Questão f4918cef-d9
Prova:
Disciplina:
Assunto:
No primeiro parágrafo, o trecho “Livre em todas as minhas
ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade
me impõe” é parte da fala do personagem Luís Soares. O
mesmo trecho, em discurso indireto, seria:
No primeiro parágrafo, o trecho “Livre em todas as minhas
ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade
me impõe” é parte da fala do personagem Luís Soares. O
mesmo trecho, em discurso indireto, seria:
Leia o início do conto “Luís Soares”, de Machado de Assis,
para responder à questão.
Trocar o dia pela noite, dizia Luís Soares, é restaurar o
império da natureza corrigindo a obra da sociedade. O calor
do sol está dizendo aos homens que vão descansar e dormir,
ao passo que a frescura relativa da noite é a verdadeira estação em que se deve viver. Livre em todas as minhas ações,
não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe: velarei de noite, dormirei de dia.
Contrariamente a vários ministérios, Soares cumpria este
programa com um escrúpulo digno de uma grande consciência. A aurora para ele era o crepúsculo, o crepúsculo
era a aurora. Dormia 12 horas consecutivas durante o dia,
quer dizer das seis da manhã às seis da tarde. Almoçava
às sete e jantava às duas da madrugada. Não ceava. A sua
ceia limitava-se a uma xícara de chocolate que o criado lhe
dava às cinco horas da manhã quando ele entrava para casa.
Soares engolia o chocolate, fumava dois charutos, fazia alguns trocadilhos com o criado, lia uma página de algum romance, e deitava-se.
Não lia jornais. Achava que um jornal era a cousa mais
inútil deste mundo, depois da Câmara dos Deputados, das
obras dos poetas e das missas. Não quer isto dizer que
Soares fosse ateu em religião, política e poesia. Não. Soares
era apenas indiferente. Olhava para todas as grandes cousas
com a mesma cara com que via uma mulher feia. Podia vir a
ser um grande perverso; até então era apenas uma grande
inutilidade.
(Contos fluminenses, 2006.)
Leia o início do conto “Luís Soares”, de Machado de Assis,
para responder à questão.
Trocar o dia pela noite, dizia Luís Soares, é restaurar o império da natureza corrigindo a obra da sociedade. O calor do sol está dizendo aos homens que vão descansar e dormir, ao passo que a frescura relativa da noite é a verdadeira estação em que se deve viver. Livre em todas as minhas ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe: velarei de noite, dormirei de dia.
Contrariamente a vários ministérios, Soares cumpria este programa com um escrúpulo digno de uma grande consciência. A aurora para ele era o crepúsculo, o crepúsculo era a aurora. Dormia 12 horas consecutivas durante o dia, quer dizer das seis da manhã às seis da tarde. Almoçava às sete e jantava às duas da madrugada. Não ceava. A sua ceia limitava-se a uma xícara de chocolate que o criado lhe dava às cinco horas da manhã quando ele entrava para casa. Soares engolia o chocolate, fumava dois charutos, fazia alguns trocadilhos com o criado, lia uma página de algum romance, e deitava-se.
Não lia jornais. Achava que um jornal era a cousa mais inútil deste mundo, depois da Câmara dos Deputados, das obras dos poetas e das missas. Não quer isto dizer que Soares fosse ateu em religião, política e poesia. Não. Soares era apenas indiferente. Olhava para todas as grandes cousas com a mesma cara com que via uma mulher feia. Podia vir a ser um grande perverso; até então era apenas uma grande inutilidade.
Trocar o dia pela noite, dizia Luís Soares, é restaurar o império da natureza corrigindo a obra da sociedade. O calor do sol está dizendo aos homens que vão descansar e dormir, ao passo que a frescura relativa da noite é a verdadeira estação em que se deve viver. Livre em todas as minhas ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe: velarei de noite, dormirei de dia.
Contrariamente a vários ministérios, Soares cumpria este programa com um escrúpulo digno de uma grande consciência. A aurora para ele era o crepúsculo, o crepúsculo era a aurora. Dormia 12 horas consecutivas durante o dia, quer dizer das seis da manhã às seis da tarde. Almoçava às sete e jantava às duas da madrugada. Não ceava. A sua ceia limitava-se a uma xícara de chocolate que o criado lhe dava às cinco horas da manhã quando ele entrava para casa. Soares engolia o chocolate, fumava dois charutos, fazia alguns trocadilhos com o criado, lia uma página de algum romance, e deitava-se.
Não lia jornais. Achava que um jornal era a cousa mais inútil deste mundo, depois da Câmara dos Deputados, das obras dos poetas e das missas. Não quer isto dizer que Soares fosse ateu em religião, política e poesia. Não. Soares era apenas indiferente. Olhava para todas as grandes cousas com a mesma cara com que via uma mulher feia. Podia vir a ser um grande perverso; até então era apenas uma grande inutilidade.
(Contos fluminenses, 2006.)
A
Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não
quer sujeitar-se à lei absurda que a sociedade lhe impõe.
B
Luís Soares dizia, livre em todas as suas ações, que não
quer sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impõe.
C
Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não
queria sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impunha.
D
Luís Soares dizia, livre em todas as suas ações, que não
quis sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impôs.
E
Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não
queria sujeitar-se à lei absurda que a sociedade lhe impunha.