito do processo de elaboração do spray de pimenta sabe-se que

A
a irritabilidade provocada pela capsaicina deve-se a sua ação vasodilatadora.
B
a liberação do spray ocorre devido à maior pressão no interior da embalagem.
C
a ação do spray de pimenta é direcionada para tecidos epiteliais.
D
a oleorresina pode ser extraída por solventes orgânicos apolares.
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IF Goiano 2019 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

Publicações do IBGE, como o Atlas do Saneamento de 2011, apontaram que regiões mais vulneráveis do país, como a região Norte, possuíam apenas 3,5% de seus municípios com esgotamento sanitário. A respeito da distribuição de água, a região Norte do país foi a que registrou mais altos índices de água não tratada (cerca de 25%). O mesmo índice apontou que 33 cidades brasileiras não tinham abastecimento de água e 2000 não dispunham de rede coletora de esgoto.

Disponível em: wiki.redejuntos.org.br/busca/o-impacto-traco-do-saneamento-basico-na-desigualdade-social-o-que-diz-o-atlas-do-saneamento. Acesso em: 25 abr. 2019.

A respeito dessa informação de desigualdade social, pode-se deduzir que:

A
O sulfato de alumínio usado no tratamento de água serve para a coagulação de partículas suspensas auxiliando no processo de decantação.
B
O tratamento de esgoto é feito por processos bioquímicos envolvendo principalmente micro-organismos aeróbicos e facultativos.
C
Pessoas em vulnerabilidade social correm maior risco de contrair doenças como diarreia, verminoses, hepatites, dermatites e leptospirose.
D
O esgoto é um efluente com alta carga de matéria orgânica.
51e67fee-d8
IF Goiano 2019 - Biologia - Drogas, Qualidade de vida das populações humanas

A venezuelana Jacqueline Saburido tinha apenas 20 anos quando uma batida de trânsito mudou sua história. O carro em que voltava para casa foi atingido de frente por um motorista bêbado e pegou fogo. O acidente foi registrado nos Estados Unidos. Sentada no banco do passageiro, ela nunca mais reconheceria o próprio rosto. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau em mais de 60% do corpo. Jacqui, como era conhecida, morreu na semana passada aos 40 anos, em decorrência de um câncer. Sua voz e suas marcas viraram símbolos da luta contra a mistura de álcool e direção em vários países.

Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/quem-era-jacqui-saburido-simbolo-da-luta-contra-alcool-e-direcao-apos-perder-o-rosto-emacidente,6d0a7dd89f68c3ff286ccedebcbf7d7fu24aynxw.html. Acesso em: 25 abr. 2019.

Com relação aos efeitos do álcool no organismo, pode-se afirmar que:

A
No fígado o etanol é metabolizado à substância tóxica etanal, um aldeído contendo dois átomos de carbonos.
B
A combustão de uma molécula de álcool libera duas moléculas de CO2 e três H2O.
C
A sensação de resfriamento do álcool na pele se deve à sua baixa pressão de vapor.
D
O álcool é produzido a partir da fermentação de açúcares pela levedura Saccharomyces cerevisiae
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IF Goiano 2019 - Matemática - Áreas e Perímetros, Geometria Plana

O Brasil desmatou 11% de sua área de florestas entre 1985 e 2017 – ao todo, a área equivale a 2,6 estados de São Paulo. Desse total, 61,5% foram perdas de floresta na Amazônia. Os dados foram coletados com ajuda de imagens de satélite e mostram também uma redução de 18% no Cerrado, de 11% no Pantanal e de 9,5% na Caatinga. O Pampa e a Mata Atlântica foram os únicos dos seis biomas brasileiros que viram sua área de florestas aumentarem neste período de 32 anos.

Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/04/28/amazonia-perdeu-18percent-da-area-de-floresta-em-tres-decadas-mostra-analise-deimagens-de-satelite.ghtml. Acesso em: 23 abr. 2019.

Sabendo-se que o estado de São Paulo possui área total aproximada de 250.000 km2 , pode-se concluir que, no período de 1985 a 2017, houve desmatamento em uma área de, aproximadamente:

A
155.000 km2 do bioma caracterizado por florestas densas, com árvores altas, localizado em área de clima quente, com altos índices pluviométricos.
B
62.000 km2 do bioma caracterizado por gramíneas, arbustos e árvores de médio porte, que apresenta áreas alagadiças, principalmente na estação chuvosa.
C
72.000 km2 do bioma caracterizado por arbustos de médio porte, com galhos retorcidos e folhas adaptadas aos longos períodos de seca.
D
117.000 km2 do bioma caracterizado por gramíneas, arbustos e árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos, localizado em área de períodos seco e chuvoso bem definidos.
51dd4baa-d8
IF Goiano 2019 - Atualidades - Questões Sociais, Movimentos Sociais, Discriminação e Desigualdade: raça, classe e gênero

“Embora os cientistas sociais se refiram ao gênero como um ‘fator’ ou ‘dimensão’ da análise, ele também é aplicado a pessoas reais como uma ‘marca’ de diferença biológica, linguística e/ou cultural. Nestes últimos casos, o gênero pode ser compreendido como um significado assumido por um corpo (já) diferenciado sexualmente; contudo, mesmo assim esse significado só existe em relação a outr
o significado oposto. Algumas teóricas feministas afirmam ser o gênero ‘uma relação’, aliás um conjunto de relações, e não um atributo individual.”

