Durante o período da ditadura militar brasileira (1964-1985),
a região amazônica era vista pelos militares como um imenso
vazio demográfico que deveria ser ocupado, como forma de
garantir a soberania do Estado brasileiro sobre o seu território.
Entre as medidas adotadas pelo governo em relação ao processo de ocupação da Amazônia, pode-se citar a
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: políticas de ocupação da Amazônia durante a ditadura militar (1964‑1985). É preciso reconhecer que o Estado militar privilegiou ações de infraestrutura e colonização para afirmar soberania e integrar a região, não políticas sociais ou ambientais voltadas à proteção dos povos e da floresta.
Resumo teórico: a doutrina de ocupação defendia a ideia do “vazio” amazônico e priorizou obras como a rodovia Transamazônica (BR‑230), outras estradas, grandes hidrelétricas (ex.: Tucuruí) e programas de colonização estatal. Instituições e planos importantes: SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e o Plano de Integração Nacional (PIN, 1970). Essas iniciativas visavam atrair colonos, abrir frentes de ocupação e promover a exploração econômica.
Justificativa da alternativa B: a alternativa descreve exatamente as medidas centrais adotadas: construção de estradas (para integrar e ocupar), usinas hidrelétricas (projetos de desenvolvimento energético e integração) e programas de colonização para distribuir lotes e incentivar migração. Esses elementos constam na política oficial do regime (PIN, ações da SUDAM, projetos rodoviários como a Transamazônica) e são frequentemente citados em bibliografia sobre a ocupação militar da Amazônia.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: a reforma agrária ampla e redistributiva não foi a política prioritária na Amazônia militar; o Estado promoveu colonização para ocupação e integração, frequentemente beneficiando latifundiários e empresas, não uma redistribuição igualitária das terras.
C — incorreta: o regime não estruturou um plano efetivo de combate ao desmatamento nem priorizou uso racional dos recursos; ao contrário, incentivos à exploração e infraestrutura facilitaram desmatamento e expansão agropecuária.
D — incorreta: houve programas de assentamento, mas a política não foi foco em apoio técnico e financeiro consistente ao pequeno agricultor como estratégia principal; muitas ações favoreceram projetos de colonização mal estruturados e interesses privados.
E — incorreta: o governo militar não teve como eixo a valorização de culturas indígenas nem a promoção de “produtos verdes”; direitos indígenas foram em grande parte subordinados à lógica da integração/assimilação e da exploração econômica.
Dica de prova: ao ver “ocupação da Amazônia” + “garantir soberania”, associe imediatamente a rodovias, hidrelétricas e colonização estatal (palavras-chave). Desconfie de alternativas que coloquem preocupações ambientais, direitos indígenas ou reforma agrária distributiva como medidas centrais do regime militar — essas não foram prioridades políticas do período.
Fontes para estudo: documentos sobre o Plano de Integração Nacional (PIN), estudos sobre SUDAM e obras sobre a Transamazônica e a hidrelétrica de Tucuruí (história política da Amazônia, bibliografia universitária sobre ditadura e desenvolvimento regional).
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