Os tupamaros são um movimento revolucionário que recorre a diversas formas de luta que incluem as formas terroristas. Porém a palavra terrorismo não basta de modo algum para definilos. Faz três anos, quando eu era chefe da Região Militar n.1, defendíamos que os tupamaros eram a expressão de um fenômeno social. Era necessário procurar suas raízes profundas; não podíamos combatê-los como simples delinquentes. Não se compreendeu assim. O governo preferiu ignorar a magnitude do fenômeno.

Entrevista de Eduardo Galeano a Seregni, publicada en el

semanario Marcha el 17 de septiembre de 1971. 17

set.1971.

Assinale a opção que indica o país onde o grupo tupamaros atuou nas décadas de 1960 e 1970.

Tema central da questão: A questão trata do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros, grupo revolucionário de viés guerrilheiro e inspiração marxista-leninista, atuante nas décadas de 1960 e 1970, e pede a identificação do país em que operou.

Explicação do tema: O MLN-T, ou Tupamaros, foi fundado em 1963 no Uruguai, inspirado em movimentos como a Revolução Cubana, com objetivo de promover profundas mudanças sociais, políticas e econômicas através da luta armada. Utilizavam táticas como assaltos a bancos, sequestros e atentados a bomba, buscando desgastar o regime e chamar atenção para causas populares. Entre seus membros, destacou-se José “Pepe” Mujica, posteriormente presidente uruguaio, símbolo da relação entre ativismo político e a história recente do país.

Justificativa da alternativa correta (D – Uruguai): A questão pode ser interpretada diretamente pelo reconhecimento do nome “Tupamaros”, fortemente associado à história uruguaia, e de figuras como Mujica e Raúl Sendic. O procedimento é identificar as palavras-chave (Tupamaros, guerrilha, décadas de 60/70, Mujica) e relacionar ao contexto nacional dos anos de regimes militares na América do Sul. Elementos do texto, como a análise de raízes sociais profundas do fenômeno, sugerem compreensão mais ampla do contexto uruguaio da época.

Análise das alternativas incorretas:

• A) Chile: No Chile, houve outros movimentos de esquerda, mas não Tupamaros.
• B) Bolívia: A Bolívia foi palco de guerrilhas (como a de Che Guevara), porém não há relação direta com Tupamaros.
• C) Argentina: A Argentina teve movimentos armados distintos, como Montoneros, mas não o MLN-T.

Essas alternativas podem confundir se o candidato generalizar os movimentos de guerrilha latino-americanos – fique atento às especificidades de nomes e figuras históricas.

Estrategicamente: Para futuras questões, associe grupos armados a seus países e principais líderes. Observe sempre enunciados com citações históricas ou nomes marcantes. Evite armadilhas comuns: não confunda guerrilhas uruguaias, argentinas, chilenas ou bolivianas, pois cada uma tem contexto próprio.

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