Questões2017

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Foram encontradas 6527 questões
61d717f6-ff
URCA 2017 - Física

Sobre os conceitos de temperatura e calor podemos dizer que:

A
Temperatura e calor são a mesma coisa;
B
Temperatura corresponde a energia transferida de um corpo a outro e calor corresponde a uma forma de realização de trabalho;
C

Temperatura corresponde a uma medida precisa da ideia intuitiva de quente ou frio e calor corresponde a uma transmissão não-mecânica de energia entre dois sistemas podendo estar associado com diferença de temperatura entre eles;

D

Calor representa uma medida do estado de quentura do um corpo e temperatura representa a energia das moléculas do corpo;

E
Calor e temperatura são formas de energia que um corpo pode ter.
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URCA 2017 - Física

Considere o valor aproximado da aceleração da gravidade como sendo 10metros por segundo ao quadrado. O trabalho realizado pela força peso sobre um corpo de massa 1quilograma quando este é suspenso de uma altura de meio metro para uma altura de um metro e meio, em relação ao solo, é:

A
2joules
B
-­2joules
C
6joules
D
-6joules
E
-­10joules
61ea475d-ff
URCA 2017 - Física

Um circuito-série de corrente contínua possui uma bateria com eletromotância e=14 volts, e resistência interna r=1,5 ohm, um motor com contra-eletromotância e'=6volts e resistência interna r'=0,5 ohm e, por fim, uma resistência externa (de uma lâmpada, por exemplo) com R=18 ohms.

 

A corrente elétrica neste circuito tem intensidade:

A
0,3 ampère
B
0,4 ampère
C
0,5 ampère
D
0,6 ampère
E
0,7 ampère
61c1c7cc-ff
URCA 2017 - Física

Um objeto de 1 quilograma cai livremente (a partir do repouso) de uma certa altura sob ação da gravidade e na presença de uma força de resistência do ar de 2newtons. Considere a aceleração da gravidade como sendo aproximadamente 10 metros por segundo ao quadrado. Então a velocidade do objeto e o deslocamento percorrido por ele após 2 segundos de queda são, aproximadamente:

A
20m/s e 20m
B
19m/s e 20m
C
16m/s e 16m
D
14m/s e 20m
E
20m/s e 14m
61cc8e82-ff
URCA 2017 - Física

A cada 10 metros de profundidade a pressão hidrostática em um lago aumenta de aproximadamente 1 atmosfera. Sendo 1 atmosfera a pressão atmosférica local, um objeto a 30 metros de profundidade neste lago estará sujeito a uma pressão de:

A
1 atmosfera;
B
2 atmosferas;
C
3 atmosferas;
D
4 atmosferas;
E
5 atmosferas.
61da1383-ff
URCA 2017 - Física

Os fenômenos macroscópicos são, a rigor, irreversíveis a menos de situações experimentalmente controladas “quase-reversíveis”. A expansão livre de um gás, por exemplo, é um fenômeno irreversível. Um outro exemplo é a passagem espontânea de calor de um corpo para outro de menor temperatura (ou mais frio). A lei física ligada a irreversibilidade dos fenômenos macroscópicos corresponde a:

A
Lei de conservação de energia;
B
Segunda lei da termodinâmica;
C
Primeira lei da termodinâmica;
D
Lei zero da termodinâmica;
E
Segunda lei de Newton.
61dd5b6a-ff
URCA 2017 - Física

Um cilindro contém um gás em baixa densidade, que podemos considerar como gás ideal. Através de um pequeno orifício no cilindro ocorre escoamento de gás para o meio externo. Suponha que um reservatório térmico em contato com o cilindro mantém constante a temperatura do gás. Sendo (P,V) e (P',V') os pares pressão-volume do gás no início e no fim deste processo onde a massa final do gás no cilindro passou a ser metade da inicial podemos dizer que:

A
PV=2P'V'
B
PV=3P'V'
C
PV=4P'V'
D
PV=5P'V'
E
PV=6P'V'
61e74540-ff
URCA 2017 - Física

Uma pessoa em frente a um espelho plano se encontra a X metros de sua imagem produzida pelo espelho. A distância entre o espelho e a imagem é:

A
X metros;
B
2X metros;
C
3X metros;
D
X/3 metros;
E
X/2 metros.
20b9ae44-fe
ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta, com base no texto.

