Segundo Angela de Castro Gomes, “JK foi quem melhor soube mobilizar a
esperança como recurso do poder, combinando o desenvolvimento econômico para a
democracia política na história do Brasil e na memória popular”.
(SCHMIDT, M. F. Nova História Crítica. S. P: Editora Nova Geração, 2007, p. 641.)
Juscelino Kubitschek, em sua campanha à presidência da República, usou um discurso
baseado no lema “50 anos em 5”, ou seja, cinquenta anos de progresso em cinco de
governo. Para tanto, JK estabeleceu um Plano de Metas, baseado nos estudos realizados
pela Comissão Econômica para a América Latina – CEPAL –, direcionado para os setores
de energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Priorizando os
investimentos para modernizar o país, o governo de JK assumiu uma parceria do capital
nacional com o capital estrangeiro, mudando, dessa forma, os rumos dos investimentos
estatais, antes concentrados no setor de bens de capital, para o de bens de consumo
duráveis, em particular a indústria automobilística e a eletrodoméstica. O governo de
Juscelino foi apelidado de
Segundo Angela de Castro Gomes, “JK foi quem melhor soube mobilizar a esperança como recurso do poder, combinando o desenvolvimento econômico para a democracia política na história do Brasil e na memória popular”.
(SCHMIDT, M. F. Nova História Crítica. S. P: Editora Nova Geração, 2007, p. 641.)
Juscelino Kubitschek, em sua campanha à presidência da República, usou um discurso baseado no lema “50 anos em 5”, ou seja, cinquenta anos de progresso em cinco de governo. Para tanto, JK estabeleceu um Plano de Metas, baseado nos estudos realizados pela Comissão Econômica para a América Latina – CEPAL –, direcionado para os setores de energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Priorizando os investimentos para modernizar o país, o governo de JK assumiu uma parceria do capital nacional com o capital estrangeiro, mudando, dessa forma, os rumos dos investimentos estatais, antes concentrados no setor de bens de capital, para o de bens de consumo duráveis, em particular a indústria automobilística e a eletrodoméstica. O governo de Juscelino foi apelidado de
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C — Era do Nacional-Desenvolvimentismo
Tema central: o enunciado trata do projeto econômico e político do governo Juscelino Kubitschek (1956-1961): o Plano de Metas, a ênfase na industrialização e a aliança entre capital nacional e estrangeiro. É preciso reconhecer a expressão histórica que identifica esse modelo — o nacional-desenvolvimentismo — e seus traços principais.
Resumo teórico curto e progressivo: o nacional-desenvolvimentismo é uma formulação baseada na intervenção estatal para acelerar a industrialização, atração de capital estrangeiro e estímulo ao mercado interno (bens de consumo duráveis, setor automobilístico, energia, transportes, educação). Enquadra-se na tradição de intelectuais como Celso Furtado e nas recomendações da CEPAL, que defendia desenvolvimento via substituição de importações e planejamento híbrido público-privado.
Fontes/Referências: Angela de Castro Gomes (interpretando a memória sobre JK), estudos da CEPAL sobre industrialização na América Latina, e obras de historiadores e economistas como Celso Furtado (Formação Econômica do Brasil) e análises coletadas em manual de história do Brasil contemporâneo.
Justificativa da alternativa correta: a descrição do Plano de Metas — “50 anos em 5”, investimento em energia, transporte, indústria de base e bens de consumo duráveis, política de atração de capital estrangeiro — define precisamente o nacional-desenvolvimentismo. O apelido dado ao período resulta dessa matriz desenvolvimentista que marcou o governo JK.
Análise das alternativas incorretas:
A - Era da Conciliação: termo ligado a outros momentos políticos (por exemplo, tentativas de pactos políticos) e não identifica o perfil econômico do governo JK.
B - Era da Construção de Brasília: embora a construção de Brasília tenha sido peça-chave do governo, esse rótulo é parcial — reduz o período a um projeto simbólico e não expressa o modelo econômico amplo.
D - Era dos Extremos: expressão historiográfica que não corresponde ao consenso sobre JK e refere-se a interpretações diferentes; não descreve o projeto desenvolvimentista do período.
Dica de prova: em enunciados com lemas (ex.: “50 anos em 5”) associe imediatamente ao Plano de Metas e às políticas industriais; descarte alternativas que foquem apenas em um aspecto simbólico (Brasília) ou termos imprecisos. Leia palavras-chave: industrialização, CEPAL, capital estrangeiro = sinal de desenvolvimentismo.
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