Atualmente, os pacientes suspeitos de serem portadores de câncer
contam com aparelhos precisos para o diagnóstico da doença.
Um deles é o PET-CT, uma fusão da medicina nuclear com a
radiologia. “Esse equipamento é capaz de rastrear o metabolismo
da glicose e, consequentemente, as células tumorais”, afirma um
dos médicos especialistas.
O exame consiste na injeção de um radiofármaco (glicose marcada
pelo material radioativo Flúor 18) que se distribui pelo
organismo, gerando imagens precisas que, registradas pelo equipamento,
permitem associar anatomia interna e funcionamento.
Dentre as características das células tumorais que favorecem o
emprego do PET-CT, pode-se dizer que apresentam
Atualmente, os pacientes suspeitos de serem portadores de câncer contam com aparelhos precisos para o diagnóstico da doença. Um deles é o PET-CT, uma fusão da medicina nuclear com a radiologia. “Esse equipamento é capaz de rastrear o metabolismo da glicose e, consequentemente, as células tumorais”, afirma um dos médicos especialistas.
O exame consiste na injeção de um radiofármaco (glicose marcada pelo material radioativo Flúor 18) que se distribui pelo organismo, gerando imagens precisas que, registradas pelo equipamento, permitem associar anatomia interna e funcionamento. Dentre as características das células tumorais que favorecem o emprego do PET-CT, pode-se dizer que apresentam
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: entendimento do princípio do PET‑CT (uso de 18F‑FDG) e das características celulares do tumor que justificam maior captação de glicose. Isso exige conhecer metabolismo celular, proliferação tumoral e comportamento invasivo/metastático.
Resumo teórico: Tumores malignos costumam apresentar alto metabolismo glicolítico mesmo na presença de oxigênio (efeito Warburg), com aumento de transportadores de glicose (GLUTs) e atividade de hexocinase, o que leva ao acúmulo do análogo 18F‑FDG marcado (SNMMI/IAEA; Hanahan & Weinberg). Também exibem alto índice mitótico, perda da inibição por contato e capacidade de invadir e metastatizar. Essas propriedades explicam por que áreas tumorais ficam mais “quentes” no PET‑CT.
Justificativa da alternativa A: Apresenta corretamente as três ideias-chave: alto metabolismo → consumo excessivo de glicose, alto índice mitótico (proliferação acelerada) e falta de inibição por contato e capacidade de implantação em outros tecidos (invasão/metástase). Essas características são exatamente as que tornam tumores detectáveis pelo 18F‑FDG PET‑CT.
Análise das alternativas incorretas:
B — Contradiz o conceito tumoral ao afirmar “inibição por contato”; tumores malignos perdem essa inibição, o que favorece crescimento desordenado e invasão.
C — A expressão “acúmulo de glicose no hialoplasma” e “distribuição da glicose marcada por todo o tecido” é imprecisa. O FDG é fosforilado e retido intracelularmente; a alternativa mistura conceitos e não menciona perda de inibição por contato nem capacidade de metastatizar.
D — Afirmações contraditórias: “baixo metabolismo e consumo excessivo de glicose” é incoerente; além disso, tumores não têm baixo índice mitótico nem inibição por contato.
E — Também incorreta: tumores não são caracterizados por baixo metabolismo nem por “intensa morte celular” que atraia macrófagos marcados como explicação principal da captação de FDG. A captação é dependente do metabolismo tumoral ativo.
Dica de prova: em questões sobre imagem metabólica, priorize termos como “alto consumo de glicose”, “aumento de atividade metabólica”, “perda de inibição por contato” e “alto índice mitótico”. Frases que contradizem esses conceitos são armadilhas.
Fontes recomendadas: Hanahan & Weinberg, "Hallmarks of Cancer" (2011); revisão sobre efeito Warburg; diretrizes SNMMI/IAEA sobre 18F‑FDG PET‑CT.
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