Por mais de 70 anos, a partir do início do século XV, a
expansão marítima portuguesa orientou-se em direção do
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: Expansão marítima portuguesa do século XV — objetivo, rotas iniciais e motivações. É essencial saber quando (início do séc. XV), quem (Portugal, apoio de infante D. Henrique) e por que (comércio direto, busca de ouro, especiarias, e tráfico de escravos) para escolher a alternativa correta.
Resumo teórico: No século XV Portugal investiu em navegações ao longo do litoral atlântico africano. Técnica (caravelas), cartografia melhorada e feitorias criaram uma rota costeira gradual rumo ao sul — Arguim, Ceuta (anteriores), depois Elmina, entre outros. O objetivo inicial era estabelecer feitorias e controlar o comércio de ouro, marfim e escravos com populações locais, contornando intermediários do Mediterrâneo.
Por que A está correta: A alternativa descreve precisamente a direção e os objetivos das primeiras décadas: exploração e comércio no litoral atlântico africano, com estabelecimento de feitorias e tráfico de escravos — ação típica das décadas iniciais do século XV e além. Fontes clássicas: Charles R. Boxer, The Portuguese Seaborne Empire; análises sintetizadas por Fernand Braudel.
Análise das alternativas incorretas:
B — Falsa: após 1453 Constantinopla caiu aos otomanos, mas a menção a "palestinos" é equivocada; além disso a direção principal das primeiras navegações portuguesas não foi o Atlântico Norte.
C — Falsa: busca do comércio oriental via canal de Suez ou mar Vermelho é anacrônica (o Canal de Suez só no séc. XIX) e não corresponde à estratégia portuguesa inicial, que era contornar a África pelo Atlântico e depois pelo Índico.
D — Falsa: o Atlântico ocidental e a tese de alcançar as Índias navegando para oeste correspondem à proposta de exploradores espanhóis (Cristóvão Colombo) e à escola de pensamento italiana, não à rota portuguesa inicial ao longo da costa africana.
E — Falsa: a ideia de “libertar rotas no Mediterrâneo por acordo” não descreve a política portuguesa; Portugal buscou rotas alternativas marítimas, não acordos para dominar o Mediterrâneo.
Dica de prova: Procure palavras-chave temporais e geográficas (ex.: "início do séc. XV", "70 anos", "litoral africano") e verifique anacronismos (como Canal de Suez) ou termos incorretos que denunciem alternativas erradas.
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