Leia o texto a seguir.

Valores anormais de um estado climático médio observado ao longo do tempo são comumente chamados de ‘eventos extremos’. Esses eventos ocorrem em escalas temporais que variam de horas, dias e até mesmo milênios [...]. Dependendo das vulnerabilidades existentes, esses eventos podem impactar seriamente os sistemas humanos atingidos, ocasionando um desastre natural. Dessa forma, a ocorrência de desastres suscitam e expõem a vulnerabilidade das populações, alterando o funcionamento das sociedades e o bem-estar social.

Extremos climáticos e desastres naturais. Osvaldo Luiz Leal de Moraes e José Antônio Marengo Orsini. Revista Opiniões. Disponível em:<https://florestal.revistaopinioes.com.br/revista/detalhes/9-extremos-climaticos-e-desastres-naturais/>. Acesso em: 14 mar. 2019.

Conforme o texto, há eventos extremos correlacionados com o tempo e com o clima. São exemplos de eventos extremos ligados ao tempo:

Resposta: alternativa A

Tema central: distinção entre extremos associados ao tempo (fenômenos meteorológicos de curta duração) e extremos associados ao clima (mudanças nas tendências e na estatística de eventos ao longo de décadas). Conceito-chave: clima = comportamento médio do tempo numa escala de ~30 anos (WMO/IPCC).

Resumo teórico (curto e prático): eventos de tempo são acontecimentos de horas a dias (tempestades convectivas, chuvas intensas, enchentes rápidas, vendavais, tornados). Extremos climáticos referem-se a mudanças na frequência/intensidade desses eventos ao longo de décadas (ex.: aumento sustentado de noites quentes). Fonte: glossário WMO; relatórios IPCC sobre extremos.

Por que a alternativa A é correta: ela descreve extremos de chuva e enchentes ocorrendo em alguns dias de verão em grandes cidades — claramente eventos de curta duração, isto é, ligados ao tempo. A pergunta pedia exemplos de eventos extremos relacionados ao tempo (horas/dias), portanto A atende exatamente ao critério.

Análise das alternativas incorretas:

B — fala em tendências (mais noites/dias quentes, menos frios), ou seja, mudanças de frequência ao longo do tempo, caracterizando um sinal climático (escala decadal), não um evento de tempo.

C — descreve aumento de intensidade e frequência ao longo de mais de três décadas: é uma tendência climática (escala de décadas), não um evento pontual de tempo.

D — afirma aumento da intensidade dos raios solares por redução da camada de ozônio: isso mistura fenômenos (ozônio/UV) e não corresponde a um exemplo típico de evento meteorológico de curta duração; além disso, redução do ozônio altera UV-B, não implica diretamente em aumento global da intensidade solar na superfície como “evento de tempo”.

E — menciona aumento de evapotranspiração e consequência para temperatura/chuva urbana: é um enunciado processual e de balanço energético/urbano, não descreve um evento de tempo de curta duração; também apresenta relação causal simplificada e inadequada para ser exemplo típico de evento do tempo.

Dica de prova / pegadinhas: procure palavras-chave de escala temporal: “horas”, “dias” → tempo (eventos); “décadas”, “tendência”, “frequência ao longo de anos” → clima (mudanças/climáticas). Isso resolve rápido a maioria das questões sobre extremos.

Fontes sugeridas: WMO Glossary; IPCC AR5/AR6 (capítulos sobre extremos e detecção/atribuição).

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