Questõesde FGV 2015

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Foram encontradas 364 questões
60cd8acc-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para as seguintes afirmações referentes ao excerto, considerado no contexto de Capitães da Areia:

I Os termos “bondade”, “ódio” e “luta”, postos em questão no excerto, encontram-se objetivamente em relação dialética – na qual a contradição entre os dois primeiros é superada na síntese operada pelo termo “luta”, que os engloba e ultrapassa.

II Vista no conjunto da trajetória da personagem, a cena registra um momento decisivo no processo de politização de Pedro Bala.

III Para definir os perfis que as personagens Pirulito, Sem-Pernas e Pedro Bala assumem no excerto, as palavras-chave poderiam ser, respectivamente, ilusão, ressentimento e projeto.

Está correto o que se afirma em

      (...) Um dia, passado muito tempo, Pedro Bala ia com o Sem-Pernas pelas ruas. Entraram numa igreja da Piedade, gostavam de ver as coisas de ouro, mesmo era fácil bater uma bolsa de uma senhora que rezasse. Mas não havia nenhuma senhora na igreja àquela hora. Somente um grupo de meninos pobres e um capuchinho que lhes ensinava catecismo.

      — É Pirulito... — disse Sem-Pernas.

      Pedro Bala ficou olhando. Encolheu os ombros:

      — Que adianta?

      Sem-Pernas olhou:

      — Não dá de comer...

      — Um dia vai ser padre também. Tem que ser é tudo junto.

      Sem-Pernas disse:

      — A bondade não basta.

      Completou:

      — Só o ódio...

      Pirulito não os via. Com uma paciência e uma bondade extremas ensinava às crianças buliçosas as lições de catecismo. Os dois Capitães da Areia saíram balançando a cabeça. Pedro Bala botou a mão no ombro do Sem-Pernas.

      — Nem o ódio, nem a bondade. Só a luta. A voz bondosa de Pirulito atravessa a igreja.

      A voz de ódio do Sem-Pernas estava junto de Pedro Bala. Mas ele não ouvia nenhuma. Ouvia era a voz de João de Adão, o doqueiro, a voz de seu pai morrendo na luta.

                                                       Jorge Amado, Capitães da Areia.

A
II e III, somente.
B
I e III, somente.
C
I e II, somente.
D
I, somente.
E
I, II e III.
60c8d676-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Preposições, Redação - Reescritura de texto, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Das seguintes propostas de substituição para o trecho sublinhado em “os poucos de que dispomos”, a única que requer o uso de preposição antes do pronome “que”, tal como ocorre no referido trecho, é:  

                 À margem de Memórias de um sargento de milícias

      É difícil associar à impressão deixada por essa obra divertida e leve a ideia de um destino trágico. Foi, entretanto, o que coube a Manuel Antônio de Almeida, nascido em 1831 e morto em 1861. A simples justaposição dessas duas datas é bastante reveladora: mais alguns dados, os poucos de que dispomos, apenas servem para carregar nas cores, para tornar a atmosfera do quadro mais deprimente. Que é que cabe num prazo tão curto?

      Uma vida toda em movimento, uma série tumultuosa de lutas, malogros e reerguimentos, as reações de uma vontade forte contra os golpes da fatalidade, os heroicos esforços de ascensão de um self-made man esmagado pelas circunstâncias. Ignoramos quase totalmente seus começos de menino pobre, mas talvez seja possível reconstruí-los em parte pelas cenas tão vivas em que apresenta o garoto Leonardo lançado de chofre nas ruas pitorescas da indolente cidadezinha que era o Rio daquela época. Basta enumerar todas as profissões que o escritor exerceu em seguida para adivinhar o ambiente. Estudante na Escola de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina, jornalista e tradutor, membro fundador da Sociedade das Belas-Artes, administrador da Tipografia Nacional, diretor da Academia Imperial da Ópera Nacional, Manuel Antônio provavelmente não se teria candidatado ainda a uma cadeira da Assembleia Provincial se suas ocupações sucessivas lhe garantissem uma renda proporcional ao brilho de seus títulos. Achava-se justamente a caminho da “sua” circunscrição, quando, depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto, deixando saudades a um reduzido círculo de amigos, um medíocre libreto de ópera e algumas traduções, do francês, de romances de cordel, aos pesquisadores de curiosidade, e as Memórias de um sargento de milícias ao seu país.