BUTLER, Judit. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Disponível em: https://cadernoselivros.files.wordpress.com/2017/04/butler-problemasdegenero-ocr.pdf. Acesso em: 23 abr. 2019.

Sobre o trecho acima e os movimentos de gênero na atualidade, identifica-se

A
a falta de sentido existencial dos movimentos que lutam pelo reconhecimento de suas identidades de gênero.
B
O isolamento dos movimentos identitários e de gênero no contexto político mundial.
C
o caráter sociocultural, linguístico e político da construção das relações de gênero.
D
O crescimento do feminismo negro baseado na diferença biológica das raças.
51da0f05-d8
IF Goiano 2019 - Geografia - Geografia Econômica


QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1992.


Partindo da análise da charge e tendo por referência o método do Materialismo Histórico Dialético, a pobreza pode ser compreendida como

A
uma circunstância cultural que torna o indivíduo incapaz de alterar a própria existência frente às suas condições materiais.
B
a ausência de políticas sociais que empoderem o sujeito no mundo capitalista, capacitando e valorizando sua mão de obra.
C
o resultado das condições sócio-históricas em que os sujeitos estiveram envolvidos na materialidade da vida e de produção.
D
a ausência de disciplina na própria vida, que seria condição fundamental para a emancipação do sujeito frente à materialidade histórica em que esteve inserido.
51d29924-d8
IF Goiano 2019 - Geografia - Meio Ambiente na Geografia, Impactos e soluções nos meios natural e rural



Disponível em: http://geoconceicao.blogspot.com/2011/06/revolucao-verde-2.html. Acesso em: 30 abr. 2019.


A partir da charge acima, considera-se que a Revolução Verde no Brasil

A
promoveu o desenvolvimento da agricultura familiar, agricultura sustentável e diversificação de cultivos.
B
fomentou a adoção de novas tecnologias e insumos no campo a partir da associação com o capital internacional.
C
assegurou a soberania alimentar em qualidade e quantidades para garantir uma vida saudável e ativa para a população.
D
ocasionou acentuada reforma agrária e a superação da estrutura fundiária herdada do período imperial.
51c67d1f-d8
IF Goiano 2019 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Brazilian scholar Sueli Carneiro (2011), arguing about the importance of black feminism in Brazil and Latin America, states that black women never recognized themselves in the myth of the female fragility, because they were never treated as fragile. This is shown in Text 1 through Maria’s life, since she is

A
worried about the price of the bus ticket and considers walking home.
B
confused by a multitude of feelings such as fear, vanity and longingness.
C
underemployed and must take care of her three children by herself.
D
happy and must take an important message for one of her kids from his father.
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IF Goiano 2019 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

“[...] ...Estou residindo na favela. Mas se Deus me ajudar hei de mudar daqui. Espero que os políticos estingue [sic] as favelas.”

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2004. p.160)

A partir dos estudos sobre os reflexos do crescimento urbano desordenado, constata-se

A
que as políticas públicas e de organização do espaço já implantaram o funcionamento do esgotamento sanitário, a pavimentação das ruas e adequações nas irregularidades nos terrenos.
B
que há uma cidade informal dentro da cidade formal, com desigualdades, distinções culturais e contraditórios sentimentos de pertencimento e aversão ao lugar que se habita.
C
o aparecimento de microculturas, com a capacidade de transformação do espaço urbano e das fundamentações da normatividade social.
D
percebe-se a estratificação como exemplificação do modo como cada sociedade está dividida, com maior capacidade individual de mobilidade social.
51ce2035-d8
IF Goiano 2019 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Goiás

No Brasil e em grande parte dos países do mundo, as mulheres estão ingressando cada vez mais no mundo do trabalho, porém com salários ainda menores do que os dos homens. Dados estatísticos revelam que no país as mulheres ganham em média 30% menos que os homens, um dos piores índices de diferença salarial do mundo. Os gráficos abaixo trazem um exemplo específico do Estado de Goiás:



Disponível em: http://profissoes.imb.go.gov.br/profissoes/view/graficos.php?tipo=1&loc_fam=5211%20- %20Operadores%20do%20com%E9rcio%20em%20lojas%20e%20mercados. Acesso em: 23 abr. 2019.


