Questão ffd71186-b0
Prova:UEA 2012
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

O cristianismo da Idade Média Ocidental foi, em muitos aspectos, herdeiro das instituições e da cultura do Império Romano. Entretanto, as reformas religiosas do século XVI que deram origem ao protestantismo

A
consideraram que atos e obras virtuosas garantiam seguramente a salvação.
B
empregaram as pinturas e as esculturas na cristianização dos índios americanos.
C
romperam com a unidade cristã da Europa ocidental e aboliram o culto aos santos.
D
proibiram a tradução da Bíblia do latim para as línguas nacionais.
E
sustentaram o dogma da infalibilidade do Papa em assuntos de fé.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: C

Tema central: As reformas religiosas do século XVI (Reforma Protestante) e suas consequências para a cristandade ocidental: ruptura confessional, críticas às práticas católicas e novas doutrinas como sola fide e sola scriptura. Conhecimentos necessários: quem foram os reformadores (Lutero, Calvino), como funcionavam práticas católicas (culto aos santos, indulgências) e as reações (Concílio de Trento e Contrarreforma).

Resumo teórico: No início do século XVI, figuras como Martinho Lutero (95 Teses, 1517) e João Calvino criticaram práticas da Igreja Católica — especialmente a venda de indulgências, o papel das obras para a salvação e a mediação dos santos. Os protestantes afirmaram que a salvação é por fé somente (sola fide) e a Bíblia é autoridade máxima (sola scriptura), rejeitando cultos e rituais que não tivessem base bíblica. Essas reformas fragmentaram a unidade religiosa da Europa e impulsionaram conflitos políticos e guerras religiosas (ex.: Guerra dos Trinta Anos). Fontes de referência: obras de Diarmaid MacCulloch, textos de Lutero e Calvino, e sínteses como Encyclopaedia Britannica; para a Contrarreforma, ver os decretos do Concílio de Trento (1545–1563).

Por que a alternativa C é correta: Os reformadores romperam a unidade religiosa ao fundar confissões protestantes distintas e, doctrinalmente, aboliram a prática do culto aos santos — isto é, recusaram invocações e mediações de santos, peregrinações e cultos de relíquias, por considerá-los sem fundamento bíblico. Esse ponto está bem documentado nas obras de Lutero e Calvino e nas práticas protestantes posteriores.

Análise das alternativas incorretas:

A) Incorreta — os reformadores não sustentavam que atos e obras garantiam a salvação; pelo contrário, afirmavam sola fide (fé somente). A ênfase em obras como garantia da salvação é característica do catolicismo pré-Trento e motivo de crítica protestante.

B) Incorreta — o uso massivo de pinturas e esculturas na cristianização das Américas é marca das missões católicas (jesuítas, franciscanos), não das reformas protestantes, que em muitos casos rejeitaram imagens (iconoclastia).

D) Incorreta — os reformadores incentivaram traduções da Bíblia para línguas vernáculas (ex.: Lutero traduzindo para o alemão). Não proibiram traduções; buscavam acessibilidade da Escritura ao povo.

E) Incorreta — a infalibilidade papal é uma doutrina católica definida apenas em 1870 (Concílio Vaticano I). Os protestantes rejeitaram a autoridade papal e a ideia de infalibilidade.

Estratégia de prova: ao ver “reformas do século XVI” associe imediatamente a Lutero/Calvino, às doutrinas-chave (sola fide/sola scriptura) e às práticas rejeitadas (santos, indulgências). Procure termos que indiquem ruptura de unidade e mudança doutrinária — geralmente sinal de alternativa correta.

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