Os cânceres são doenças do material genético (o
genoma) de nossas células e decorrem do
acúmulo progressivo de mutações, ou seja,
alterações no material genético. As mutações
fazem com que células que antes executavam um
programa bem definido, associado às suas
funções em seu tecido de origem, cresçam de
maneira descontrolada. Esse crescimento
alterado é consequência não só da duplicação
celular desordenada, mas também da progressiva
resistência à morte celular (como se as células
tivessem bebido o “elixir da vida eterna”). Além
disso, as células cancerosas ultrapassam os limites
dos tecidos de origem, adquirem a capacidade
de modificar o ambiente que as cerca,
desrespeitam fronteiras e migram pelos diversos
tecidos do corpo, podendo estabelecer novos
tumores, as metástases, ao se fixarem em locais
distantes do ponto de origem. A capacidade de
invadir os tecidos vizinhos e de formar as
metástases é responsável, em última análise, pela
morte de dois a cada três pacientes com o
diagnóstico de câncer. O tratamento indicado
pela eficácia para alguns tipo de câncer é a
radioterapia e/ou quimioterapia. (OTAKA, 2017).
A partir da análise das informações contidas no texto e com
base nos conhecimentos acerca do tema abordado, é correto
afirmar:
Quem tem medo da radioatividade?
Como herança da destruição causada pela explosão das bombas atômicas ao fim da Segunda Guerra, a energia nuclear ganhou uma reputação difícil de mudar. Um novo livro desmistifica a radioatividade e aponta as vantagens e desvantagens de seu uso. Foram mais de cem mil mortos imediatamente após a explosão das bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. Ironicamente, as mesmas propriedades do átomo capazes de causar tamanha destruição também podiam salvar vidas se empregadas no tratamento de câncer. A radioterapia, o exame de raios-X e o marca-passo artificial são exemplos de aplicações pacíficas da radioatividade. Para muitos, no entanto, a função da energia nuclear se resume a dizimar vidas. O temor suscitado pelos cogumelos atômicos se espalhou pelo mundo e ecoa até hoje devido à falta de informações precisas sobre o tema.
O risco de acidentes e a destinação do lixo nuclear
são tratados de forma esclarecedora, ao se
destacarem as aplicações da tecnologia nuclear
na medicina molecular, na agricultura, na
indústria e na datação de artefatos na
arqueologia, e tudo que envolve a geração de
energia nas usinas nucleares, como alternativa à
queima de combustíveis fósseis das usinas
termelétricas de gás e carvão e ao impacto
socioambiental das hidrelétricas. Os fantasmas
associados às usinas nucleares – o risco de
acidentes e a destinação do lixo nuclear – são
tratados de forma esclarecedora pelos
pesquisadores sobre a radioatividade. (VENTURA,
2017);