Questão e6c7bd60-e1
Prova:UEM 2010
Disciplina:História
Assunto:História do Brasil, República de 1954 a 1964

Durante o seu governo, Juscelino Kubitschek (JK), além de romper com o FMI, adotou uma política econômica recessiva de controle dos gastos públicos.

“Em maio de 1959, JK recebeu Fidel Castro no Rio de Janeiro e homenageou o líder da Revolução Cubana. Em junho, no ato mais espetaculoso de seu governo, JK rompeu negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmando que o Brasil não era ‛mais o parente pobre relegado à cozinha’. Era o início de uma política externa ‛desalinhada’ da dos Estados Unidos – que acabou desembocando no golpe militar de 1964. Com a posse de Jânio Quadros, em 1961, o Brasil manteria a mesma postura da era JK. Jânio não apenas se recusou a apoiar o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba como – além de enviar Jango à China e à Alemanha Oriental e saudar o astronauta soviético Gagárin – voltou a homenagear Fidel e concedeu ao guerrilheiro Che Guevara, em Brasília, a mais alta insígnia nacional: a Ordem do Cruzeiro do Sul.” (FOLHA DE S. PAULO. História do Brasil. Os 500 anos do país em uma obra completa, ilustrada e atualizada. São Paulo: Publifolha 1997, p. 245). Com base nesse fragmento e em seus conhecimentos sobre a História do Brasil Republicano, assinale a alternativa correta.

C
Certo
E
Errado

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: política econômica de Juscelino Kubitschek (1956–1961) — seu modelo desenvolvimentista, Plano de Metas e a ruptura política com o FMI. Para responder, é preciso diferenciar política expansionista de investimento público de medidas austeras ou recessivas de contenção de gastos.

Resumo teórico: JK adotou o desenvolvimentismo: estimulou a indústria por substituição de importações, grandes projetos de infraestrutura (rodovias, energia, construção de Brasília), financiamento público e atração de capitais estrangeiros. O Plano de Metas priorizou investimento estatal e incentivos ao setor privado, gerando crescimento econômico acelerado — não corte rigoroso de despesas.

Por que a afirmativa é errada? A frase afirma que, além de romper com o FMI, JK adotou “uma política econômica recessiva de controle dos gastos públicos”. Isso contraria o núcleo da política de seu governo: ele rompeu negociações com o FMI como gesto de autonomia, mas manteve e até ampliou gastos e investimentos públicos para promover crescimento. Sua opção foi pela expansão do crédito, déficits controlados temporariamente e forte investimento público — medidas expansionistas, não recessivas.

Importante citar: obras de referência sobre esse período incluem Boris Fausto (História do Brasil) e estudos de economistas e historiadores como Thomas Skidmore, que tratam o período de JK como marcado por políticas de incentivo ao crescimento e modernização, e não por austeridade fiscal.

Dica de prova: ao encontrar expressões contraditórias (rompimento com FMI — que sugere autonomia econômica — + “política recessiva de controle de gastos”), cheque mentalmente o projeto político do governante: Juscelino é conhecido pelo Plano de Metas e expansão pública. Essa associação ajuda a identificar a alternativa errada rapidamente.

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