Considerando os dados apresentados pelos gráficos, constata-se que

A
a divisão do trabalho fundamentada nos sexos, com base na propriedade privada e na família monogâmica, teria sido, historicamente, a primeira forma de desigualdade de classes, segundo Friedrich Engels.
B
o patriarcado é um sistema de poder semelhante ao escravismo, pois submete as mulheres aos homens e legitima o poder masculino nas esferas pública e privada justificando, por exemplo, a violência doméstica e o estupro.
C
as duas guerras mundiais promovidas no século XX impulsionaram a entrada das mulheres na atividade industrial pela demanda necessária de força de trabalho. No entanto, o modelo de família almejado pela sociedade industrial e fordista do pós-guerra centrou-se no "homem provedor e na mulher cuidadora".
D
no século XXI, uma pauta material do movimento feminista é a igualdade de direitos, como por exemplo, a equiparação de salários entre homens e mulheres no desempenho das mesmas ocupações no mercado de trabalho.
51d64363-d8
IF Goiano 2019 - Geografia - Industrialização, Histórico


Fonte: JORNAL DO BRASIL, 19 DE FEVEREIRO DE 1997.


A crítica apresentada pela charge refere-se

A
à automação, à produção em série e ao trabalho repetitivo e alienado em micro e macro escalas.
B
aos processos de produção em série e industrialização tardia no Brasil, favorecendo a todas as classes.
C
à necessidade da reforma da previdência para ampliar a oferta de emprego no mercado de trabalho.
D
ao uso de técnicas e tecnologias de produção como forma de assegurar a menor exploração do trabalho humano.
51bbd053-d8
IF Goiano 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Maria é o nome da personagem central e o título do Texto 1. Observa-se que a palavra Maria evidencia uma função



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
metonímica, pois a personagem sintetiza as experiências de vida de outras mulheres vítimas de violências.
B
metafórica, dado que a protagonista simboliza uma heroína que vence as lutas contra as mazelas de seu povo.
C
irônica, já que a personagem sofre na pele a violência de seus semelhantes e o descaso governamental.
D
hiperbólica, haja vista que a protagonista ganha tons de exagero em sua trajetória com excessivas desgraças.
51c2fe10-d8
IF Goiano 2019 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

According to Conceição Evaristo (2009), in an article entitled “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade”, Afro-Brazilian literature portrays the bodies of black people in a positive humanized manner, even when they are forced to live under dehumanizing circumstances. Similarly, the images 1 and 2 show black Brazilian men working under inadequate conditions, and yet they are standing up with

A
a shovel in their hands.
B
bare feet on a rug.
C
fancy clothes to wear.
D
a strong attitude.
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IF Goiano 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No conto Maria (Texto 1), o fragmento que evidencia a temática acerca da mulher batalhadora é



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
“Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino?”
B
“Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...”
C
“Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais.”
D
“Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.”
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IF Goiano 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A partir da década de 1930, o movimento modernista brasileiro reforçou o debate sobre as questões sociais. Nesse contexto, a pintura de Cândido Portinari (Imagem 1) é representativa desse movimento por



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
fomentar um projeto modernista com características globais.
B
promover o diálogo entre a arte e a realidade local.
C
ressaltar a presença constante da paisagem e do homem universal.
D
utilizar técnicas clássicas para expressar a cultura nacional.
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IF Goiano 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Extraído do livro Olhos D’Agua, de Conceição Evaristo, o Texto 1 encaixa-se no gênero discursivo conto, pois apresenta uma



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
estruturação simples, com enredo pautado em fatos observáveis no cotidiano, com vistas a divertir e levar à reflexão sobre os comportamentos humanos.
B
construção mais compacta, na qual o narrador registra fatos ocorridos no seu dia a dia, buscando registrar suas experiências e os sentimentos por ele vivenciados.
C
configuração material pouco extensa, com esquema temporal-espacial econômico, objetivando construir um enredo em torno de um único conflito.
D
organização mais enxuta, com tempo e lugar imprecisos, visando por em destaque um ensinamento ou uma moral para provocar reflexão social.
51b5dc66-d8
IF Goiano 2019 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Ao se apropriar do jogo de luzes e sombras, a fotografia de Sebastião Salgado (Imagem 2) aproxima-se visualmente do



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
Barroco, no que se refere à utilização do contraste entre os tons claros e escuros.
B
Renascimento, no que se refere à posição do corpo do trabalhador como ideal de perfeição e harmonia.
C
Impressionismo, quanto à suspensão dos contornos e à valorização dos tons claros e escuros.
D
Expressionismo, quanto ao acento dramático e ao emprego de temas advindos do cotidiano.
51afa1f2-d8
IF Goiano 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao analisar a pintura de Cândido Portinari (Imagem 1), em seu contexto sócio-histórico, nota-se que o artista



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
valoriza a mão-de-obra negra ao representar o corpo numa proporcionalidade clássica.
B
apresenta uma crítica à destruição da natureza ao ressaltar a derrubada de árvores.
C
enaltece a manutenção do trabalho escravo em regiões do interior do país.
D
faz menção à mão-de-obra negra na agricultura e ao café como produto da economia.