Contextualização na escrita


É preciso fazer distinção entre contexto de produção e contexto de uso. No caso da interação face a face, eles coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais importante para a interpretação é o contexto de uso.


O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita.


O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências.


Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido.


A secretária da escola atende ao telefone.


– Alô.

– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola hoje.

– Quem está falando?

– Quem tá falando é o meu pai.


KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.

A
O sentido de um texto independe de sua estrutura textual.
B
Os conhecimentos textuais são suficientes para a produção de inferências.
C
Conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos são acionados no processo de escrita e de leitura de um texto.
D
A metáfora do iceberg remete à ideia de que a parte visível do texto corresponde aos objetos de discurso.
E
A aplicação do Princípio da Economia prejudica a coesão textual, pois impede a retomada de referentes.
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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta, com base no texto.

No diálogo, o efeito de humor é produzido:

Contextualização na escrita


É preciso fazer distinção entre contexto de produção e contexto de uso. No caso da interação face a face, eles coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais importante para a interpretação é o contexto de uso.


O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita.


O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências.


Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido.


A secretária da escola atende ao telefone.


– Alô.

– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola hoje.

– Quem está falando?

– Quem tá falando é o meu pai.


KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.

A
pelo uso do pronome possessivo “meu”, na suposta fala do pai.
B
pela inverossimilhança da justificativa dada para a ausência do aluno.
C
pela repetição da estrutura “Quem está/tá falando”.
D
pelo flagrante do engodo captado na alternância das formas verbais “está” e “tá”, associadas, respectivamente, à fala da secretária e à fala do aluno.
E
pela perda da expressividade decorrente do registro escrito do diálogo que se deu face a face.
20bfd0a7-fe
ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, o autor do texto:

De Newton à Nature


Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. Copérnico, Galileu e Newton, por exemplo, escreviam livros técnicos, relatando suas experiências e resultados. Com o tempo, a divulgação passou a acontecer menos por livros e mais por artigos científicos – peças curtas, publicadas em revistas e periódicos especializados.


As primeiras revistas científicas, lá no século XVIII, não tinham fins lucrativos. Mas com o aumento dos investimentos públicos nos laboratórios, a partir da década de 1950, as universidades passaram a ter muito mais pesquisadores. São todos funcionários com carteira assinada, que precisam mostrar serviço – e que recebem avaliações de desempenho. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente.


Pois bem. Os cientistas não querem lucro, só divulgação. Então entregam o material de graça. Na outra ponta da equação, há as universidades, que não têm outra opção a não ser pagar o que as editoras pedem para ter acesso às pesquisas mais importantes (afinal, um pesquisador só consegue trabalhar se puder ler o trabalho de outros pesquisadores). Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. Criaram-se grifes da ciência: periódicos muito seletivos, que só publicam a nata das pesquisas. Sair em títulos como Cell, Nature ou Science dá visibilidade e é bom para a carreira dos cientistas.


“Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier no Brasil. “Ela inibe a disseminação de informações equivocadas e colabora com a distribuição da pesquisa de qualidade.” De fato, os padrões de excelência da Elsevier e de outras editoras de peso continuam altos. Mas o sistema causa distorções. “Um Newton da vida, que passava a vida toda trabalhando e publicava pouco, não teria chance no século XXI”, diz Fernando Reinach, ex-biólogo da USP.


VOIANO, B. A máquina que trava a ciência. Superinteressante. ed. 383, dez/2017. p. 40-41. [Adaptado]

A
elogia o impacto científico dos artigos e coloca sob suspeição o impacto acadêmico dos livros.
B
acredita nas “grifes da ciência”, publicando seus próprios artigos no periódico Nature.
C
discorre sobre mecanismos de funcionamento da divulgação científica por meio de publicações em periódicos especializados.
D
defende a ideia do “quanto mais, melhor”, em termos de divulgação científica, priorizando a quantidade em detrimento da qualidade.
E
propõe que os pesquisadores publiquem os resultados de suas investigações por partes, em pequenos artigos.
20d42e4d-fe
ABEPRO 2017 - Inglês - Vocabulário | Vocabulary, Sinônimos | Synonyms

Match the words in column 1 to their definitions in column 2:


Column 1 Words

1. profits

2. slouch

3. issue(s)

4. flow

5. validity


Column 2 Definitions

( ) the continuous production or supply of something.

