Foi um período marcado pela influência da burguesia industrial nos assuntos e nas decisões do governo federal.

Alternativa correta: E (Errado)

Tema central: trata-se da distribuição de poder social e político na Primeira República (1889–1930) — saber identificar quais grupos realmente dominavam o Estado e a formulação de políticas.

Resumo teórico: a Primeira República foi dominada pelas oligarquias agrárias regionais (especialmente os cafeicultores de São Paulo e a elite de Minas — a chamada "política do café com leite"), pelo coronelismo e pela influência dos governadores estaduais sobre a política federal. O poder estava centrado em elites rurais e nas estruturas oligárquicas locais; a industrialização era incipiente e os industriais não exerciam posição hegemônica nas decisões do governo central. (Ver: Boris Fausto, História do Brasil; Thomas E. Skidmore, Brazil: Five Centuries of Change.)

Por que a afirmação é errada: dizer que o período foi "marcado pela influência da burguesia industrial" confunde causa e efeito. A burguesia industrial era pequena e pouco estruturada politicamente na maior parte do período; o núcleo decisório federal respondia mais aos interesses agrários exportadores e às articulações entre oligarquias estaduais. A presença política efetiva da indústria só se fortaleceu ao final da década de 1920 e, sobretudo, com a Revolução de 1930 e o governo Vargas.

Exemplos práticos: eleições e políticas favoreciam os cafeicultores (correntes de crédito, infraestrutura para exportação); o coronelismo controlava o voto em zonas rurais. Greves e organização operária surgiram, mas não significaram dominação da burguesia industrial sobre o Estado.

Estratégia para questões similares: atente às palavras absolutas como "marcado por" ou "dominante". Identifique quem tinha controle econômico e político real — no caso, as oligarquias agrárias — e relacione com momentos-chave (política do café com leite, coronelismo, Constituição de 1891, 1930).

Fontes recomendadas: Boris Fausto, História do Brasil; Thomas E. Skidmore, Brazil: Five Centuries of Change; José Murilo de Carvalho, A formação das almas.

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