No plano religioso, a presença flamenga no Brasil colonial representou:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — a propagação das práticas protestantes nas regiões em que se instalou.
Tema central: a presença neerlandesa (flamenga/holandesa) no Nordeste brasileiro no século XVII e seu impacto religioso. É importante saber que os colonos ligados à Companhia Holandesa eram majoritariamente calvinistas e implantaram práticas e instituições protestantes onde se estabeleceram (ex.: Nova Holanda/Recife).
Resumo teórico: sob o governo de Maurício de Nassau (1637–1644) houve promoção de liberdade relativa de culto: construção de templos reformados, chegada de pastores calvinistas e presença judaica tolerada (ex.: Kahal Zur Israel em Recife). O objetivo era consolidar controle econômico e social, não implantar um Estado laico; a religião protestante ganhou espaços públicos e influência cultural nas áreas ocupadas.
Justificativa da letra E: fontes e vestígios históricos mostram difusão de cultos reformados, organização de comunidades protestantes e atividades litúrgicas em Recife e arredores. A administração neerlandesa favoreceu a prática protestante, o que explica a alternativa E.
Análise das incorretas:
A — Estado laico: incorreto. A presença neerlandesa promoveu tolerância relativa, mas não constituiu projeto de laicização do Estado colonial.
B — Tolerância com cultos africanos: incorreto. Embora houvesse maior pluralismo religioso, não há evidência de política propositada de proteção às religiões africanas; práticas afro-brasileiras continuaram às margens e foram objeto de controle.
C — Desaparecimento do catolicismo: incorreto. O catolicismo permaneceu forte entre a população lusa e a maioria dos colonos; houve conflitos e convivência, não desaparecimento.
D — Aliança entre protestantes e católicos na perseguição aos judeus: incorreto. Pelo contrário: os neerlandeses toleraram a presença judaica e muitos judeus prosperaram sob os holandeses; perseguições eram mais associadas a autoridades ibéricas.
Dica de prova: desconfie de termos absolutos (ex.: “desaparecimento”, “aliança”) e busque evidências históricas concretas (templos, sinagogas, nomes como Maurício de Nassau). Consulte obras como Charles R. Boxer, The Dutch in Brazil, e manuais de História do Brasil para aprofundar.
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