( ) the state of being legally or officially acceptable.

( ) the money you make in business or by selling things.

( ) to stand, sit or move in a lazy way, often with your shoulders and head bent forward.

( ) important topics that people are discussing or arguing about.


Choose the alternative that presents the correct sequence, from top to bottom.

Opportunity Cost


This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits. These costs are every bite as real as the payment of dollars out-of-pocket.


This notion _______ opportunity cost can be reinforced _________ a famous saying ______ Benjamin Franklin, no slouch himself _________ operations management. To make the point, however, we must make a brief excursion into logic. One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement “If A, then B” is true, then it is also true that “If not B, then not A.” That is, of every time A occurs B follows, then we can be sure that if B does not occur, then A did not occur as well. Enough logic then, and back to Ben Franklin.


One of his Poor Richard sayings is that “A penny saved is a penny earned.” We have all recognized the truth of that since childhood, but I assert that by this saying Ben showed us he knows everything about opportunity cost. After all, what is the contrapositive of “A penny not earned is a penny not saved (i.e., a penny sent). All we are saying by this notion of opportunity cost is that “a penny not earned (an opportunity forgone) is a penny spent.” We shall often have occasion to consider opportunity costs, in analyzing and deciding various operations issues.


SCHMENNER, Roger W. Production/Operations Management. 5th Edition. Prentice-Hall, 1993.

A
1 • 3 • 2 • 4 • 5
B
2 • 4 • 5 • 3 • 1
C
3 • 4 • 5 • 1 • 2
D
4 • 2 • 3 • 5 • 1
E
4 • 5 • 1 • 2 • 3
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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.

Sociologia Ambiental


O interesse da academia no desenvolvimento de estudos voltados para as questões ambientais é relativamente novo. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. Até então acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos e que os impactos causados pelo homem eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.


Na década de 1990, os estudos voltados para a relação sociedade-natureza deram um grande salto com as contribuições de um dos mais respeitados e conhecidos sociólogos ambientais do mundo: Frederick Howard Buttel. Nascido nos Estados Unidos, Buttel dedicou sua vida acadêmica a compreender as complexas relações entre a sociedade e o ambiente natural. Apontava o caráter ambivalente do homem, que seria parte integrante da paisagem natural, submetido às dinâmicas próprias da natureza e, ao mesmo tempo, agente modificador e criador de novos ambientes. Sobre essa dualidade humana escreveu:


O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. A Sociologia não pode nem deve se tornar um ramo da ecologia comportamental. Mas o ser humano também é uma espécie entre muitas, e é uma parte integral da biosfera. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. Esse entendimento é limitado pelo antropocentrismo sociológico. Parece certo que, no futuro, haverá prolongados debates sobre articulação ou isolamento “adequados” entre a Sociologia e a Biologia.


Também na década de 1990, a Sociologia Ambiental ganhou mais contribuições com os estudos do sociólogo, antropólogo e filósofo da ciência, o francês Bruno Latour. Em seu ensaio monográfico Jamais fomos modernos, ele afirma que essa divisão sociedade-natureza seria, na verdade, uma invenção ocidental. Seria um traço característico da modernidade a criação de Constituições que definem e separam o que é humano do não humano, “legalizando” assim essa separação. No entanto, defende ele que na realidade essa separação não existe, porque o homem está em constante mudança em função do meio em que vive, assim como a natureza está em constante mudança em função das vontades humanas. Em outras palavras, o social está submetido ao natural e vice-versa.


RAMOS, V. R. Os caminhos da Sociologia Ambiental. Sociologia. ed.

