“A instituição familiar é essencialmente dinâmica, e este dinamismo tornou-se muito visível na segunda metade do século XX, não só no Brasil, mas em praticamente todo o mundo ocidental. A família tradicional foi adquirindo contornos nunca antes imaginados. As novas configurações da família levaram a sociedade, e inclusive os cientistas sociais, a anunciarem a falência desta instituição social. Mas, não era o fim, e sim a prova da imensa capacidade criativa do ser humano de adequar-se a novas necessidades e novos valores.” (PARANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.110). Segundo o texto é correto afirmar que

Resposta correta: B

Tema central: trata-se da instituição familiar e de sua dinamicidade. Compreender que a família é um processo social que muda historicamente e assume formas variadas é fundamental para questões de sociologia e de direitos sociais.

Resumo teórico: a família é uma instituição social — conjunto de padrões e normas que organizam relações humanas. Ela funciona como um dos principais agentes de socialização primária, transmitindo valores, normas e papéis. Autores como Anthony Giddens destacam a transformação das formas familiares na modernidade; juridicamente, a Constituição Federal (art. 226) reconhece a família como base da sociedade, sem limitar-se a um único modelo jurídico, o que abre espaço para pluralidade de arranjos.

Justificativa da alternativa B: o texto afirma que a família passou a assumir novos contornos e que houve “novas configurações”. Logo, a conclusão correta é que atualmente as famílias se configuram de maneiras distintas — exatamente o que afirma B.

Análise das alternativas incorretas:
A — diz que a família é “essencialmente matrilinear, dinâmica e imutável”. É contraditória: não pode ser dinâmica e ao mesmo tempo imutável; além disso, não há base para afirmar que a família é essencialmente matrilinear.
C — afirma existência de uma única estrutura familiar “a ser seguida por toda sociedade”. Ignora a evidência histórica e sociológica da pluralidade familiar e usa termo absoluto (“deve ser seguida”), armadilha comum.
D — sustenta que não se configura família sem pai ou mãe. Rejeita modelos contemporâneos (famílias monoparentais, famílias homoafetivas, etc.) e contraria a ideia de “novas configurações”.
E — afirma que a família tradicional é imutável e estática. O próprio enunciado nega isso ao falar da mudança intensa a partir da metade do século XX.

Dica de interpretação: desconfiar de termos absolutos (sempre, todo, imutável) e buscar no enunciado palavras-chave como dinâmica, “novas configurações” ou “mudança” — elas orientam para respostas que reconheçam pluralidade e transformação.

Fontes sugeridas: Anthony Giddens, "Sociologia"; Constituição Federal, art. 226.

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