A partir do século XV, a obtenção de africanos
escravizados, na África subsaariana, envolvia
negociações entre comerciantes europeus e líderes
africanos. Os líderes locais africanos ofereciam aos
europeus seus prisioneiros escravizados em troca de
tecidos, armas de fogo e outros produtos.
Uma das características mais marcantes da história dos
povos africanos é o tráfico de escravos, que se inicia no
século VII e persiste até o século XIX. A respeito do
tráfico e da escravidão de africanos, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: o enunciado trata da dinâmica do tráfico de africanos a partir do século XV, quando o envolvimento europeu na costa da África subsaariana cresceu e a compra de pessoas escravizadas passou a ocorrer, em grande parte, por intermédio de negociações com líderes e comerciantes africanos.
Resumo teórico e justificativa: A afirmação está correta porque, com a formação do comércio atlântico (século XV em diante), comerciantes europeus estabeleciam feitorias e relações comerciais na costa africana e adquiriam escravizados sobretudo por meio de trocas com agentes locais — chefes, mercadores e intermediários — que forneciam prisioneiros de guerra, vítimas de punições internas ou capturados em redes de comércio regional.
Os bens oferecidos incluíam tecidos, armas de fogo e outros produtos manufaturados, o que alterou balanços de poder locais e incentivou guerras e capturas para atender à demanda europeia (ver sínteses em Lovejoy; base de dados Slave Voyages).
Aspectos importantes a lembrar:
• Havia cooperação e negociação, mas também violência, sequestros e pressões externas — não se trata de uma relação puramente voluntária.
• Diferentes mercados de escravidão existiam (transaariano, índico, atlântico) e variaram em cronologia e métodos; a descrição do enunciado refere-se principalmente ao comércio atlântico que se intensificou a partir do século XV.
Fontes recomendadas: projetos e estudos consolidados, como o banco de dados Slave Voyages (slavevoyages.org) e obras de Paul E. Lovejoy e John Thornton, além de sínteses da UNESCO sobre o tráfico de escravos.
Raciocínio didático: síntese — europeu precisa de mão de obra; presença costeira limitada; solução prática: negociar com autoridades locais que já controlavam redes de captura e comércio; pagamento em bens como tecidos e armas; resultado: integração das elites africanas ao circuito comercial e maior violência regional.
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