72. 2017. p. 45-46.[Adaptado]

A
Até a década de 1970, tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais, o homem, dada a faculdade do livre-arbítrio, era visto como protagonista de desastres ambientais e também como responsável por sua reversão.
B
A partir dos anos 1990, estudiosos acreditam que o homem e a natureza são mutuamente influenciados, de modo que o que é humano sofre influência do meio não humano e vice-versa.
C
Sociologia e Biologia são duas áreas do conhecimento não só independentes, mas também antagônicas e incompatíveis: a primeira se ocupa das relações mantidas entre seres humanos, ao passo que a segunda se volta para o estudo dos recursos naturais.
D
Ao longo da história da humanidade, os conflitos sociedade-natureza vão se intensificando, em grandeza inversamente proporcional às perspectivas de gerar respostas aos inúmeros problemas ocasionados.
E
O sociólogo tem uma predisposição ao pensamento determinista, que submete o homem às forças naturais e sobrenaturais; em contrapartida, o biólogo tem uma inclinação ao antropocentrismo, considerando o homem o centro de tudo.
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ABEPRO 2017 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

According to the 4th rule of the text, the term ‘dollars out-of-pocket’ has its meaning correctly explained in which alternative?

Opportunity Cost


This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits. These costs are every bite as real as the payment of dollars out-of-pocket.


This notion _______ opportunity cost can be reinforced _________ a famous saying ______ Benjamin Franklin, no slouch himself _________ operations management. To make the point, however, we must make a brief excursion into logic. One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement “If A, then B” is true, then it is also true that “If not B, then not A.” That is, of every time A occurs B follows, then we can be sure that if B does not occur, then A did not occur as well. Enough logic then, and back to Ben Franklin.


One of his Poor Richard sayings is that “A penny saved is a penny earned.” We have all recognized the truth of that since childhood, but I assert that by this saying Ben showed us he knows everything about opportunity cost. After all, what is the contrapositive of “A penny not earned is a penny not saved (i.e., a penny sent). All we are saying by this notion of opportunity cost is that “a penny not earned (an opportunity forgone) is a penny spent.” We shall often have occasion to consider opportunity costs, in analyzing and deciding various operations issues.


SCHMENNER, Roger W. Production/Operations Management. 5th Edition. Prentice-Hall, 1993.

A
costs with your employers.
B
money you pay back later to yourself.
C
business profits that you pay to yourself.
D
money you discard after small business expenses.
E
money that you have to spend yourself rather than having it paid for you.
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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.

Roger Chartier, o especialista em história da leitura 


A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito para compreender também a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos responsáveis por isso é o francês Roger Chartier. “Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito”, diz Mary Del Priore, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “Se a história cultural sempre foi baseada em dados estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos.” O historiador “escolheu concentrar-se nos estudos das práticas culturais, sem postular a existência de uma ‘cultura’ geral”, diz Mary Del Priore.


O pesquisador francês costuma combater a ideia do material escrito como um objeto fixo, impossível de ser modificado e alterado pelas pessoas que o utilizam e interagem com ele. As novas tecnologias lhe dão razão – a leitura na internet costuma ser descontínua e fragmentária, e o leitor raramente percebe o sentido do todo e da contiguidade, que, por exemplo, o simples manuseio de um jornal já gera. Essa diferença fundamental, que torna a leitura dos livros mais profunda e duradoura, faz com que ele preveja a sobrevivência do formato impresso, apesar da disseminação dos meios eletrônicos. “O trabalho que fazemos como historiadores do livro é mostrar que o sentido de um texto depende também da forma material como ele se apresentou a seus leitores originais e por seu autor”, diz Chartier. “Por meio dela, podemos compreender como e por que foi editado, a maneira como foi manuseado, lido e interpretado por aqueles de seu tempo.” O suporte, portanto, influencia o sentido do texto construído pelo leitor.


Ele gosta de enfatizar duas outras mudanças importantes nos padrões predominantes de leitura. A primeira: feita em voz alta à frente de plateias, foi para a silenciosa na Idade Média. A segunda: da leitura intensiva para a extensiva, no século XVIII – quando os hábitos de retorno sistemático às mesmas e poucas obras escolhidas como essenciais foram substituídos por uma relação mais informativa e ampla com o material escrito.


