Questõesde ENEM sobre Conceitos Filosóficos
Princípios práticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelo
sujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos, quando a
condição é válida para a vontade de todo ser natural.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 2008.
A concepção ética presente no texto defende a
Princípios práticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelo sujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos, quando a condição é válida para a vontade de todo ser natural.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 2008.
A concepção ética presente no texto defende a
Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de
fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se
tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse
apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você
jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro
que você nunca poderia despertar, como faz quando
sonha, pois significaria que não há mundo "real" no qual
despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho
ou alucinação normal.
NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia São Paulo: Martins Fontes, 2011
O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica
contemporânea conhecida como:
Vemos que toda cidade é uma espécie de
comunidade, e toda comunidade se forma com vistas
a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; todas as comunidades visam algum bem, é evidente
que a mais importante de todas elas e que inclui todas as
outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais
importante de todos os bens.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que
associa dois elementos essenciais à discussão sobre a
vida em comunidade, a saber:
O espírito humano controla as máquinas cada vez
mais potentes que criou. Mas a lógica dessas máquinas
artificiais controla cada vez mais o espírito dos cientistas,
sociólogos, políticos e, de modo mais abrangente, todos
aqueles que, obedecendo à soberania do cálculo,
ignoram tudo o que não é quantificável, ou seja, os
sentimentos, sofrimentos, alegrias dos seres humanos.
Essa lógica é assim aplicada ao conhecimento e à
conduta das sociedades, e se espalha em todos os
setores da vida.
MORIN, E. O método 5: a humanidade da humanidade.
Porto Alegre: Sulina, 2012 (adaptado).
No contexto atual, essa crítica proposta por Edgar Morin
se aplica à
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é
o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção
da modernidade que defende um modelo
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX,
maravilhado pela geografia, flora e fauna da
região sul-americana, via seus habitantes como se
fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,
referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais
não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou
nosso papel de exportadores de natureza no que seria
o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos
como territórios condenados a aproveitar os recursos
naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.
São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada
no texto refletia a permanência da seguinte corrente
filosófica:
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias,
por mais complexos e sublimes que sejam, sempre
descobrimos que se resolvem em ideias simples que
são cópias de uma sensação ou sentimento anterior.
Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais
afastadas dessa origem mostram, a um exame mais
atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o
conhecimento tem a sua gênese na
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício,
quando o homem sentiu a necessidade de criar em si
uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores,
as mais repugnantes mutilações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem
naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso
auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição
humana e a elaboração de um mecanismo distintivo
entre homens e animais, marcado pelo(a)
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
Demócrito julga que a natureza das coisas eternas
são pequenas substâncias infinitas, em grande número.
E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem
às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de
toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em
grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se
todos os volumes visíveis e perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo:
Nova Cultural, 1996 (adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de
Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos os volumes visíveis e perceptíveis. SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de
Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar
o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos
séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para
dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n'Ele aparece uma vontade
que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n'Ele aparece uma vontade que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável
do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade.
Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se
chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles
que pretenderam construir uma filosofia absolutamente
positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que,
simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no
saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento
que leva incessantemente do saber à ignorância, da
ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia.
Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos
constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por
A ética exige um governo que amplie a igualdade entre
os cidadãos. Essa é a base da pátria. Sem ela, muitos
indivíduos não se sentem “em casa”, experimentam-se
como estrangeiros em seu próprio lugar de nascimento.
SILVA, R. R. Ética, defesa nacional, cooperação dos povos. OLIVEIRA, (. R (Org.)
Segurança & Defesa Nacional: da competição à cooperação regional. São Paulo:
Fundação Memorial da América Latina, 2007 (adaptado).
Os pressupostos éticos são essenciais para a
estruturação política e integração de indivíduos em uma
sociedade. De acordo com o texto, a ética corresponde a
“Não à liberdade para os inimigos da liberdade”,
dizia Saint-Just. Isso significa dizer: não à tolerância
para os intolerantes.
HÉRITIER, F. O eu, o outro e a tolerância. In: HÉRITIER, F; CHANGEUX, J. P (orgs.).
Uma ética para quantos? São Paulo: EdUSC, 1999 (fragmento).
A contemporaneidade abriga conflitos éticos e políticos,
dos quais o racismo, a discriminação sexual e a
intolerância religiosa são exemplos históricos. Com base
no texto, qual é a principal contribuição da Ética para a
estruturação política da sociedade contemporânea?
“Não à liberdade para os inimigos da liberdade”, dizia Saint-Just. Isso significa dizer: não à tolerância para os intolerantes.
HÉRITIER, F. O eu, o outro e a tolerância. In: HÉRITIER, F; CHANGEUX, J. P (orgs.). Uma ética para quantos? São Paulo: EdUSC, 1999 (fragmento).
A contemporaneidade abriga conflitos éticos e políticos, dos quais o racismo, a discriminação sexual e a intolerância religiosa são exemplos históricos. Com base no texto, qual é a principal contribuição da Ética para a estruturação política da sociedade contemporânea?
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão
de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras
abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior
quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir
o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso
de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade
para todos aqueles que serão afetados.
RACHELS, J. Os elementos dafilosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006.
Os parâmetros da ação indicados no texto estão em
conformidade com uma
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.
RACHELS, J. Os elementos dafilosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006.
Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem.
Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente —
que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou
em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária
para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada
por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades:
o lluminismo.
FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos.
São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto
apresenta uma concepção de pensamento que tem como
uma de suas bases a
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o lluminismo.
FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a
Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o
antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo poder
de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram
um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra.
Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes
de forma globalizada e profunda? Temos pessoalmente
trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do
cuidado como relação amigável e cooperativa para
com a natureza. Queremos, agora, agregar a ética da
responsabilidade.
BOFF, L. Responsabilidade coletiva. Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com.
Acesso em: 14 maio 2013.
A ética da responsabilidade protagonizada pelo filósofo
alemão Hans Jonas e reinvindicada no texto é expressa
pela máxima:
Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda? Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos, agora, agregar a ética da responsabilidade.
BOFF, L. Responsabilidade coletiva. Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com. Acesso em: 14 maio 2013.
A ética da responsabilidade protagonizada pelo filósofo alemão Hans Jonas e reinvindicada no texto é expressa pela máxima:
O texto compara hipoteticamente dois padrões morais
que divergem por se basearem respectivamente em
O texto compara hipoteticamente dois padrões morais que divergem por se basearem respectivamente em
Pode-se admitir que a experiência passada dá
somente uma informação direta e segura sobre
determinados objetos em determinados períodos do
tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta
a principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por
que esta experiência tem de ser estendida a tempos
futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos,
unicamente são similares em aparência. O pão que
outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de
tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, dotado
de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que
este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu
na outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes
devem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos
semelhantes? A consequência não parece de nenhum
modo necessária.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
O problema descrito no texto tem como consequência a
Pode-se admitir que a experiência passada dá somente uma informação direta e segura sobre determinados objetos em determinados períodos do tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta a principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por que esta experiência tem de ser estendida a tempos futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos, unicamente são similares em aparência. O pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes devem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos semelhantes? A consequência não parece de nenhum modo necessária.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
O problema descrito no texto tem como consequência a
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza.
Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se
uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é
oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi
inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado
amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos
de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas
cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo.
Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se.
Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não
nos querem tragar!
NIETZSCHE, F Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um
entendimento da doutrina niilista, uma vez que
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!
NIETZSCHE, F Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que