Questõesde ENEM 2014
A escrita é uma tecnologia intelectual que vem
auxiliar o trabalho biológico. É como uma nova memória,
situada fora do sujeito, e ilimitada. Com ela não é mais
necessário reter todos os relatos - este auxiliar cognitivo
vem, portanto, relativizar a memória para que a mente
humana possa desviar sua atenção consciente para
outros recursos e faculdades.
Se é arriscado associar diretamente o surgimento
da ciência ao da escrita, podemos, de qualquer forma,
afirmar que a escrita deu impulso e desempenhou um
papel fundamental na construção do discurso científico.
O distanciamento possibilitado pela grafia no papel traz o
registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento
especulativo, o documentário de comprovações, a
compilação de teorias e de paradigmas em torno dos
quais as comunidades científicas vão se agrupar.
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
O advento da escrita como tecnologia intelectual está
diretamente ligado a uma série de mudanças na forma
de pensar e de construir o conhecimento nas sociedades.
A partir do texto, constata-se que, na elaboração do
discurso científico, a escrita
A escrita é uma tecnologia intelectual que vem auxiliar o trabalho biológico. É como uma nova memória, situada fora do sujeito, e ilimitada. Com ela não é mais necessário reter todos os relatos - este auxiliar cognitivo vem, portanto, relativizar a memória para que a mente humana possa desviar sua atenção consciente para outros recursos e faculdades.
Se é arriscado associar diretamente o surgimento da ciência ao da escrita, podemos, de qualquer forma, afirmar que a escrita deu impulso e desempenhou um papel fundamental na construção do discurso científico. O distanciamento possibilitado pela grafia no papel traz o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documentário de comprovações, a compilação de teorias e de paradigmas em torno dos quais as comunidades científicas vão se agrupar.
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
O advento da escrita como tecnologia intelectual está
diretamente ligado a uma série de mudanças na forma
de pensar e de construir o conhecimento nas sociedades.
A partir do texto, constata-se que, na elaboração do
discurso científico, a escrita
Sermão da Sexagésima
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações,
nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se
semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto?
Não há um homem que em um sermão entre em si e se
resolva, não há um moço que se arrependa, não há um
velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus
não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não
é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a
palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus
tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje
nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e
tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero
começar pregando-me a mim. A mim será, e também
a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que
aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965
No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira
questiona a eficácia das pregações. Para tanto, apresenta
como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as
quais têm por objetivo principal
Miss Universo: "As pessoas racistas devem procurar ajuda"
SÃO PAULO - Leila Lopes, de 25 anos, não é a primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. A primazia coube a Janelle "Penny" Commissiong, de Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados Unidos, em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de Trindad e Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. Ainda assim a estupidez humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações preconceituosas como a de um site brasileiro que, às vésperas da competição, e se valendo do anonimato de quem o criou, emitiu opiniões do tipo "Como alguém consegue achar uma preta bonita?" Após receber o título, a mulher mais linda do mundo - que tem o português como língua materna e também fala fluentemente o inglês - disse o que pensa de atitudes como essa e também sobre como sua conquista pode ajudar os necessitados de Angola e de outros países.
COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set 2011 (adaptado)
O uso da expressão “ainda assim” presente nesse texto
tem como finalidade
Cena
O canivete voou
E o negro comprado na cadeia
Estatelou de costas
E bateu coa cabeça na pedra
ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001.
O Modernismo representou uma ruptura com os
padrões formais e temáticos até então vigentes na
literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que
caracteriza o poema Cena como modernista é o(a)
Cena
O canivete voou
E o negro comprado na cadeia
Estatelou de costas
E bateu coa cabeça na pedra
ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001.
O Modernismo representou uma ruptura com os
padrões formais e temáticos até então vigentes na
literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que
caracteriza o poema Cena como modernista é o(a)
Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da
Martinica, o danzón de Santiago de Cuba e o ragtime
norte-americano, vemos que todos são adaptações
da polca. A diferença de resultado se deve ao sotaque
inerente à música de cada colonizador (português,
espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma
maior influência da música religiosa.
CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo: Editora 34, 1998 (adaptado).
Além do sotaque inerente à música de cada colonizador
e da influência religiosa, que outro elemento auxiliou a
constituir os gêneros de música popular citados no texto?
Entrevista — Tony Bellotto
A língua é rock
Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à
frente de programa televisivo em que discute a língua
portuguesa por meio da música
O que o atraiu na proposta de Afinando a Língua?
No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa
que falasse de língua portuguesa usando a música como
atrativo, principalmente, para os jovens. Com o passar
do tempo, ele foi se transformando num programa sobre
a linguagem usada em letras de música, no jornalismo,
na literatura de ficção e na poesia. Como não sou um
cara de TV, trago a experiência de escritor e músico, e
sempre participo de forma mais ativa do que como um
mero apresentador. Estou nas reuniões de pauta e faço
sugestões nos roteiros. Mas o conteúdo é feito pelo
pessoal do Futura.
Quais as vantagens e desvantagens do ensino da
língua por meio das letras de música?
Não sou pedagogo ou educador, então só vejo
vantagens, porque as letras de música usam uma
linguagem que é a do dia a dia, principalmente, dos jovens.
A música é algo que lhes dá prazer e, didaticamente,
pode fazer as vezes de algo que o aluno tem a noção de
ser entediante — estudo da língua, sentar e abrir um livro.
Ao ouvir uma música, os exemplos surgem. É a grande
vantagem e sempre foi a ideia do programa.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (fragmento).
Os gêneros textuais são definidos por meio de sua
estrutura, função e contexto de uso.Tomando por base a
estrutura dessa entrevista, observa-se que
Entrevista — Tony Bellotto
A língua é rock
Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à frente de programa televisivo em que discute a língua portuguesa por meio da música
O que o atraiu na proposta de Afinando a Língua?
No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa que falasse de língua portuguesa usando a música como atrativo, principalmente, para os jovens. Com o passar do tempo, ele foi se transformando num programa sobre a linguagem usada em letras de música, no jornalismo, na literatura de ficção e na poesia. Como não sou um cara de TV, trago a experiência de escritor e músico, e sempre participo de forma mais ativa do que como um mero apresentador. Estou nas reuniões de pauta e faço sugestões nos roteiros. Mas o conteúdo é feito pelo pessoal do Futura.
Quais as vantagens e desvantagens do ensino da língua por meio das letras de música?
Não sou pedagogo ou educador, então só vejo vantagens, porque as letras de música usam uma linguagem que é a do dia a dia, principalmente, dos jovens. A música é algo que lhes dá prazer e, didaticamente, pode fazer as vezes de algo que o aluno tem a noção de ser entediante — estudo da língua, sentar e abrir um livro. Ao ouvir uma música, os exemplos surgem. É a grande vantagem e sempre foi a ideia do programa.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (fragmento).
Os gêneros textuais são definidos por meio de sua
estrutura, função e contexto de uso.Tomando por base a
estrutura dessa entrevista, observa-se que
Sem flecha, na rima
O grupo de rap Brô MCs, criado no final de 2009, é
formado pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother)
Bruno/Clemerson e Kelvin/Charles, jovens que cresceram
ouvindo hip hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo,
em Dourados, Mato Grosso do Sul.
— Desde o começo a gente não queria impor uma
cultura estranha que invadisse a cultura indígena —
afirma o produtor, chamando a atenção para o grande
destaque do Brô MCs: as letras em língua indígena.
Expressar-se em língua originária e fazer com que os
jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma nativo
é uma das motivações do grupo.
A dificuldade maior vem dos críticos, que não aceitam
o fato de que a cultura indígena é dinâmica e sempre
incorpora novidades.
— “Mas índio cantando rap?”, tem gente que
questiona. O rap é de quem canta, é de quem gosta, não
é só dos americanos — avalia Dani [o vocal feminino].