FERRARI, M. Roger Chartier, o especialista em história da leitura. [Adaptado] Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2529/roger-chatier-o-especialista-em-historia-da-leitura Acesso em: 09/12/2017.

A
As postulações teóricas de Chartier são amplamente embasadas em dados estatísticos.
B
A história da leitura e da escrita como práticas sociais tem uma longa tradição.
C
Uma das diferenças entre a leitura na internet e num texto impresso é que a primeira, por suas próprias características, pode dificultar a apreensão do sentido global e da contiguidade do texto, diferentemente da segunda.
D
A Chartier interessam tanto a forma de apresentação dos textos como os diferentes tipos de leitura, desde que situados no âmbito de uma cultura geral.
E
Chartier faz uma distinção entre o texto impresso, cuja interpretação é coincidente para os diferentes leitores, e o texto digital, cuja interpretação é destoante e singular para cada leitor.
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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Advérbios, Pronomes possessivos, Preposições, Funções morfossintáticas da palavra SE, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Considere, em seu contexto, os trechos abaixo extraídos do texto:

1. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. (1°  parágrafo)
2. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. (3°  parágrafo)

Assinale a alternativa correta.

Sociologia Ambiental


O interesse da academia no desenvolvimento de estudos voltados para as questões ambientais é relativamente novo. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. Até então acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos e que os impactos causados pelo homem eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.


Na década de 1990, os estudos voltados para a relação sociedade-natureza deram um grande salto com as contribuições de um dos mais respeitados e conhecidos sociólogos ambientais do mundo: Frederick Howard Buttel. Nascido nos Estados Unidos, Buttel dedicou sua vida acadêmica a compreender as complexas relações entre a sociedade e o ambiente natural. Apontava o caráter ambivalente do homem, que seria parte integrante da paisagem natural, submetido às dinâmicas próprias da natureza e, ao mesmo tempo, agente modificador e criador de novos ambientes. Sobre essa dualidade humana escreveu:


O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. A Sociologia não pode nem deve se tornar um ramo da ecologia comportamental. Mas o ser humano também é uma espécie entre muitas, e é uma parte integral da biosfera. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. Esse entendimento é limitado pelo antropocentrismo sociológico. Parece certo que, no futuro, haverá prolongados debates sobre articulação ou isolamento “adequados” entre a Sociologia e a Biologia.


Também na década de 1990, a Sociologia Ambiental ganhou mais contribuições com os estudos do sociólogo, antropólogo e filósofo da ciência, o francês Bruno Latour. Em seu ensaio monográfico Jamais fomos modernos, ele afirma que essa divisão sociedade-natureza seria, na verdade, uma invenção ocidental. Seria um traço característico da modernidade a criação de Constituições que definem e separam o que é humano do não humano, “legalizando” assim essa separação. No entanto, defende ele que na realidade essa separação não existe, porque o homem está em constante mudança em função do meio em que vive, assim como a natureza está em constante mudança em função das vontades humanas. Em outras palavras, o social está submetido ao natural e vice-versa.


RAMOS, V. R. Os caminhos da Sociologia Ambiental. Sociologia. ed.

72. 2017. p. 45-46.[Adaptado]

A
Em 1, a preposição “por”, em suas duas ocorrências, introduz elementos cujo papel semântico é agentivo.
B
Em 1, o pronome possessivo “seus” faz referência a “movimentos ecologistas e ambientalistas”
C
Em 1 e 2, “quando” funciona como advérbio relativo nas duas ocorrências, tendo como antecedente, em cada período, uma expressão circunstancial de tempo.
D
Em 2, “Assim” funciona como elemento coesivo que estabelece uma relação de comparação entre o conteúdo da frase precedente no texto e o conteúdo subsequente.
E
Em 2, a partícula “se”, em suas duas ocorrências, expressa indeterminação do sujeito.
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ABEPRO 2017 - Inglês - Tempos Verbais | Verb Tenses, Presente simples | Simple present , Presente progressivo | Present continuous

Study the following sentence:


“This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits.”


Analyze the sentences bellow:


1. the word ‘investing’ is being used in the sentence as a continuous verb.

2. the tense used in: ‘goes, is the simple present.

3. the word ‘phenomenon’ is the singular form of ‘phenomena’.

