Questão fa22b74a-00
Prova:UEMG 2019
Disciplina:Atualidades
Assunto:América Latina na Atualidade

O Brasil, a partir da década de 1990, inicia uma política de incentivos para que os carros passassem a utilizar o gás natural como fonte alternativa para os combustíveis como a gasolina e o álcool em virtude do baixo preço ocasionado pelo excedente de produção. Atualmente, aumentos sucessivos realizados pelo país fornecedor, resultaram no encarecimento e escassez desse gás aos consumidores.

Nesse contexto, constata-se que o país fornecedor é a ______________________, cuja produção é transportada por meio do _________________________.


As palavras que completam corretamente essas lacunas são, respectivamente,

A
Argentina, gasoduto.
B
Bolívia, gasoduto Brasil-Bolívia.
C
Colômbia, oleoduto.
D
Venezuela, oleoduto.

Gabarito comentado

T
Thiago Lima Monitor do Qconcursos

Tema central: Geopolítica energética na América Latina, com foco na relação Brasil-Bolívia e o papel do gás natural veicular na matriz energética brasileira. A questão explora o contexto de dependência brasileira de fornecedores estrangeiros de gás e as infraestruturas de transporte envolvidas.

Análise teórica: Após a década de 1990, o Brasil buscou diversificar sua matriz energética. O gás natural boliviano tornou-se estratégico, levando à construção do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), inaugurado em 1999, com cerca de 3.150 km. Este gasoduto conecta os campos bolivianos ao sudeste brasileiro, sendo vital para o abastecimento industrial, veicular e residencial.

Gasodutos são dutos próprios para o transporte de gás natural, diferente dos oleodutos, que são para petróleo.

Justificativa da alternativa correta:

B) Bolívia, gasoduto Brasil-Bolívia.

A Bolívia é reconhecida como principal fornecedora de gás natural para o Brasil desde o final dos anos 1990. O Gasbol é a infraestrutura responsável pelo escoamento desse gás, ressaltando a importância dos acordos bilaterais e da geopolítica energética regional.

Análise crítica das alternativas incorretas:

A) Argentina, gasoduto: Embora tenha produção e exporte para outros países, a Argentina não é a principal fornecedora do Brasil nem opera o maior gasoduto que chega ao país.

C) Colômbia, oleoduto: A Colômbia não exporta gás natural para o Brasil, e a palavra oleoduto está inadequada, pois serve para petróleo, e não gás.

D) Venezuela, oleoduto: Apesar de possuir reservas, não há conexão por oleodutos ou gasodutos entre Venezuela e Brasil, tornando essa opção incorreta tanto pelo fornecedor quanto pelo meio de transporte.

Estratégia de resolução:

  • Atente-se à diferença entre gasoduto e oleoduto: os termos não são intercambiáveis.
  • Observe atentamente os países citados e suas relações comerciais energéticas históricas com o Brasil.
  • Fique atento a possíveis "pegadinhas" envolvendo termos parecidos ou países com grandes reservas, mas sem relação direta com o Brasil.

Referências para aprofundamento: Goldemberg (“Geopolítica da Energia”) e Nivalde de Castro (“Infraestrutura Energética no Brasil”) detalham o papel central da Bolívia e do Gasbol na segurança energética brasileira.

Resumo final:

A escolha da Bolívia e do Gasoduto Bolívia-Brasil é a única que respeita o contexto histórico, geopolítico e técnico da questão, com base na dependência energética brasileira desde a década de 1990.

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