Agência adia prazos para extinção de barragens como a de Brumadinho no País
Em vez de 2021, ANM permite que últimas barragens a montante sejam desativadas até 2027
A Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou nesta segunda-feira, 12, o adiamento do prazo final para extinção definitiva de barragens a montante, o mesmo tipo que colapsou causando as tragédias de Brumadinho e Mariana. Em vez de serem desativadas em 2021,como havia sido definido em fevereiro, logo após o rompimento da segunda barragem da Vale em pouco mais de três anos, a agência ampliou o prazo para os anos de 2022, 2025 e 2027, a depender da capacidade dos empreendimentos.
Fonte: RIBEIRO, Luci; GIRARDI, Giovana. O Estado de S. Paulo. 13 de agosto de 2019. Disponível em: <https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,agencia-adia-prazos-para-extincao-de-barragens-como-a-de-brumadinho-no-pais,70002964381>. Acesso em: 22 ago. 2019.
As barragens a montante:
Agência adia prazos para extinção de barragens como a de Brumadinho no País
As barragens a montante:
Gabarito comentado
Tema central: O assunto da questão refere-se ao método construtivo de barragens de rejeitos a montante, um tema recorrente em questões de atualidades e importante após os desastres ambientais de Mariana e Brumadinho.
Conceito-chave: Barragens de rejeitos são estruturas essenciais para conter resíduos da mineração. Existem diferentes formas de construí-las, mas o destaque está para o método a montante.
Método a montante: A barragem começa com um dique inicial (solo ou rocha). À medida que rejeitos são depositados, novos degraus (alteamentos) são feitos sobre os próprios rejeitos, avançando “a montante” (contra o fluxo da água). Assim, os próprios resíduos de mineração são usados para aumentar a estrutura, o que torna essa técnica menos dispendiosa, porém mais arriscada, pois rejeitos têm baixa resistência e estabilidade. Esses riscos motivaram normas mais rígidas da ANM após os desastres recentes.
Justificativa da alternativa correta:
B) Usam os próprios rejeitos da mineração para construir as paredes da barreira.
Esta alternativa descreve exatamente o método a montante. Esse é o conceito exigido para a resposta. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM) e autores como Tassi & Veiga (em livros-texto de Engenharia Ambiental), essa é a característica que distingue barragens a montante: o uso do próprio resíduo para alteamento.
Análise das alternativas incorretas:
A) Diz que a estrutura é de solo. Apenas o dique inicial pode ser de solo; a maior parte dos alteamentos é feita com rejeitos, tornando a resposta incompleta.
C) Fala em fragmentos de rocha compactados. Isso caracteriza barragens de enrocamento, não barragens a montante de rejeitos.
D) Menciona adição de cimento e aditivos químicos, método próprio de barragens de concreto compactado com rolo (CCR), não aplicado a montante.
E) Aponta uso de madeira e chapa de aço. Não faz parte de nenhum método relevante ou aprovado no contexto de barragens de rejeitos.
Dica estratégica: Questões sobre métodos construtivos podem confundir por detalhes técnicos. Atenção para palavras como “rejeitos”, “solo”, “concreto”, “rocha” – relacione sempre ao contexto da mineração!
Resumo: Barragens a montante são alteadas usando os próprios rejeitos. Opção B é correta! Fique atento a confusões entre materiais (solo, concreto, rocha, madeira) e vínculo com tipos de barragens.
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