                                     Paulo Rónai, Encontros com o Brasil. Rio de Janeiro:

                                                                                   Edições de Janeiro, 2014. 

A
que podemos nos valer.
B
que resgatamos.
C
que sobrevivem.
D
que nos restam.
E
que podemos consultar.
60c418f7-1b
FGV 2015 - Português - Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Morfologia

No primeiro parágrafo, o conectivo “entretanto” introduz uma oração que contém, em relação à associação feita no período anterior, ideia de

                 À margem de Memórias de um sargento de milícias

      É difícil associar à impressão deixada por essa obra divertida e leve a ideia de um destino trágico. Foi, entretanto, o que coube a Manuel Antônio de Almeida, nascido em 1831 e morto em 1861. A simples justaposição dessas duas datas é bastante reveladora: mais alguns dados, os poucos de que dispomos, apenas servem para carregar nas cores, para tornar a atmosfera do quadro mais deprimente. Que é que cabe num prazo tão curto?

      Uma vida toda em movimento, uma série tumultuosa de lutas, malogros e reerguimentos, as reações de uma vontade forte contra os golpes da fatalidade, os heroicos esforços de ascensão de um self-made man esmagado pelas circunstâncias. Ignoramos quase totalmente seus começos de menino pobre, mas talvez seja possível reconstruí-los em parte pelas cenas tão vivas em que apresenta o garoto Leonardo lançado de chofre nas ruas pitorescas da indolente cidadezinha que era o Rio daquela época. Basta enumerar todas as profissões que o escritor exerceu em seguida para adivinhar o ambiente. Estudante na Escola de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina, jornalista e tradutor, membro fundador da Sociedade das Belas-Artes, administrador da Tipografia Nacional, diretor da Academia Imperial da Ópera Nacional, Manuel Antônio provavelmente não se teria candidatado ainda a uma cadeira da Assembleia Provincial se suas ocupações sucessivas lhe garantissem uma renda proporcional ao brilho de seus títulos. Achava-se justamente a caminho da “sua” circunscrição, quando, depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto, deixando saudades a um reduzido círculo de amigos, um medíocre libreto de ópera e algumas traduções, do francês, de romances de cordel, aos pesquisadores de curiosidade, e as Memórias de um sargento de milícias ao seu país.

                                     Paulo Rónai, Encontros com o Brasil. Rio de Janeiro:

                                                                                   Edições de Janeiro, 2014. 

A
similitude.
B
explicação.
C
contraste.
D
causa.
E
condição.
60c007ad-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

No trecho “depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto”, o autor emprega a palavra “naufrágio” em dois sentidos diferentes. Esses dois tipos de sentido também podem ser identificados, respectivamente, nas seguintes palavras do texto:

                 À margem de Memórias de um sargento de milícias

      É difícil associar à impressão deixada por essa obra divertida e leve a ideia de um destino trágico. Foi, entretanto, o que coube a Manuel Antônio de Almeida, nascido em 1831 e morto em 1861. A simples justaposição dessas duas datas é bastante reveladora: mais alguns dados, os poucos de que dispomos, apenas servem para carregar nas cores, para tornar a atmosfera do quadro mais deprimente. Que é que cabe num prazo tão curto?

      Uma vida toda em movimento, uma série tumultuosa de lutas, malogros e reerguimentos, as reações de uma vontade forte contra os golpes da fatalidade, os heroicos esforços de ascensão de um self-made man esmagado pelas circunstâncias. Ignoramos quase totalmente seus começos de menino pobre, mas talvez seja possível reconstruí-los em parte pelas cenas tão vivas em que apresenta o garoto Leonardo lançado de chofre nas ruas pitorescas da indolente cidadezinha que era o Rio daquela época. Basta enumerar todas as profissões que o escritor exerceu em seguida para adivinhar o ambiente. Estudante na Escola de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina, jornalista e tradutor, membro fundador da Sociedade das Belas-Artes, administrador da Tipografia Nacional, diretor da Academia Imperial da Ópera Nacional, Manuel Antônio provavelmente não se teria candidatado ainda a uma cadeira da Assembleia Provincial se suas ocupações sucessivas lhe garantissem uma renda proporcional ao brilho de seus títulos. Achava-se justamente a caminho da “sua” circunscrição, quando, depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto, deixando saudades a um reduzido círculo de amigos, um medíocre libreto de ópera e algumas traduções, do francês, de romances de cordel, aos pesquisadores de curiosidade, e as Memórias de um sargento de milícias ao seu país.

