Questõesde UFU-MG sobre Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

1
1
1
Foram encontradas 16 questões
96953102-c3
UFU-MG 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

“[...] foi o mais notável movimento popular do Brasil. O único em que as camadas mais inferiores da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. [...] primeira insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva de poder.”
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil e outros estudos. São Paulo: Brasiliense, 1975. p. 69. (Adaptado)

A citação acima diz respeito à Cabanagem, uma das principais revoltas ocorridas no chamado Período Regencial Brasileiro. Acerca desse movimento, é correto afirmar que

A
ocorreu na cidade de Salvador, em 1835, com significativa participação de africanos escravizados de origem muçulmana. O levante durou menos de 24 horas e foi duramente reprimido. Os revoltosos sobreviventes foram mortos, presos ou degradados.
B
ocorreu no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841 e foi liderado por homens pobres (com apoio de escravos, de vaqueiros e mesmo de alguns fazendeiros) que enfrentaram grandes proprietários de terra, comerciantes e autoridades políticas.
C
ocorreu na província da Bahia entre os anos de 1837 e 1838. Seu objetivo era, dentre outros, a criação de uma república de caráter transitório até que Dom Pedro II alcançasse a maioridade.
D
ocorreu na província do Grão-Pará, entre 1835 e 1840, em decorrência da exploração sofrida pelos trabalhadores submetidos a um regime de trabalho de semiescravidão. Esses foram violentamente reprimidos e aproximadamente 30 mil pessoas morreram assassinadas por tropas imperiais e em incêndios.
cb2c420b-b0
UFU-MG 2011 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Leia o texto a seguir.


Os malês encontraram na Bahia de 1835 um campo fértil onde semear a rebeldia escrava e tentar mudar a sociedade em favor dos africanos. Fundada na desigualdade etnorracial e social, a Bahia vivia nesse período uma crise econômica e política. As revoltas das classes livres pobres e dos dissidentes liberais de um lado e, de outro, as dos escravos africanos, ameaçavam a hegemonia política dos grandes senhores da Bahia e a própria ordem escravocrata.

REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 545.


Considerando o texto acima, assinale a alternativa correta sobre a revolta dos malês de 1835.

A
Os malês representavam uma identidade étnica africana que foi recusada pela maioria dos outros grupos de escravos, que vinham de regiões diferentes da África.
B
Os malês estavam em uma camada intermediária entre as classes livres pobres e os escravos, pois estavam em uma situação social superior à dos escravos.
C
As classes livres e pobres uniram-se aos grandes proprietários de terra na Bahia para derrotar os malês em sua revolta, pois ambos os grupos queriam preservar a supremacia branca sobre os escravos.
D
A revolta dos malês representou uma resistência importante às estruturas sociais vigentes no Brasil, sobretudo à ordem social ligada à escravidão africana.
c65c0fc7-af
UFU-MG 2010, UFU-MG 2010, UFU-MG 2010 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, ficou conhecida como a “Lei de Terras” no Brasil Imperial.


Sobre as consequências desta lei para o Brasil, é correto afirmar que:

A
Esta lei tornou possível a compra e a regulamentação de terras, inclusive por pequenos proprietários, alterando as formas de acesso à propriedade fundiária no país.
B
A “Lei de Terras” deu aos grandes proprietários a possibilidade de aumentar suas posses e de regularizá-las junto ao governo, mediante o pagamento de um imposto adicional.
C
A “Lei de Terras” iniciou a reforma agrária no Brasil, possibilitando a divisão dos latifúndios improdutivos entre os sem-terra, o que inaugurou uma nova era de política agrária no país.
D
Esta lei tornou possível a doação das terras devolutas a pequenos e a grandes proprietários, brasileiros e estrangeiros, para a formação de novas colônias agrícolas no país.
57149a59-a5
UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

“Por volta de 1880, os padrões de Haussmann foram universalmente aclamados como verdadeiro modelo do urbanismo moderno. Como tal, logo passou a ser reproduzido em cidades de crescimento emergente, em todas as partes do mundo, de Santiago a Saigon.”

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Brasiliense, 1990, p.147.

As reformas urbanas foram inspiradas no modelo parisiense a partir de fins do século XIX, influenciando, por exemplo, a intervenção urbanística do prefeito Pereira Passos no Rio de Janeiro.

Sobre tais reformas, é INCORRETO afirmar que

A
as intervenções buscavam higienizar as cidades com a instalação de redes de esgoto e de água com o objetivo de prevenir epidemias.
B
as ações urbanísticas modernizantes tinham por objetivo deslocar as massas incivilizadas para as periferias citadinas.
C
o traçado sinuoso das antigas ruas e avenidas era mantido, visando à preservação das construções de valor histórico.
D
o alargamento das ruas e das avenidas buscava ampliar a mobilidade e o controle policialesco, agilizando o deslocamento de tropas.
411e4cfa-b2
UFU-MG 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Saído do regime servil sem condições para se adaptar rapidamente ao novo sistema de trabalho, à economia urbano-comercial e à modernização, o "homem de cor" viu-se duplamente espoliado. Primeiro, porque o ex-agente de trabalho escravo não recebeu nenhuma indenização, garantia ou assistência; segundo, porque se viu repentinamente em competição com o branco em ocupações que eram degradadas e repelidas anteriormente, sem ter meios para enfrentar e repelir essa forma mais sutil de despojamento social. Só com o tempo é que iria aparelhar-se para isso, mas de modo tão imperfeito que ainda hoje se sente impotente para disputar "o trabalho livre na Pátria livre"
FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difel, 1971, p.47.

Os primeiros anos pós-Abolição, no Brasil, foram marcados por ameaças de convulsão social e de reorganização do sistema produtivo. Nesse cenário, a força de trabalho estava marcada 

A
pelos fortes fluxos migratórios de ex-escravos para a região Nordeste, onde a permanência da lavoura açucareira constituía um importante polo de trabalho assalariado.
B
pela aceleração do emprego nas atividades industriais, cuja preponderância do setor de bens de produção propiciou um forte crescimento da economia nas primeiras décadas do século XX.
C
por um processo de transformações, nas quais os imigrantes passavam a ocupar um papel de relevo, especialmente por causa da marginalização de expressivas parcelas de libertos.
D
pelo crescimento do trabalho livre em setores de subsistência, especialmente após a forte crise do setor cafeeiro provocada pela Abolição.