4. the words ‘not investing’ is being used in the present continuous tense.


Choose the alternative which presents the correct ones:

Opportunity Cost


This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits. These costs are every bite as real as the payment of dollars out-of-pocket.


This notion _______ opportunity cost can be reinforced _________ a famous saying ______ Benjamin Franklin, no slouch himself _________ operations management. To make the point, however, we must make a brief excursion into logic. One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement “If A, then B” is true, then it is also true that “If not B, then not A.” That is, of every time A occurs B follows, then we can be sure that if B does not occur, then A did not occur as well. Enough logic then, and back to Ben Franklin.


One of his Poor Richard sayings is that “A penny saved is a penny earned.” We have all recognized the truth of that since childhood, but I assert that by this saying Ben showed us he knows everything about opportunity cost. After all, what is the contrapositive of “A penny not earned is a penny not saved (i.e., a penny sent). All we are saying by this notion of opportunity cost is that “a penny not earned (an opportunity forgone) is a penny spent.” We shall often have occasion to consider opportunity costs, in analyzing and deciding various operations issues.


SCHMENNER, Roger W. Production/Operations Management. 5th Edition. Prentice-Hall, 1993.

A
Only 2 is correct.
B

Only 1 and 3 are correct.

C
Only 1 and 4 are correct.
D
Only 2 and 3 are correct.
E
Only 1, 2 and 4 are correct.
20d09061-fe
ABEPRO 2017 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

According to the text, it is correct to state that:

Opportunity Cost


This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits. These costs are every bite as real as the payment of dollars out-of-pocket.


This notion _______ opportunity cost can be reinforced _________ a famous saying ______ Benjamin Franklin, no slouch himself _________ operations management. To make the point, however, we must make a brief excursion into logic. One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement “If A, then B” is true, then it is also true that “If not B, then not A.” That is, of every time A occurs B follows, then we can be sure that if B does not occur, then A did not occur as well. Enough logic then, and back to Ben Franklin.


One of his Poor Richard sayings is that “A penny saved is a penny earned.” We have all recognized the truth of that since childhood, but I assert that by this saying Ben showed us he knows everything about opportunity cost. After all, what is the contrapositive of “A penny not earned is a penny not saved (i.e., a penny sent). All we are saying by this notion of opportunity cost is that “a penny not earned (an opportunity forgone) is a penny spent.” We shall often have occasion to consider opportunity costs, in analyzing and deciding various operations issues.


SCHMENNER, Roger W. Production/Operations Management. 5th Edition. Prentice-Hall, 1993.

A
‘Opportunity cost” is an operation that the company earns increased profits.
B
‘Opportunity cost” is an opportunity that the company has to earn the payment of dollars out-of-pocket.
C
‘Opportunity cost” is a phenomenon that the company forgoes the opportunity to earn increased profits.
D
‘Opportunity cost” is a phenomenon where profits are increased by investing in more equipment.
E
‘Opportunity cost” is an operation where profits are increased by investing in more rigid production flow.
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ABEPRO 2017 - Inglês - Pronome reflexivo | Reflexive Pronoun, Orações Relativas e pronomes relativos | Relative clauses and relative pronouns, Pronome possessivo substantivo | Possessive pronoun, Pronomes | Pronouns, Pronomes interrogativos | Question words

The underlined word in ‘One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement…’ can be correctly classified as a:

Opportunity Cost


This phenomenon goes by the name of ‘opportunity cost,’ since by not investing in more equipment and a more rigid production flow, the company is forgoing the opportunity to earn increased profits. These costs are every bite as real as the payment of dollars out-of-pocket.


This notion _______ opportunity cost can be reinforced _________ a famous saying ______ Benjamin Franklin, no slouch himself _________ operations management. To make the point, however, we must make a brief excursion into logic. One truth of logic is the validity of the so-called contrapositive, which says simply that if the statement “If A, then B” is true, then it is also true that “If not B, then not A.” That is, of every time A occurs B follows, then we can be sure that if B does not occur, then A did not occur as well. Enough logic then, and back to Ben Franklin.