                                     Paulo Rónai, Encontros com o Brasil. Rio de Janeiro:

                                                                                   Edições de Janeiro, 2014. 

A
“malogros” e “reerguimentos”.
B
“atmosfera” e “fatalidade”.
C
“circunstâncias” e “cores”.
D
“golpes” e “brilho”.
E
“pesquisadores” e “curiosidade”.
60bb032f-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto, a única informação sobre Manuel Antônio de Almeida que NÃO está correta é:

                 À margem de Memórias de um sargento de milícias

      É difícil associar à impressão deixada por essa obra divertida e leve a ideia de um destino trágico. Foi, entretanto, o que coube a Manuel Antônio de Almeida, nascido em 1831 e morto em 1861. A simples justaposição dessas duas datas é bastante reveladora: mais alguns dados, os poucos de que dispomos, apenas servem para carregar nas cores, para tornar a atmosfera do quadro mais deprimente. Que é que cabe num prazo tão curto?

      Uma vida toda em movimento, uma série tumultuosa de lutas, malogros e reerguimentos, as reações de uma vontade forte contra os golpes da fatalidade, os heroicos esforços de ascensão de um self-made man esmagado pelas circunstâncias. Ignoramos quase totalmente seus começos de menino pobre, mas talvez seja possível reconstruí-los em parte pelas cenas tão vivas em que apresenta o garoto Leonardo lançado de chofre nas ruas pitorescas da indolente cidadezinha que era o Rio daquela época. Basta enumerar todas as profissões que o escritor exerceu em seguida para adivinhar o ambiente. Estudante na Escola de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina, jornalista e tradutor, membro fundador da Sociedade das Belas-Artes, administrador da Tipografia Nacional, diretor da Academia Imperial da Ópera Nacional, Manuel Antônio provavelmente não se teria candidatado ainda a uma cadeira da Assembleia Provincial se suas ocupações sucessivas lhe garantissem uma renda proporcional ao brilho de seus títulos. Achava-se justamente a caminho da “sua” circunscrição, quando, depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto, deixando saudades a um reduzido círculo de amigos, um medíocre libreto de ópera e algumas traduções, do francês, de romances de cordel, aos pesquisadores de curiosidade, e as Memórias de um sargento de milícias ao seu país.

                                     Paulo Rónai, Encontros com o Brasil. Rio de Janeiro:

                                                                                   Edições de Janeiro, 2014. 

A
Além de escritor, jornalista e tradutor, foi também, embora episodicamente, músico erudito.
B
Sua tentativa de ingressar na política acabou contribuindo para levá-lo a um final trágico.
C
No final do texto, fica implícita uma avaliação positiva do seu romance.
D
Talvez tenha vivido, quando criança, algumas peripécias que guardam semelhança com as que fazem parte da história da personagem principal de seu romance.
E
Os rendimentos que recebia em suas inúmeras atividades, provavelmente não eram compatíveis com os esforços que fez para ascender socialmente.
60b72473-1b
FGV 2015 - Português - Pronomes Indefinidos, Morfologia - Pronomes

Acerca dos seguintes pronomes presentes nos dois primeiros parágrafos do texto, a única afirmação correta é:

Para responder a questão, leia o seguinte texto, escrito poucos dias antes do início da última Copa do Mundo.

                                  A tão falada lição

      Passam os anos menos depressa do que dizem, quando dizem que o tempo corre. Passam mais depressa do que se pensa, quando se trata de vivê-los. São 64 anos. Por exemplo, entre este e 1950, ano de muitas agitações.

