Os conflitos militares não se ausentam do mundo contemporâneo. O etnocentrismo resiste, e as crenças religiosas provocam disputas, devastando culturas e mantendo tensões. Recentemente, no Oriente Médio:
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C
Tema central: trata-se da Primavera Árabe e das mobilizações contemporâneas no Oriente Médio/Norte da África — movimentos populares contra regimes autoritários que expressaram demandas por liberdade, dignidade e reformas políticas e sociais.
Resumo teórico rápido: revoltas de 2010–2012 tiveram causas múltiplas: crise econômica, desemprego, corrupção, repressão política e efeito de contágio. Foram protagonizadas por setores diversos (jovens, trabalhadores, classes médias), usando também redes sociais. Resultados variados: transição democrática relativa (Tunísia), golpes e retorno autoritário (Egito), guerra civil e intervenção externa (Síria, Líbia). Para leitura aprofundada, consulte relatórios da Freedom House e do International Crisis Group e análises jornalísticas da ONU e da BBC.
Por que a alternativa C é correta: ela expressa a ideia central das revoltas: houve um acirramento da luta política contra governos autoritários e um renovado desejo por liderança e democracia. Mesmo quando não resultaram imediatamente em regimes democráticos estáveis, as mobilizações renovaram aspirações democráticas e redes políticas — portanto, a alternativa capta o sentido político e social dos movimentos.
Análise das alternativas incorretas
A — Incorreta: apresenta uma conclusão absoluta de que a violência reestruturou governos e consolidou práticas democráticas ocidentais. Na realidade, apenas alguns países (ex.: Tunísia) caminharam para processos democráticos; outros viram retrocessos, golpes ou guerras.
B — Incorreta: exagera o papel de “exércitos europeus” — a intervenção em 2011 na Líbia foi uma coalizão liderada pela OTAN (incluindo países europeus e EUA), e no Egito não houve intervenção estrangeira que derrubasse o regime; foi a ação doméstica e o papel do Exército egípcio. Além disso “sem grandes dificuldades” é falso.
D — Incorreta: simplifica em excesso. Muitos movimentos eram seculares e civis; grupos religiosos participaram em alguns contextos, mas não foram a única força organizadora. Em alguns casos, organizações islâmicas ganharam espaço eleitoralmente, noutros houve fragmentação e violência.
E — Incorreta: nega a resistência violenta de regimes (ex.: Síria) e a complexidade das transições; muitas quedas foram acompanhadas por intensos conflitos e instabilidade.
Dica de interpretação: desconfie de enunciados absolutos ou generalizadores ("sem dificuldades", "sem violência") e identifique agentes (população, exércitos estrangeiros, grupos religiosos) — compare com fatos históricos concretos.
Fontes sugeridas: relatórios Freedom House (2011–2015), International Crisis Group, relatórios da ONU e reportagens da BBC sobre a Primavera Árabe.
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