One of his Poor Richard sayings is that “A penny saved is a penny earned.” We have all recognized the truth of that since childhood, but I assert that by this saying Ben showed us he knows everything about opportunity cost. After all, what is the contrapositive of “A penny not earned is a penny not saved (i.e., a penny sent). All we are saying by this notion of opportunity cost is that “a penny not earned (an opportunity forgone) is a penny spent.” We shall often have occasion to consider opportunity costs, in analyzing and deciding various operations issues.


SCHMENNER, Roger W. Production/Operations Management. 5th Edition. Prentice-Hall, 1993.

A
question word.
B
relative pronoun.
C
reflexive pronoun.
D
personal pronoun.
E
possessive pronoun.
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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere os textos 1, 2, 3 e 4 para responder esta questão. Os quatro textos apresentam trechos de discurso direto, como ilustram os excertos a seguir.

1. Sobre essa dualidade humana (Buttel) escreveu: O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. (Texto 1)
2. “Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito”, diz Mary Del Priore... (Texto 2)
3. “O trabalho que fazemos como historiadores do livro é mostrar que o sentido de um texto depende também da forma material como ele se apresentou a seus leitores originais e por seu autor”, diz Chartier. (Texto 2)
4. Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido. A secretária da escola atende ao telefone. – Alô. […] (Texto 3)
5. “Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid… (Texto 4)

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).

( ) Os cinco excertos apresentam o uso de argumentos de autoria de personalidades de referência, para corroborar afirmações dos autores e dar credibilidade aos textos.
( ) Em 1, o uso da forma verbal “escreveu” distancia, no tempo, o discurso direto introduzido, diferentemente do que ocorre com as formas verbais de função similar nos demais excertos.
( ) Em seu conjunto, os excertos exemplificam o fato de que tanto a forma de introdução como a forma de representação do discurso direto não seguem um padrão fixo na escrita.
( ) As formas verbais usadas nos cinco excertos para introduzir o discurso direto agregam à função típica de verbo dicendi também avaliações opinativas dos autores dos textos que as utilizam.
( ) Em todos os excertos, o discurso direto se reporta a uma terceira pessoa, não incluindo a pessoa que produz o referido discurso.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

texto 1

Sociologia Ambiental


O interesse da academia no desenvolvimento de estudos voltados para as questões ambientais é relativamente novo. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. Até então acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos e que os impactos causados pelo homem eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.


Na década de 1990, os estudos voltados para a relação sociedade-natureza deram um grande salto com as contribuições de um dos mais respeitados e conhecidos sociólogos ambientais do mundo: Frederick Howard Buttel. Nascido nos Estados Unidos, Buttel dedicou sua vida acadêmica a compreender as complexas relações entre a sociedade e o ambiente natural. Apontava o caráter ambivalente do homem, que seria parte integrante da paisagem natural, submetido às dinâmicas próprias da natureza e, ao mesmo tempo, agente modificador e criador de novos ambientes. Sobre essa dualidade humana escreveu:


O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. A Sociologia não pode nem deve se tornar um ramo da ecologia comportamental. Mas o ser humano também é uma espécie entre muitas, e é uma parte integral da biosfera. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. Esse entendimento é limitado pelo antropocentrismo sociológico. Parece certo que, no futuro, haverá prolongados debates sobre articulação ou isolamento “adequados” entre a Sociologia e a Biologia.


Também na década de 1990, a Sociologia Ambiental ganhou mais contribuições com os estudos do sociólogo, antropólogo e filósofo da ciência, o francês Bruno Latour. Em seu ensaio monográfico Jamais fomos modernos, ele afirma que essa divisão sociedade-natureza seria, na verdade, uma invenção ocidental. Seria um traço característico da modernidade a criação de Constituições que definem e separam o que é humano do não humano, “legalizando” assim essa separação. No entanto, defende ele que na realidade essa separação não existe, porque o homem está em constante mudança em função do meio em que vive, assim como a natureza está em constante mudança em função das vontades humanas. Em outras palavras, o social está submetido ao natural e vice-versa.