      Na política, pela volta de Getúlio, se não para redimir-se da ditadura encerrada cinco anos antes, porque ditadura nenhuma tem redenção, para um governo que, mesmo inconcluído, legou ao Brasil os instrumentos que permitiriam fazer o grande país que não foi feito – Petrobras, BNDE, uma infinidade de outros.

      Entre tantas agitações mais, lá estava a Copa do Mundo, a primeira depois da Segunda Guerra Mundial, no maior estádio do mundo, para fazer dos brasileiros os campeões mundiais.

      Nos 64 anos seguintes, Getúlio e seu governo desapareceram sob a dureza das versões degradantes e do getulismo mitológico. A Copa e seu final desastroso satisfizeram-se com explicação única e simples: fora do campo, os excessos da autoglorificação antecipada, com louvações e festejos movidos a políticos, artistas, jornalistas, a publicidade comercial; e, no campo, uma (inexistente) falha do goleiro das cores pátrias.

      Há 64 anos se repete essa ladainha de 50, como símbolo e como advertência. Quem quiser uma ideia melhor da explicação dada a 50, é fácil. Basta uma olhadela nos jornais e na TV, a gente da TV e outras gentes em visita à "concentração", a caçada a jogadores, convidados VIP para ver treinos, lá vai a estatueta ao palácio presidencial, os comandantes Felipão e Parreira são claros: "Nós já estamos com uma mão na taça". Igualzinho. Está nos genes.

                        Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/06/2014. Adaptado. 

A
Os trechos “do que se pensa” e “quando se trata” poderiam ser reescritos como “do que pensa-se” e “quando trata-se”, sem prejuízo para a correção gramatical.
B
“vivê-los” deveria ser substituído por “vivê-lo”, uma vez que o pronome se refere à palavra “tempo”.
C
No trecho “entre este e 1950”, o mais adequado seria usar “esse” em lugar de “este”, tendo em vista que, aí, ocorre ideia de presente.
D
Em “porque ditadura nenhuma”, a palavra sublinhada poderia ser substituída por “alguma”, sem prejuízo para o sentido.
E
No trecho “uma infinidade de outros”, o pronome sublinhado refere-se a uma expressão subentendida, no caso, “órgãos do governo”.
60ae8db3-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A frase que expressa corretamente a opinião do autor sobre os acontecimentos que marcaram o ano de 1950 é:

Para responder a questão, leia o seguinte texto, escrito poucos dias antes do início da última Copa do Mundo.

                                  A tão falada lição

      Passam os anos menos depressa do que dizem, quando dizem que o tempo corre. Passam mais depressa do que se pensa, quando se trata de vivê-los. São 64 anos. Por exemplo, entre este e 1950, ano de muitas agitações.

      Na política, pela volta de Getúlio, se não para redimir-se da ditadura encerrada cinco anos antes, porque ditadura nenhuma tem redenção, para um governo que, mesmo inconcluído, legou ao Brasil os instrumentos que permitiriam fazer o grande país que não foi feito – Petrobras, BNDE, uma infinidade de outros.

      Entre tantas agitações mais, lá estava a Copa do Mundo, a primeira depois da Segunda Guerra Mundial, no maior estádio do mundo, para fazer dos brasileiros os campeões mundiais.

      Nos 64 anos seguintes, Getúlio e seu governo desapareceram sob a dureza das versões degradantes e do getulismo mitológico. A Copa e seu final desastroso satisfizeram-se com explicação única e simples: fora do campo, os excessos da autoglorificação antecipada, com louvações e festejos movidos a políticos, artistas, jornalistas, a publicidade comercial; e, no campo, uma (inexistente) falha do goleiro das cores pátrias.

      Há 64 anos se repete essa ladainha de 50, como símbolo e como advertência. Quem quiser uma ideia melhor da explicação dada a 50, é fácil. Basta uma olhadela nos jornais e na TV, a gente da TV e outras gentes em visita à "concentração", a caçada a jogadores, convidados VIP para ver treinos, lá vai a estatueta ao palácio presidencial, os comandantes Felipão e Parreira são claros: "Nós já estamos com uma mão na taça". Igualzinho. Está nos genes.

                        Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/06/2014. Adaptado. 