BONFIM, E. Revista Língua Portuguesa, n. 81, jul. 2012 (adaptado)
Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a
indagação “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto de
vista que evidencia
Evocação do Recife
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povoPorque ele é que fala gostoso o português do BrasilAo passo que nósO que fazemosÉ macaquearA sintaxe lusíada...
Bandeira, M Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro Nova Fronteira, 2007.
Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações linguísticas originárias das classes populares devem ser
A leitura nos tempos do e-book
Não é só nas bibliotecas e livrarias que se encerra
o conhecimento. A internet, por meio de seu infinito
conteúdo, e através de sites como Domínio Público e
muitos outros similares, demonstra as transformações
ocorridas na disponibilização de obras literárias ou
de todas as outras áreas. Sites, como o citado acima,
contêm arquivos com textos digitalizados dos mais
variados autores, dos clássicos aos contemporâneos.
Antes, esse conteúdo todo só seria passível de consulta
em suporte material. O suporte virtual, também conhecido
como e-book, é, digamos, semimaterial, pois nos põe em
contato com o texto através do computador, mas não nos
põe o livro nas mãos, a não ser que queiramos imprimir
o texto digital.
Nossa geração passa por um período de transição
lento que transformará profundamente o hábito da leitura.
Paradoxalmente, a alta velocidade com que se proliferam
as informações faz com que também seja aumentada a
nossa velocidade de captação dessas informações, ou
seja, aos poucos e de modo geral a leitura vai ficando
cada vez mais fragmentada. Isso já apresenta reflexos
no modo como lemos os diversos textos contidos em
revistas, jornais ou internet, e igualmente na produção
literária contemporânea.
Disponível em: www.tecnosapiens.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).
A criação dos e-books oferece vantagens e facilidades
para a leitura. No texto, ressalta-se a influência desse
meio virtual, sobretudo no contexto atual, pois
O Jornal do Commércio deu um brado esta semana
contra as casas que vendem drogas para curar a gente,
acusando-as de as vender para outros fins menos
humanos. Citou os envenenamentos que tem havido
na cidade, mas esqueceu de dizer, ou não acentuou
bem, que são produzidos por engano das pessoas que
manipulam os remédios. Um pouco mais de cuidado,
um pouco menos de distração ou de ignorância, evitarão
males futuros. Mas todo ofício tem uma aprendizagem, e
não há benefício humano que não custe mais ou menos
duras agonias. Cães, coelhos e outros animais são
vítimas de estudos que lhes não aproveitam, e sim aos
homens; por que não serão alguns destes, vítimas do
que há de aproveitar aos contemporâneos e vindouros?
Há um argumento que desfaz em parte todos esses
ataques às boticas; é que o homem é em si mesmo um
laboratório. Que fundamento jurídico haverá para impedir
que eu manipule e venda duas drogas perigosas? Se elas
matarem, o prejudicado que exija de mim a indenização
que entender; se não matarem, nem curarem, é um
acidente e um bom acidente, porque a vida fica.
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1967 (fragmento).
No gênero crônica, Machado de Assis legou inestimável
contribuição para o conhecimento do contexto social
de seu tempo e seus hábitos culturais. O fragmento
destacado comprova que o escritor avalia o(a)
Os esportes podem ser classificados levando-se
em consideração diversos critérios, como a quantidade
de competidores, a relação com os companheiros de
equipe, a interação com o adversário, o ambiente, o
desempenho comparado e os objetivos táticos da ação.
Os chamados esportes de invasão ou territoriais são
aqueles nos quais os competidores entram no setor
defendido pelo adversário, objetivando atingir a meta
contrária para pontuar, além de se preocupar em proteger
simultaneamente a sua própria meta.
GONZALEZ, F. J. Revista Digital, Buenos Aires, n. 71, abr. 2004 (adaptado)
São exemplos de esportes de invasão ou territoriais:
Disponível em: http://blog.planalto.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012.
