Completam-se assim os três elementos constitutivos da
organização agrária do Brasil colonial: a grande propriedade,
a monocultura e o trabalho escravo. Estes três elementos se
conjugam num sistema típico, a “grande exploração rural”,
isto é, a reunião numa mesma unidade produtora de grande número de indivíduos; é isto que constitui a célula fundamental da economia agrária brasileira. Como constituirá também a base principal em que se assenta toda a estrutura do
país, econômica e social.
(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1973.)
O autor descreve a colonização do Brasil como um empreendimento que
Completam-se assim os três elementos constitutivos da organização agrária do Brasil colonial: a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo. Estes três elementos se conjugam num sistema típico, a “grande exploração rural”, isto é, a reunião numa mesma unidade produtora de grande número de indivíduos; é isto que constitui a célula fundamental da economia agrária brasileira. Como constituirá também a base principal em que se assenta toda a estrutura do país, econômica e social.
(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1973.)
O autor descreve a colonização do Brasil como um empreendimento que
Gabarito comentado
Resposta correta: C
Tema central: o texto trata da organização agrária colonial brasileira — caracterizada pela grande propriedade, monocultura e trabalho escravo — que compõe o modelo conhecido como plantation, voltado à produção de bens tropicais para exportação.
Resumo teórico rápido: No Brasil colonial predominou o latifúndio (latifúndio-exportador), a monocultura voltada ao mercado externo (açúcar no Nordeste, depois café no Sudeste) e a dependência de mão de obra escrava africana. Esse conjunto formou a base econômica e social da colônia, segundo historiadores como Caio Prado Júnior (Formação do Brasil Contemporâneo).
Justificativa da alternativa C: A alternativa C afirma que a colonização "estava baseado na produção em grande escala de produtos tropicais para exportação" — exatamente a síntese do sistema de plantation descrito no texto. Os três elementos citados (grande propriedade, monocultura e escravidão) convergem para uma economia orientada ao comércio exterior, o que torna C correta.
Análise das alternativas incorretas:
A: "Enviar o excesso de população" — incorreta. A colonização portuguesa do Brasil não teve como objetivo principal o alívio demográfico europeu; pelo contrário, houve escassez de colonos europeus e dependência de trabalho escravo.
B: "Inaugurava a base de uma democracia" — incorreta. O regime agrário colonial assentava desigualdade social, privilégios latifundiários e poder político oligárquico, longe de qualquer democracia social ou econômica.
D: "Defender o território" — parcialmente verdadeira em momentos específicos (expedições, bandeiras), mas não resume a natureza econômica do empreendimento colonial que o texto enfatiza; portanto não responde ao enunciado.
E: "Expandir o cristianismo por meio da escravidão" — incorreta. A evangelização foi prática missionária presente, mas a escravidão e a colonização visavam sobretudo exploração econômica; transformar a evangelização na finalidade principal distorce a real motivação.
Dica de prova: ao ver expressões como grande propriedade + monocultura + trabalho escravo, associe imediatamente a economia de plantation e à exportação. Desconfie de alternativas que transformam fins econômicos em objetivos sociais ou demográficos.
Fontes breves: Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo; estudos clássicos sobre plantation e escravidão (historiografia brasileira).
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