A
A ditadura imposta por Getúlio Vargas não impediu que ele se reabilitasse perante o povo brasileiro.
B
Uma das causas da derrota da seleção brasileira foi o sentimento de inferioridade de seus jogadores.
C
A imprensa foi um dos poucos setores que tentou evitar o clima do “já ganhou”, que precedeu a Copa do Mundo realizada no Brasil.
D
Parte da explicação que se costuma dar para a derrota da seleção brasileira não se justifica.
E
Getúlio Vargas teve de interromper seu governo, mas deixou uma importante herança política.
60b2fb5a-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as seguintes afirmações sobre o texto:

I Segundo o autor, tempo psicológico e tempo cronológico nem sempre coincidem.

II O contexto histórico em que se deu a Copa do Mundo de 1950 é abordado com neutralidade pelo autor.

III O autor conclui o texto por meio de uma assertiva em tom premonitório.

Está correto apenas o que se afirma em

Para responder a questão, leia o seguinte texto, escrito poucos dias antes do início da última Copa do Mundo.

                                  A tão falada lição

      Passam os anos menos depressa do que dizem, quando dizem que o tempo corre. Passam mais depressa do que se pensa, quando se trata de vivê-los. São 64 anos. Por exemplo, entre este e 1950, ano de muitas agitações.

      Na política, pela volta de Getúlio, se não para redimir-se da ditadura encerrada cinco anos antes, porque ditadura nenhuma tem redenção, para um governo que, mesmo inconcluído, legou ao Brasil os instrumentos que permitiriam fazer o grande país que não foi feito – Petrobras, BNDE, uma infinidade de outros.

      Entre tantas agitações mais, lá estava a Copa do Mundo, a primeira depois da Segunda Guerra Mundial, no maior estádio do mundo, para fazer dos brasileiros os campeões mundiais.

      Nos 64 anos seguintes, Getúlio e seu governo desapareceram sob a dureza das versões degradantes e do getulismo mitológico. A Copa e seu final desastroso satisfizeram-se com explicação única e simples: fora do campo, os excessos da autoglorificação antecipada, com louvações e festejos movidos a políticos, artistas, jornalistas, a publicidade comercial; e, no campo, uma (inexistente) falha do goleiro das cores pátrias.

      Há 64 anos se repete essa ladainha de 50, como símbolo e como advertência. Quem quiser uma ideia melhor da explicação dada a 50, é fácil. Basta uma olhadela nos jornais e na TV, a gente da TV e outras gentes em visita à "concentração", a caçada a jogadores, convidados VIP para ver treinos, lá vai a estatueta ao palácio presidencial, os comandantes Felipão e Parreira são claros: "Nós já estamos com uma mão na taça". Igualzinho. Está nos genes.

                        Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/06/2014. Adaptado. 

A
III.
B
I.
C
II.
D
II e III.
E
I e III.
60a940f3-1b
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine este cartum:  

              

Tendo em vista a reação do garçom, dentre as palavras abaixo, a mais adequada para figurar como legenda do cartum é:  

A
jovialidade.
B
literalidade.
C
reciprocidade.
D
solidariedade.
E
contrariedade.
60a51e28-1b
FGV 2015 - Matemática - Funções, Logaritmos

A soma dos montantes de n depósitos anuais, de valor R cada um, feitos nos anos 1, 2, 3 ...n a juros compostos e à taxa de juros anual i, calculados na data n, é dada pela fórmula:

Se forem feitos depósitos anuais de R$20 000,00 à taxa anual de 20%, o número n de depósitos para que a soma dos montantes seja R$148 832,00 é:

A


B


C


D


E


609b3c4d-1b
FGV 2015 - Matemática - Probabilidade

A urna I tem duas bolas vermelhas, a urna II tem duas bolas brancas e a urna III tem uma bola branca e outra vermelha.

Sorteia-se uma urna e dela uma bola.

Se a bola sorteada for vermelha, qual a probabilidade de que tenha vindo da urna I?

A
4/5
B
2/3
C
1/2
D
5/6
E
3/4
60a014ec-1b
FGV 2015 - Matemática - Estatística

Considere o conjunto dos 51 primeiros múltiplos positivos de 3. Seja µ sua média e M sua mediana.