Anúncios publicitários geralmente fazem uso de
elementos verbais e não verbais. Nessa peça publicitária,
a imagem, que simula um manual, e o texto verbal,
que faz uso de uma variedade de língua específica,
combinados, pretendem
aconselhar o leitor da peça publicitária a não “pegar” a namorada do amigo para o “bicho não pegar”.
Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do
que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de
rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o
Maracanã em jogo noturno. Se você é brasileiro e criado
em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua
é tão humilde que chama pelada de senhora.
Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia,
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam
mais ou menos assim:
DO CAMPO — O campo pode ser só até o fio da calçada,
calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e — nos
clássicos — o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se
só no meio da rua.
DA DURAÇÃO DO JOGO — Até a mãe chamar ou
escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até
alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
DA FORMAÇÃO DOS TIMES — O número de jogadores
em cada equipe varia, de um a setenta para cada lado.
DO JUIZ — Não tem juiz.
DO INTERVALO PARA DESCANSO — Você deve estar
brincando.
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. São Paulo: Ática, 2002 (fragmento).
Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte
relação entre o futebol de rua e o futebol oficial:
O termo Foco equivale ao ponto de concentração
I
do ator. O nível de concentração é determinado pelo
envolvimento com o problema a ser solucionado.
Tomemos o exemplo do jogo teatral Cabo de Guerra:
o Foco desse jogo reside em dar realidade ao objeto,
que nesse caso é a corda imaginária. A dupla de
jogadores no palco mobiliza toda sua atenção
e energia para dar realidade à corda. Quando a
concentração é plena, a dupla sai do jogo com toda
evidência de ter realmente jogado o Cabo de Guerra
— sem fôlego, com dor nos músculos do braço etc.
A plateia observa em função do Foco.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1990.
De acordo com o texto, a autora argumenta que o uso
do foco da cena teatral permite
O termo Foco equivale ao ponto de concentração I do ator. O nível de concentração é determinado pelo envolvimento com o problema a ser solucionado. Tomemos o exemplo do jogo teatral Cabo de Guerra: o Foco desse jogo reside em dar realidade ao objeto, que nesse caso é a corda imaginária. A dupla de jogadores no palco mobiliza toda sua atenção e energia para dar realidade à corda. Quando a concentração é plena, a dupla sai do jogo com toda evidência de ter realmente jogado o Cabo de Guerra — sem fôlego, com dor nos músculos do braço etc. A plateia observa em função do Foco.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1990.
De acordo com o texto, a autora argumenta que o uso
do foco da cena teatral permite
Mães
Triste, mas verdadeira, a constatação de Jairo
Marques — colunista que tem um talento raro — em seu
texto “E a mãe ficou velhinha” (“Cotidiano”, ontem).
Aqueles que percebem que a mãe envelheceu
sempre têm atitudes diversas. Ou não a procuram mais,
porque essa é uma forma de negar que um dia perderão
o amparo materno, ou resolvem estar ao lado dela o
maior tempo possível, pois têm medo de perdê-la sem ter
retribuído plenamente o amor que receberam.
Leonor Souza (São Paulo, SP) — Painel do Leitor. Folha de S. Paulo, 29 fev. 2012.
Os gêneros textuais desempenham uma função social
específica, em determinadas situações de uso da língua,
em que os envolvidos na interação verbal têm um objetivo
comunicativo. Considerando as características do gênero,
a análise do texto Mães revela que sua função é
TEXTO I
BANKSY Disponível em: www.banksy.co.uk. Acesso em: 4 ago. 2012.
TEXTO II
Só Deus pode me julgar
Soldado da guerra a favor da justiça
Igualdade por aqui é coisa fictícia
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho
Preconceito sem conceito que apodrece a nação
Filhos do descaso mesmo pós-abolição
MV BILL. Declaração de guerra. Manaus:BMG, 2002 (fragmento).
O trecho do rap e o grafite evidenciam o papel social
das manifestações artísticas e provocam a
TEXTO I