Leia o texto a seguir.
Alexandre encerrou os conflitos entre Oriente e Ocidente ao aniquilar o império dos persas, ao conquistar todo o território situado entre o deserto africano e a Índia, ao afirmar a supremacia da civilização grega sobre a cultura declinante dos povos asiáticos. Enfim, ao gerar o helenismo.
DROYSEN, J. G. Alexandre: o grande. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010. p. 37. (Adaptado).
Ao cunhar o termo helenismo, a citação sintetiza um processo histórico associado
Alexandre encerrou os conflitos entre Oriente e Ocidente ao aniquilar o império dos persas, ao conquistar todo o território situado entre o deserto africano e a Índia, ao afirmar a supremacia da civilização grega sobre a cultura declinante dos povos asiáticos. Enfim, ao gerar o helenismo.
DROYSEN, J. G. Alexandre: o grande. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010. p. 37. (Adaptado).
Ao cunhar o termo helenismo, a citação sintetiza um processo histórico associado
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: o conceito de helenismo — período e processo histórico marcado pela difusão da cultura grega (língua, cidades, artes, ciência) nos territórios conquistados por Alexandre e pela incorporação de elementos orientais à cultura grega.
Resumo teórico: após as campanhas de Alexandre (século IV a.C.), formou‑se o mundo helenístico (aprox. 323–30 a.C.). Não se trata apenas da vitória militar, mas de um processo de sincretismo cultural: cidades gregas (p.ex. Alexandria) foram fundadas, o grego koiné tornou‑se língua franca, e houve trocas religiosas, artísticas e científicas entre Grécia, Egito, Pérsia e Ásia Central (ex.: culto de Serápis; arte greco‑budista no Gandhara). Fontes recomendadas: J. G. Droysen (introduziu o termo), Peter Green, Paul Cartledge.
Justificativa da alternativa D: ela resume corretamente o helenismo — a difusão da cultura grega e simultânea assimilação de elementos orientais nas sociedades do império macedônio, fenômeno visível em administração, religião, arte e língua.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorrreta: enfatiza apenas adaptação religiosa e expansão da fé. O helenismo é cultural e político; houve sincretismo religioso, mas não se resume à “expansão de fé”.
B — incorrreta: fala de hierarquização por origem mítica (Helena de Tróia). É anacrônico e errôneo; não há fundamentação histórica de uma hierarquia institucional baseada nessa mitologia no período helenístico.
C — incorrreta: descreve união das cidades‑estados gregas contra inimigos, o que se relaciona à Grécia clássica. O helenismo surge após a hegemonia macedônica e é caracterizado pela dispersão grega pelo Oriente, não por reforço da pólis grega tradicional.
E — incorrreta: sugere implantação de princípios democráticos nos territórios conquistados. Pelo contrário, muitos reinos helenísticos eram monarquias helenizadas (ex.: Ptolomeus, Selêucidas) e nem foram democracias ao estilo ateniense.
Dica de interpretação: busque palavras‑chave no enunciado — “helenismo”, “difusão”, “assimilação” — e descarte alternativas que restringem o conceito a um único domínio (somente religião, só política) ou que confundem períodos (clássico vs. helenístico).
Fontes: J. G. Droysen; Peter Green, Alexander of Macedon; Paul Cartledge, The Hellenistic World.
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