Brasil, México, Coreia do Sul, Taiwan, que compõem os países do BRIC, desenvolveram indústrias de tecnologia de ponta, mas não formaram os tecnopolos, por interferência dos governos desses países.

Gabarito: E — Errado

Por que a afirmativa está errada?

A frase contém dois erros principais. Primeiro, afirma que Brasil, México, Coreia do Sul e Taiwan “compõem os países do BRIC” — isso é factualmente incorreto: BRIC = Brasil, Rússia, Índia e China. Segundo (e mais relevante para o tema), diz que esses países **não formaram tecnopolos por interferência dos governos**. Na verdade, a criação e consolidação de tecnopolos costuma envolver forte ação estatal e políticas públicas de fomento: muitos technopoles são resultado direto de iniciativas governamentais, parcerias universidade‑empresa‑Estado (modelo "Triple Helix") e incentivos à pesquisa e infraestrutura.

Exemplos práticos: Hsinchu Science Park (Taiwan) foi criado pelo governo taiwanês; na Coreia do Sul o Estado foi decisivo no apoio a centros como Daedeok e universidades tecnológicas; no Brasil, pólos como Campinas (ligado à Unicamp), São José dos Campos (aeroespacial) e o Porto Digital (Recife) cresceram com políticas públicas e incentivos locais.

Base teórica e fontes: o conceito de tecnopolo se apoia em literatura sobre inovação e territórios do conhecimento — ver, por exemplo, Etzkowitz & Leydesdorff (1995/2000) sobre o modelo Triple Helix e relatórios da OCDE sobre inovação territorial e políticas de ciência e tecnologia.

Dica de concurso — como identificar a pegadinha: procure erros factuais no enunciado (como composição de blocos geopolíticos) e avalie o papel do Estado em políticas de inovação: se o enunciado atribui ao governo apenas um papel de obstáculo, verifique evidências históricas — frequentemente o Estado é agente promotor dos tecnopolos.

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