Questão d7f547ae-0c
Prova:UESPI 2011
Disciplina:História
Assunto:História Geral

As teorias dos economistas clássicos foram importantes para consolidar o capitalismo e reorganizar a produção da época, quebrando tradições nos negócios e rompendo preconceitos com relação ao uso do trabalho assalariado. Os economistas clássicos:

A
definiam a necessidade de intensificar a colonização, focalizando a produção no avanço das técnicas agrícolas e na exportação de mercadorias.
B
reforçaram as teses dos mercantilistas, mas redefiniram o lugar do trabalho, defendendo a melhoria salarial e o fim da escravidão.
C
criticavam a excessiva interferência do Estado na economia, derrubando teses mercantilistas e valorizando o trabalho produtivo.
D
admitiram a ideia de que a agricultura era a grande fonte de riqueza e seguiram os caminhos sugeridos pelos fisiocratas.
E
estavam desatualizados com as questões financeiras da época, sendo criticados pelos pensadores iluministas franceses.

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: C

Tema central: entende-se aqui o papel dos economistas clássicos (século XVIII–XIX) na formação do capitalismo: defesa do livre mercado, crítica ao mercantilismo e valorização do trabalho produtivo. Para resolver a questão, é preciso reconhecer as diferenças entre mercantilismo, fisiocracia e pensamento clássico (Adam Smith, David Ricardo).

Resumo teórico: os clássicos — sobretudo Adam Smith (A Riqueza das Nações, 1776) e David Ricardo — criticaram a intervenção estatal excessiva (políticas protecionistas e privilégios mercantilistas) e defenderam o princípio do laissez-faire. Valorizaram o trabalho como fonte de valor (teoria do valor-trabalho) e defenderam a eficiência da produção regulada pelo mercado. Não seguiram integralmente os fisiocratas (que viam a agricultura como única fonte de riqueza — Quesnay) nem promoveram automaticamente reformas sociais como abolição ou aumento salarial universal.

Por que a alternativa C é correta: ela sintetiza dois pontos-chave dos clássicos: a crítica à intervenção estatal (queda das teses mercantilistas) e a valorização do trabalho produtivo. Esses elementos aparecem claramente em Smith e Ricardo, que propunham maior liberdade econômica e destaque à produção como geradora de riqueza.

Análise das alternativas incorretas:

A — Falsa. Fala em intensificar colonização e foco agrícola/exportador: é mais associado ao mercantilismo/colonialismo e, em parte, à fisiocracia. Os clássicos não defendiam necessariamente intensificação colonial como prioridade teórica.

B — Falsa. Dizer que reforçaram os mercantilistas é contraditório: os clássicos criticaram o mercantilismo. Além disso, embora tenham mudado a visão sobre trabalho assalariado, não houve defesa homogênea do aumento salarial nem do fim explícito da escravidão como princípio central do pensamento clássico.

D — Falsa. Afirma que seguiram os fisiocratas (agricultura como fonte única de riqueza). Os clássicos divergiram: aceitaram a importância da agricultura, mas reconheceram a indústria e o comércio como geradores de riqueza também.

E — Falsa. Afirmar que estavam desatualizados e criticados pelos iluministas franceses é impreciso: muitos economistas clássicos foram influenciados pelo Iluminismo; não eram rejeitados por ele como “desatualizados”.

Estratégia para provas: atente a palavras-chave — “mercantilistas”, “fisiocratas”, “agricultura como única fonte” e “interferência do Estado”. Cruce essas pistas com autores: se o enunciado fala em laissez-faire e “valorização do trabalho produtivo”, a opção que indica crítica ao Estado e ruptura com o mercantilismo tende a ser a correta.

Fontes sugeridas: Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776); David Ricardo, Princípios da Economia; Heilbroner, The Worldly Philosophers (introdução histórica).

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