(Serge Gruzinski. 1480-1520: a passagem do século, 2008. Adaptado.)

Considerando o mapa e o contexto histórico, é correto constatar que essas viagens

O mapa fornecido ilustra as rotas das viagens de Pedro Álvares Cabral (linha vermelha) e Vasco da Gama (linha verde), dois navegadores portugueses. Essas viagens ocorreram durante a Era dos Descobrimentos, no final do século XV e início do século XVI. Sobre essas rotas, vamos selecionar a alternativa correta:

A) Incorreta – Embora essas viagens tenham iniciado um processo que eventualmente levou à globalização e a uma economia planetária, afirmar que já estabeleceram uma "plena integração comercial" é exagerado. No início do século XVI, ainda não havia uma integração total e eficiente entre as diversas partes do mundo. Isso foi um processo que levou séculos.

B) Correta - As viagens de Cabral e Vasco da Gama foram cruciais para a globalização inicial. Eles estabeleceram rotas marítimas que conectaram a Europa com a África, a Ásia e, no caso de Cabral, com a América do Sul (Brasil). Isso permitiu o comércio de especiarias, mercadorias e, eventualmente, também de pessoas (escravizados). Essas conexões levaram ao intercâmbio de culturas, ideias e produtos entre continentes que anteriormente tinham pouco ou nenhum contato direto.

C) Incorreta - Embora alguns erros de navegação tenham ocorrido, como o desvio de Cabral que o levou ao Brasil, essas viagens foram em grande parte resultado de um projeto expansionista bem organizado por Portugal. A busca por novas rotas comerciais para as Índias era um objetivo claro e estratégico do governo português.

D) Incorreta – As viagens de Cabral e Vasco da Gama não têm relação com a hegemonia romana. A hegemonia romana se refere ao período da Antiguidade Clássica, muitos séculos antes das viagens de exploração portuguesas, que foram realizadas no contexto da expansão marítima europeia e da busca por novas rotas comerciais.

Gabarito – Letra B

Referência:

Monteiro, Ney Marino. "As grandes navegações e o descobrimento do Brasil." Revista da Escola Superior de Guerra 40 (2001): 188-209.