Durante o seu governo, Juscelino Kubitschek (JK),
além de romper com o FMI, adotou uma política
econômica recessiva de controle dos gastos públicos.
“Em maio de 1959, JK recebeu Fidel Castro no Rio de
Janeiro e homenageou o líder da Revolução Cubana. Em
junho, no ato mais espetaculoso de seu governo, JK
rompeu negociações com o Fundo Monetário
Internacional (FMI), afirmando que o Brasil não era
‛mais o parente pobre relegado à cozinha’. Era o início de
uma política externa ‛desalinhada’ da dos Estados Unidos
– que acabou desembocando no golpe militar de 1964.
Com a posse de Jânio Quadros, em 1961, o Brasil
manteria a mesma postura da era JK. Jânio não apenas se
recusou a apoiar o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba
como – além de enviar Jango à China e à Alemanha
Oriental e saudar o astronauta soviético Gagárin – voltou
a homenagear Fidel e concedeu ao guerrilheiro Che
Guevara, em Brasília, a mais alta insígnia nacional: a
Ordem do Cruzeiro do Sul.” (FOLHA DE S. PAULO.
História do Brasil. Os 500 anos do país em uma obra
completa, ilustrada e atualizada. São Paulo: Publifolha
1997, p. 245). Com base nesse fragmento e em seus
conhecimentos sobre a História do Brasil Republicano,
assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — Errado
Tema central: política econômica de Juscelino Kubitschek (1956–1961) — seu modelo desenvolvimentista, Plano de Metas e a ruptura política com o FMI. Para responder, é preciso diferenciar política expansionista de investimento público de medidas austeras ou recessivas de contenção de gastos.
Resumo teórico: JK adotou o desenvolvimentismo: estimulou a indústria por substituição de importações, grandes projetos de infraestrutura (rodovias, energia, construção de Brasília), financiamento público e atração de capitais estrangeiros. O Plano de Metas priorizou investimento estatal e incentivos ao setor privado, gerando crescimento econômico acelerado — não corte rigoroso de despesas.
Por que a afirmativa é errada? A frase afirma que, além de romper com o FMI, JK adotou “uma política econômica recessiva de controle dos gastos públicos”. Isso contraria o núcleo da política de seu governo: ele rompeu negociações com o FMI como gesto de autonomia, mas manteve e até ampliou gastos e investimentos públicos para promover crescimento. Sua opção foi pela expansão do crédito, déficits controlados temporariamente e forte investimento público — medidas expansionistas, não recessivas.
Importante citar: obras de referência sobre esse período incluem Boris Fausto (História do Brasil) e estudos de economistas e historiadores como Thomas Skidmore, que tratam o período de JK como marcado por políticas de incentivo ao crescimento e modernização, e não por austeridade fiscal.
Dica de prova: ao encontrar expressões contraditórias (rompimento com FMI — que sugere autonomia econômica — + “política recessiva de controle de gastos”), cheque mentalmente o projeto político do governante: Juscelino é conhecido pelo Plano de Metas e expansão pública. Essa associação ajuda a identificar a alternativa errada rapidamente.
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