RAMOS, V. R. Os caminhos da Sociologia Ambiental. Sociologia. ed. 72. 2017. p. 45-46.[Adaptado]


texto 2

Roger Chartier, o especialista em história da leitura 


A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito para compreender também a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos responsáveis por isso é o francês Roger Chartier. “Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito”, diz Mary Del Priore, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “Se a história cultural sempre foi baseada em dados estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos.” O historiador “escolheu concentrar-se nos estudos das práticas culturais, sem postular a existência de uma ‘cultura’ geral”, diz Mary Del Priore.


O pesquisador francês costuma combater a ideia do material escrito como um objeto fixo, impossível de ser modificado e alterado pelas pessoas que o utilizam e interagem com ele. As novas tecnologias lhe dão razão – a leitura na internet costuma ser descontínua e fragmentária, e o leitor raramente percebe o sentido do todo e da contiguidade, que, por exemplo, o simples manuseio de um jornal já gera. Essa diferença fundamental, que torna a leitura dos livros mais profunda e duradoura, faz com que ele preveja a sobrevivência do formato impresso, apesar da disseminação dos meios eletrônicos. “O trabalho que fazemos como historiadores do livro é mostrar que o sentido de um texto depende também da forma material como ele se apresentou a seus leitores originais e por seu autor”, diz Chartier. “Por meio dela, podemos compreender como e por que foi editado, a maneira como foi manuseado, lido e interpretado por aqueles de seu tempo.” O suporte, portanto, influencia o sentido do texto construído pelo leitor.


Ele gosta de enfatizar duas outras mudanças importantes nos padrões predominantes de leitura. A primeira: feita em voz alta à frente de plateias, foi para a silenciosa na Idade Média. A segunda: da leitura intensiva para a extensiva, no século XVIII – quando os hábitos de retorno sistemático às mesmas e poucas obras escolhidas como essenciais foram substituídos por uma relação mais informativa e ampla com o material escrito.


FERRARI, M. Roger Chartier, o especialista em história da leitura. [Adaptado] Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2529/roger-chatier-o-especialista-em-historia-da-leitura Acesso em: 09/12/2017.


texto 3

Contextualização na escrita


É preciso fazer distinção entre contexto de produção e contexto de uso. No caso da interação face a face, eles coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais importante para a interpretação é o contexto de uso.


O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita.


O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências.


Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido.


A secretária da escola atende ao telefone.


– Alô.

– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola hoje.

– Quem está falando?

– Quem tá falando é o meu pai.


KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.


texto 4

De Newton à Nature


Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. Copérnico, Galileu e Newton, por exemplo, escreviam livros técnicos, relatando suas experiências e resultados. Com o tempo, a divulgação passou a acontecer menos por livros e mais por artigos científicos – peças curtas, publicadas em revistas e periódicos especializados.


As primeiras revistas científicas, lá no século XVIII, não tinham fins lucrativos. Mas com o aumento dos investimentos públicos nos laboratórios, a partir da década de 1950, as universidades passaram a ter muito mais pesquisadores. São todos funcionários com carteira assinada, que precisam mostrar serviço – e que recebem avaliações de desempenho. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente.


Pois bem. Os cientistas não querem lucro, só divulgação. Então entregam o material de graça. Na outra ponta da equação, há as universidades, que não têm outra opção a não ser pagar o que as editoras pedem para ter acesso às pesquisas mais importantes (afinal, um pesquisador só consegue trabalhar se puder ler o trabalho de outros pesquisadores). Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. Criaram-se grifes da ciência: periódicos muito seletivos, que só publicam a nata das pesquisas. Sair em títulos como Cell, Nature ou Science dá visibilidade e é bom para a carreira dos cientistas.


“Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier no Brasil. “Ela inibe a disseminação de informações equivocadas e colabora com a distribuição da pesquisa de qualidade.” De fato, os padrões de excelência da Elsevier e de outras editoras de peso continuam altos. Mas o sistema causa distorções. “Um Newton da vida, que passava a vida toda trabalhando e publicava pouco, não teria chance no século XXI”, diz Fernando Reinach, ex-biólogo da USP.


VOIANO, B. A máquina que trava a ciência. Superinteressante. ed. 383, dez/2017. p. 40-41. [Adaptado]

A
V • F • V • F • F
B
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C
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D
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E
F • V • F • V • F