O escravo africano foi utilizado na produção de
açúcar no Brasil e na produção de algodão e tabaco
nos atuais Estados Unidos e Haiti, entre outros.
Uma das características mais marcantes da história dos
povos africanos é o tráfico de escravos, que se inicia no
século VII e persiste até o século XIX. A respeito do
tráfico e da escravidão de africanos, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: trata-se do papel do trabalho africano escravizado nas economias coloniais americanas — em especial na produção de açúcar no Brasil e na produção de algodão e tabaco nas áreas que hoje correspondem aos Estados Unidos e ao Haiti. Esse é um conhecimento fundamental para concursos sobre História do Brasil e história atlântica/colonial.
Resumo teórico progressivo: a escravidão africana integrava redes diversas (tráfico transatlântico e tráfico interno) e foi base da economia de plantation nas Américas entre os séculos XVI e XIX. No Brasil colonial, o açúcar foi a principal cultura de exportação sustentada por trabalho escravo. Nas colônias britânicas da América do Norte e no Caribe (incluindo a antiga colônia francesa de Saint‑Domingue, hoje Haiti), o trabalho escravo sustentou culturas de exportação como algodão, tabaco, açúcar e café, dependendo da região e do período.
Justificativa da resposta: a afirmação é correta porque sintetiza o padrão econômico do Atlântico colonial: o escravo africano foi efetivamente empregado em grandes plantações para produzir commodities de exportação. No Brasil, o açúcar dominou grande parte do período colonial; nos atuais Estados Unidos do Sul, tabaco (séculos XVII–XVIII) e, posteriormente, algodão (século XIX) foram produzidos com trabalho escravo; em Saint‑Domingue/Haiti, embora o açúcar e o café tenham sido predominantes, também havia produção de outras culturas e presença massiva de trabalho escravo — por isso a expressão "entre outros" amplia corretamente a afirmação.
Fontes recomendadas: David Eltis, The Rise of African Slavery in the Americas; Emília Viotti da Costa, A Escravidão; Paul E. Lovejoy, Transformations in Slavery. Para dados regionais: estudos sobre Saint‑Domingue/Haiti e a economia do sul dos EUA (ex.: historiografia sobre o “cotton kingdom”).
Dica de interpretação para provas: identifique termos amplos como "entre outros" e o escopo geográfico; avalie se a frase descreve um padrão histórico plausível. Aqui a generalização é válida porque retrata a utilização generalizada de trabalho escravo nas principais culturas de exportação das Américas.
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