Questõesde UEM 2011 sobre Geografia

A maior parte do aumento da participação das exportações de bens manufaturados, referentes aos países industrializados semiperiféricos, concentra-se na Ásia Oriental e no Pacífico.

Os países periféricos, predominantemente agroexportadores, sofrem com o comércio injusto, devido ao protecionismo agrícola dos países desenvolvidos e perdem a chance de integração bem-sucedida à economia mundial, essencial à redução da pobreza.

Atualmente, tem-se estabelecido entre os países uma nova Divisão Internacional do Trabalho, destacando-se três grupos de países: os industrializados centrais, os industrializados semiperiféricos (também chamados de emergentes) e as economias periféricas.

Desde as últimas décadas do século XX, os novos países industrializados encontraram algumas brechas para produzir e inserir produtos manufaturados no comércio mundial. Em grande medida, ainda exportam produtos que agregam apenas tecnologia tradicional.

no Brasil a distribuição dos migrantes indica que há forte atração das áreas de expansão das fronteiras agropecuárias, principalmente no Nordeste.

Os países periféricos (ou de fraca industrialização) constituem-se de parte dos países asiáticos e latino-americanos e da maioria dos países africanos. Participam de modo marginal do mercado mundial, fornecendo, sobretudo, produtos primários.

no Brasil, atualmente, a mobilidade interna da população tem um fluxo mais elevado do que os deslocamentos para outros países.

as redes urbanas complexas, existentes no Sudeste, caracterizam-se por fluxos intensos entre cidades situadas nos diferentes níveis de hierarquia, com destaque para as metrópoles e as cidades médias.

os refugiados compõem um grupo de migrantes que se deslocam para outros países por perseguição em razão de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política. Atualmente, as guerras geraram o maior número de refugiados, e boa parte deles tem origem na Ásia, na África e no Oriente Médio.

no nível mais baixo da hierarquia estão os centros urbanos produtores dos bens e serviços mais procurados pela população (alimentos, vestuário, centrais telefônicas e postos de saúde).

a integração funcional entre os núcleos urbanos provoca fluxos pendulares diários de trabalhadores de diferentes núcleos e um intenso movimento de mercadorias.

o espaço geográfico abrange redes formadas pelos complexos sistemas de fluxos de pessoas, bens, serviços, capitais e informações, que caracterizam a sociedade contemporânea. Nas redes urbanas, as cidades desempenham a função de nós ou vértices desse sistema de fluxos.

as metrópoles são centros cuja influência se estende por várias áreas, sendo, no Brasil, classificadas de acordo com o nível de influência e as conexões externas referentes a cada uma delas. São Paulo é a única região metropolitana a receber a denominação de Grande Metrópole Nacional, pois concentra quase 18 milhões de pessoas e o poder econômico abriga 78% das sedes das maiores empresas.

Desde o final da Idade Média, o vale do Reno foi uma das principais rotas do comércio. Ao longo dos séculos XIX e XX, muitas indústrias se concentraram na confluência com o rio Ruhr. Assim, o Reno transformou-se numa via de transporte para vários países europeus, ligando regiões industriais, sobretudo alemãs, ao Porto de Roterdã, nos Países Baixos.

Com a emergência da economia urbano–industrial, no Brasil, as ferrovias e hidrovias foram, paulatinamente, ganhando importância em relação à rede rodoviária. Na década de 1930, esboçou-se uma nova diretriz na Política Nacional de Transporte, que passou a privilegiar a construção de grandes aeroportos. 

Brasil, México, Coreia do Sul, Taiwan, que compõem os países do BRIC, desenvolveram indústrias de tecnologia de ponta, mas não formaram os tecnopolos, por interferência dos governos desses países.

Nos Estados Unidos da América, EUA, os principais tecnopolos são: o Vale do Silício, na Califórnia, baseado no desenvolvimento da microeletrônica e da informática; o Orange County, também na Califórnia, onde se concentra a maior parte da indústria aeroespacial; a Rota 128, na região metropolitana de Boston, inicialmente vinculado ao setor bélico, destacando-se a Universidade de Harvard e o Instituto Tecnológico de Massachusetts, no desenvolvimento do conhecimento científico-tecnológico.

A Índia tem em Banglore um dos mais importantes tecnopolos do mundo, que, com investimentos do governo indiano e de grandes corporações transnacionais, transformou-se em um dos principais polos de produção de software e hardware.

Na Alemanha, Munique é um centro industrial antigo e se transformou em um dos principais centros tecnológicos, onde se concentram as empresas do setor eletrônico, tecnologia da informação, biotecnologia, automobilístico e aeroespacial.

No Japão, destacam-se dois tecnopolos: o de Tsukuba, implantado na década de 1960, com investimentos estatais, e o de Kansai, abrangendo os municípios de Kyoto, Osaka e Nara, implantado na década de 1980, com forte presença de empresas privadas. Esses dois polos desenvolveram a microeletrônica, mecânica e a robótica, tornando o Japão um dos líderes na produção e utilização de robôs na produção industrial.