Podemos afirmar que

A
µ = 75
B
M = 77
C
µ = M
D

|µ - M| = 0,5

E


6090e202-1b
FGV 2015 - Matemática - Circunferências, Geometria Analítica, Geometria Plana, Triângulos

Os pontos de coordenadas (x,y) do plano cartesiano que satisfazem a equação matricial representam:

A
uma elipse com centro no ponto (0,0).
B
um par de retas paralelas com declividade – 3.
C
uma hipérbole com um dos focos de coordenadas (–3,0).
D
uma circunferência de raio √2/2.
E
uma parábola com concavidade voltada para cima.
60963610-1b
FGV 2015 - Matemática - Funções, Função de 1º Grau

O ponto da reta x - 3y = 5 que é mais próximo ao ponto (1,3) tem coordenadas cuja soma é:

A
1,6
B
1,2
C
1,0
D
1,4
E
0,8
608c792f-1b
FGV 2015 - Matemática - Matemática Financeira

Ao aplicar hoje 100 mil reais a juros compostos a uma taxa de juros anual positiva, Jaime receberá 60 mil reais daqui a um ano e 55 mil reais daqui a dois anos.

Se a mesma aplicação fosse feita por dois anos a juros compostos e à mesma taxa anterior, Jaime receberia:

A
127 mil reais.
B
118 mil reais.
C
121 mil reais.
D
115 mil reais.
E
124 mil reais.
60841b76-1b
FGV 2015 - Matemática - Funções, Função de 1º Grau

A quantidade mensalmente vendida x, em toneladas, de certo produto, relaciona-se com seu preço por tonelada p, em reais, através da equação p = 2000 - 0,5x.

O custo de produção mensal em reais desse produto é função da quantidade em toneladas produzidas x, mediante a relação C = 500 000 + 800 x .

O preço p que deve ser cobrado para maximizar o lucro mensal é:

A
1 400
B
1 550
C
1 600
D
1 450
E
1 500
6087be8d-1b
FGV 2015 - Matemática - Funções, Função de 2º Grau

O comprimento do segmento determinado pelos pontos de intersecção das parábolas de equações y = x2 - 8x + 3 e y = -4x2 + 2x + 3 é:

A
2√37
B
3√41
C


D


E
4√45
607b844a-1b
FGV 2015 - Matemática - Circunferências e Círculos, Geometria Plana, Triângulos

Um triângulo isósceles tem a base medindo 10 e um dos ângulos da base medindo 45° . A medida do raio da circunferência inscrita nesse triângulo é:

A
5√2 - 4
B
5√2 - 6
C
5√2 - 3
D
5√2 - 5
E
5√2 - 2
608037d0-1b
FGV 2015 - Matemática - Aritmética e Problemas, Porcentagem

Sejam 0 e 1 dois anos consecutivos. Em um país sem inflação, suponha que no ano 0 o PIB ( Produto Interno Bruto) seja 1000 e a dívida pública seja 600; portanto a relação dívida/PIB é 600/1000, ou seja 60%. Se o PIB crescer 2% ao ano e a taxa de juros da dívida pública for 4% ao ano, quanto o governo deverá economizar (isto é, ter um superávit de receitas menos despesas) no ano 1 para que a relação dívida/PIB fique estabilizada em 60%?

Nota: a dívida pública, no ano 1, cresce em relação à do ano 0 pela incorporação dos juros e diminui pelo superávit do ano 1.

A
24
B
Zero
C
12
D
6
E
18
6071c948-1b
FGV 2015 - Matemática - Aritmética e Problemas, Porcentagem

Ronaldo aplicou seu patrimônio em dois fundos de investimentos, A e B.

No período de um ano ele teve um rendimento de R$ 26 250,00 aplicando 75% de seu patrimônio em A e 25% em B.

Sabendo que o fundo B rendeu uma taxa de juro anual 20% superior à de A, então, se tivesse aplicado 100% do patrimônio em A, teria recebido:

A
R$25 200,00
B
R$25 000,00
C
R$25 600,00
D
R$24 800,00
E
R$25 400,00