O comércio de escravos e a utilização de mão de obra
africana representaram um entrave para o
desenvolvimento das práticas mercantilistas.
Mercantilismo é a denominação dada a um conjunto de
práticas e idéias econômicas que se desenvolveram na
Idade Moderna. A respeito de Mercantilismo, assinale
a alternativa correta.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: Mercantilismo — conjunto de práticas econômicas da Idade Moderna voltadas à acumulação de metais preciosos, intervenção estatal, busca de superávit comercial e exploração colonial. A pergunta avalia se o comércio de escravos e a mão de obra africana foram um "entrave" a essas práticas.
Resumo teórico curto e progressivo: O mercantilismo incentivava Estados-nação a controlar o comércio e usar colônias como fonte de matérias‑primas e mercados. Políticas como monopólios, companhias de comércio, tarifas e medidas para favorecer exportações visavam enriquecer a metrópole. As plantações coloniais (açúcar, tabaco, algodão) produziram bens de alto valor para exportação, sustentando o objetivo mercantilista de superávit comercial.
Por que a alternativa E (Errado) é a correta: A afirmação do enunciado diz que o comércio de escravos e a mão de obra africana foram um entrave ao mercantilismo — isto é falso. Na realidade, o tráfico atlântico de escravos e o trabalho forçado nas colônias foram fatores centrais para o funcionamento do sistema mercantilista, porque:
- Produção para exportação: As plantações escravistas produziram commodities (açúcar, tabaco, algodão) que geravam receitas de exportação e lucro para as metrópoles.
- Acumulação de riqueza: O comércio colonial e o comércio de escravos impulsionaram navegação, seguros e serviços financeiros, contribuindo para a acumulação de capital e entrada de metais preciosos.
- Integração imperial: Colônias forneciam matérias‑primas baratas e eram mercados cautivos, exatamente o objetivo das políticas mercantilistas.
Fontes clássicas que discutem essa relação: Capitalism and Slavery (Eric Williams, 1944) e obras coletivas como o Cambridge Economic History, que tratam do papel econômico do tráfico e da escravidão no comércio europeu.
Dica de interpretação para provas: Desconfie de enunciados que afirmam que um fenômeno tão integrado ao sistema foi "entrave" — aqui há contradição com o conceito de mercantilismo, que privilegiava exatamente a extração e exportação colonial.
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