Os escravos urbanos, em grande parte, exerciam atividades que permitiam sua livre circulação.
Comparando-os com os escravos rurais, podemos concluir corretamente sobre a condição escrava que:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: compreende-se a diferença entre as experiências de escravos urbanos e rurais e a condição jurídico-social comum a ambos — isto é, apesar de variações nas tarefas e na circulação, ambos eram juridicamente propriedade e privados de autonomia.
Resumo teórico: os escravos urbanos podiam ter maior mobilidade (trabalhos de ofício, comércio, serviços domésticos) e relações mais estreitas com terceiros, o que às vezes favorecia possibilidades de ganho próprio, alforrias e contatos sociais. Já os rurais, nas fazendas e engenhos, viviam sob supervisão rígida, disciplinados por rotina laboral e castigos físicos. No entanto, a condição legal de escravo era a mesma: eram considerados bens do senhor, sem direitos civis plenos (ver Emília Viotti da Costa; João José Reis; Flávio dos Santos Gomes). A abolição só se efetivou com a Lei Áurea (1888).
Por que a letra D está correta: ela afirma que, independentemente da atividade, todos os escravos deviam obediência forçada a um senhor e eram privados de autonomia e liberdade — descrição que corresponde à essência do status escravagista. A diferença entre urbano e rural era de grau e rotina, não de natureza jurídica.
Análise das alternativas erradas:
A — exagera: algumas escravas domésticas tinham relações pessoais com as senhoras, mas isso não garantia proteção generalizada; eram vulneráveis a violência e abuso. (Falsa generalização).
B — incorreta: a convivência com o senhor nem sempre reduzia penalidades; punições eram exercidas tanto no campo quanto na cidade; a afirmação inverte a relação causal.
C — falsa: filhos de escravos não tinham liberdade assegurada por “lucros” dos pais; a escravidão era hereditária até a abolição, salvo casos de manumissão.
E — ingênua: a formação de quilombos pressionou alguns senhores, mas não houve melhora generalizada e imediata das condições de vida de todos os escravos; quilombos foram resistência, não política de proteção patronal.
Dica de interpretação: desconfie de alternativas que transformam exceções (proteções, manumissões) em regra. Busque distinguir entre condição legal (igual para todos) e condições de vida (variáveis).
Fontes sugeridas: Emília Viotti da Costa, João José Reis, Flávio dos Santos Gomes; Lei Áurea (1888).
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