Questõesde ENEM sobre História Geral
TEXTO I
A adesão da Alemanha à Otan
A adesão da Alemanha Ocidental à Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) há 50 anos teve como
pano de fundo o conflito entre o Ocidente e o Leste da
Europa e o projeto da integração europeia. A adesão
da República Federal da Alemanha foi um passo
importante para a reconstrução do país no pós-guerra
e abriu o caminho para a Alemanha desempenhar um
papel relevante na defesa da Europa Ocidental durante
a Guerra Fria.
HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos depois.
Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015 (adaptado).
TEXTO II
Otan discute medidas para deter os jihadistas
no Iraque e na Síria
O regime de terror imposto pelos islamitas radicais
no Oriente Médio alarma a Otan tanto ou mais que a
Rússia, ainda que a estratégia para detê-los ainda seja
difusa. O avanço do chamado Estado Islâmico, que
instalou um califado repressor em zonas do Iraque e da
Síria, comandou boa parte das reuniões bilaterais que
mantiveram os líderes da organização atlântica no País
de Gales.
ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no
Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com.
Acesso em: 5 out. 2015.
As diferentes estratégias da Otan, demonstradas nos
textos, são resultantes das transformações na
Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre
a Proibição das Armas Químicas (CPAQ) marcou um
momento novo das relações internacionais no campo
da segurança. Aberta para assinaturas em Paris,
em janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de
negociações na Conferência do Desarmamento em
Genebra, a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997.
Ao abrir a I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ,
em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan,
descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”.
Disse: “O que vocês fizeram com sua livre vontade foi
anunciar a essa e a todas as futuras gerações que as
armas químicas são instrumentos que nenhum Estado
com algum respeito por si mesmo e nenhum povo
com algum senso de dignidade usaria em conflitos
domésticos ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas:
trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.
O que a Convenção representou para o cenário
geopolítico mundial?

Disponível em: http://operamundi.uol.com.br.
Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado).
As imagens representam fases de um conflito geopolítico
no qual as forças envolvidas buscam

Para dar conta do movimento histórico do processo
de inserção dos povos indígenas em contextos
urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos,
foi necessário construir um método de investigação,
baseado na História Oral, que desvelasse essas
vivências ainda não estudadas pela historiografia,
bem como as conflitivas relações de fronteira daí
decorrentes. A partir da história oral foi possível
entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos
índios urbanos no contexto da sociedade nacional,
bem como perceber os entrelugares construídos por
estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no
enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena
nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
O
uso desse método para compreender as condições
dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras
justifica-se por
Uma privatização do espaço maior do que aquela
proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais
nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a
cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito,
longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara,
nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do
estilo século XVIII, mandou construir uma parede em
torno de sua cama a fim de fechar completamente o
pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só
ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.).
História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes.
São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
A partir do século XVII, a história da casa, que foi se
modificando para atender aos novos hábitos dos
indivíduos, provocou o(a)
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua
guerra de pirataria contra a Espanha papista quando
roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do
Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha
Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do
Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois
pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a
um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o
primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações
às independências. Séculos XIII a XX.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme
citada no texto, foi o meio encontrado para
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para
A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU
na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948,
foi um acontecimento histórico de grande relevância.
Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o
papel dos direitos humanos na convivência coletiva,
pode ser considerada um evento inaugural de uma nova
concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova
concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos
era imprescindível para a existência da cidade-estado.
Segundo os regimes políticos, a proporção desses
cidadãos em relação à população total dos homens
livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas
aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção
de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do
seguinte critério para a participação política:
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada
pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira
cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo
todas as formas de campos de concentração. Vistos de
fora, os campos e o que neles acontece só podem ser
descritos com imagens extraterrenas, como se a vida
fosse neles separada das finalidades deste mundo.
Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos
que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível
que termina levando à aceitação do extermínio como
solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo:
Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das
temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à
naturalização do(a)
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou
a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus
Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração
a este último de tal maneira que as festas do solstício de
verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram
“fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto
não foi imediatamente associada a São João Batista.
Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da
festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas
por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em
torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada
no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
Dificilmente passa-se uma noite sem que
algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de
cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores
não diretamente envolvidos nos ataques pareciam
apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times:
“deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos
aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas,
há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no
século XIX, foi uma reação ao seguinte processo
socioespacial:
Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial:
A partir da segunda metade do século XVIII, com
a primeira Revolução Industrial e o nascimento do
proletariado, cresceram as pressões por uma maior
participação política, e a urbanização intensificou-se,
recriando uma paisagem social muito distinta da que
antes existia.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos:
Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente
pelos seguintes atores sociais:
A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:
Em Utopia, tudo é comum a todos. A distribuição
dos bens lá não é um problema, não se vê nem pobre
nem mendigo e, embora ninguém tenha nada de seu,
todos são ricos. Haverá maior riqueza do que levar uma
existência alegre e pacífica, livre de ansiedades e sem
precisar se preocupar com a subsistência?
MORUS, T. Utopia. Brasília: UnB, 2004.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI,
esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX
que lutaram para
Em Utopia, tudo é comum a todos. A distribuição dos bens lá não é um problema, não se vê nem pobre nem mendigo e, embora ninguém tenha nada de seu, todos são ricos. Haverá maior riqueza do que levar uma existência alegre e pacífica, livre de ansiedades e sem precisar se preocupar com a subsistência?
MORUS, T. Utopia. Brasília: UnB, 2004.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI, esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX que lutaram para
A recente crise generalizada que se instalou na
primeira república negra do mundo não pode ser
entendida de forma pontual e simplória. É necessário
compreender sua história, marcada por intervenções,
regimes ditatoriais, corrupção e desastres ambientais,
originando a atual realidade socioeconômica e política
do Haiti.
MORAES, I. A.; ANDRADE, C. A. A.; MATTOS, B. R. B. A imigração haitiana para o Brasil:
causas e desafios. Conjuntura Austral, n. 20, 2013.
No contexto atual, os problemas enfrentados pelo Haiti
resultaram em um expressivo fluxo migratório em direção
ao Brasil devido ao seguinte fato:
A recente crise generalizada que se instalou na primeira república negra do mundo não pode ser entendida de forma pontual e simplória. É necessário compreender sua história, marcada por intervenções, regimes ditatoriais, corrupção e desastres ambientais, originando a atual realidade socioeconômica e política do Haiti.
MORAES, I. A.; ANDRADE, C. A. A.; MATTOS, B. R. B. A imigração haitiana para o Brasil: causas e desafios. Conjuntura Austral, n. 20, 2013.
No contexto atual, os problemas enfrentados pelo Haiti resultaram em um expressivo fluxo migratório em direção ao Brasil devido ao seguinte fato:
Quanto aos campos de batalha, os nomes de ilhas
melanésias e assentamentos nos desertos norte-africanos,
na Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão conhecidos
dos leitores de jornais e radiouvintes quanto os nomes
de batalhas no Ártico e no Cáucaso, na Normandia, em
Stalingrado e em Kursk. A Segunda Guerra Mundial foi
uma aula de geografia.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991.
São Paulo: Cia. das Letras, 1997 (adaptado).
Um dos principais acontecimentos do século XX, a
Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi interpretada no
texto como uma aula de geografia porque
Quanto aos campos de batalha, os nomes de ilhas melanésias e assentamentos nos desertos norte-africanos, na Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão conhecidos dos leitores de jornais e radiouvintes quanto os nomes de batalhas no Ártico e no Cáucaso, na Normandia, em Stalingrado e em Kursk. A Segunda Guerra Mundial foi uma aula de geografia.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1997 (adaptado).
Um dos principais acontecimentos do século XX, a Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi interpretada no texto como uma aula de geografia porque