Para Hegel, a razão é a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real. Assim, ela é a unidade entre a razão subjetiva e a razão objetiva. Hegel denominou essa unidade de espírito absoluto.
Dessa forma, um evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem. Um exemplo da objetivação dessas ideias é o seguinte evento:
Dessa forma, um evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem. Um exemplo da objetivação dessas ideias é o seguinte evento:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C.
Tema central: trata-se da ideia hegeliana de que a razão (ou Espírito) se objetiva na história — isto é, eventos reais podem ser a expressão institucionalizada de ideias ou princípios que os precedem. Compreender Hegel e relacionar essa teoria a episódios históricos é essencial.
Resumo teórico (claro e progressivo): Hegel (ver: Fenomenologia do Espírito; Filosofia da História) entende a história como processo racional em que o espírito se realiza objetivamente. A objetivação implica que normas, instituições e líderes podem tornar concretas ideias dominantes (por exemplo, racionalidade, igualdade jurídica, secularização).
Justificativa da alternativa C: a subida de Napoleão Bonaparte expressou e institucionalizou muitos ideais trazidos pelo Iluminismo e pela Revolução Francesa — centralização administrativa, igualdade jurídica perante a lei e reformas racionais do Estado. Prova concreta: o Código Civil Napoleônico (1804) secularizou e uniformizou direitos civis, promovendo princípios legalistas e meritocráticos associados ao Iluminismo. Assim, Napoleão pode ser visto como objetivação de ideias iluministas, alinhando-se ao conceito hegeliano.
Análise das alternativas incorretas:
A: Hitler não representou “ideais sionistas germânicos” — termo contraditório. Hitler promoveu nacionalismo extremo, racismo e antissemitismo, portanto a alternativa contém erro factual e conceitual.
B: a queda/abdicação de Dom Pedro I (1831) decorreu de crises políticas internas, pressão das cortes e conflitos liberais-conservadores; não é adequadamente interpretada como expressão direta da “crise do sistema colonial português” — o Brasil já havia rompido o vínculo colonial em 1822, e a explicação é anacrônica/insuficiente.
D: a coroação de Dom Pedro II não representa a “vitória dos ideais puritanos de moral”; o período imperial brasileiro envolveu arranjos políticos e sociais complexos, não uma simples hegemonia puritana. A associação é imprecisa e ideologicamente desalinhada.
Dica de interpretação para concursos: identifique o conceito filosófico-chave no enunciado (aqui: objetivação da razão) e procure a alternativa que ofereça correspondência histórica plausível e documentada (ex.: reformas legais de Napoleão). Descarte opções com erros factuais ou termos contraditórios.
Fontes sugeridas: Hegel — Fenomenologia do Espírito; Lectures on the Philosophy of History. Sobre Napoleão: estudos sobre o Código Napoleônico e a Revolução Francesa (ex.: análises introdutórias em manuais de História Moderna).
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