As políticas imperialistas e colonialistas do século XIX
provocaram desdobramentos nas sociedades mundiais, a
exemplo
Se tomarmos como referência a história
econômica mundial, veremos que o fenômeno da
globalização é recente, não ultrapassando cinco
séculos de existência. Tendo sua origem com a
expansão marítima europeia no século XV,
amadurece com a Revolução Industrial e as
políticas imperialistas e colonialistas do século
XIX, e se consolida com a globalização neoliberal
do século XX. Cada etapa apresenta seus
contornos ideológicos e seus significados
históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Se tomarmos como referência a história econômica mundial, veremos que o fenômeno da globalização é recente, não ultrapassando cinco séculos de existência. Tendo sua origem com a expansão marítima europeia no século XV, amadurece com a Revolução Industrial e as políticas imperialistas e colonialistas do século XIX, e se consolida com a globalização neoliberal do século XX. Cada etapa apresenta seus contornos ideológicos e seus significados históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Gabarito comentado
Resposta correta: C
Tema central: políticas imperialistas e colonialistas do século XIX e seus desdobramentos políticos internacionais. Para resolver a questão é preciso relacionar a expansão colonial com as tensões entre potências europeias — especialmente a insatisfação alemã — e como isso contribuiu para a corrida armamentista e, em última instância, para a Primeira Guerra Mundial.
Resumo teórico: No final do século XIX houve a “partilha da África” (Conferência de Berlim, 1884–85) e intensificação da competição colonial. A Alemanha, unificada em 1871, entrou tardiamente na corrida colonial e ficou ressentida com a distribuição de espaços de influência. Esse ressentimento alimentou rivalidades com Reino Unido e França, contribuindo para alianças militares e corrida naval (ex.: construção de couraçados Dreadnought a partir de 1906). Essas dinâmicas estão entre as causas estruturais da Primeira Guerra Mundial (ver Eric Hobsbawm, The Age of Empire; Christopher Clark, The Sleepwalkers).
Justificativa da alternativa C: A alternativa C aponta corretamente que a insatisfação alemã com a partilha da África tensionou as relações internacionais e incentivou a corrida armamentista — fatores relevantes para a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Portanto, é a melhor síntese do impacto imperialista do século XIX sobre a política mundial.
Análise das alternativas incorretas:
A — Afirma um suposto “processo civilizatório” imposto como progresso linear. Trata-se de discurso racista e ideológico do imperialismo, não de um efeito social neutralmente observado. Além disso, formula em termos teleológicos e errôneos.
B — A universalização dos princípios da Declaração de 1789 não ocorreu nas colônias: muitas potências europeias mantiveram regimes coloniais autoritários e racistas. A alternativa confunde princípios ideológicos revolucionários com a prática colonial.
D — Refere apoio nazista a lutas anticoloniais em Afro-Ásia: anacronismo e imprecisão. Movimentos de libertação anticolonial ganharam força no século XX após a Segunda Guerra; a Alemanha nazista (década de 1930–40) não foi agente significativo de apoio organizado a esses movimentos em benefício do enfraquecimento franco-britânico.
E — A ideia de isolamento dos EUA após a Guerra de Secessão é equivocada. Embora os EUA tenham evitado alianças europeias formais por décadas, não se isentaram de disputas por mercados e intervenções (por exemplo, Doutrina Monroe, política latino-americana, expansão econômica).
Estratégia de prova: atente a marcadores temporais (século XIX), a coerência causal (imperialismo → rivalidades → corrida armamentista → guerra) e a presença de anacronismos ou generalizações ideológicas nas alternativas.
Fontes sugeridas: Eric Hobsbawm, The Age of Empire; Christopher Clark, The Sleepwalkers; documentos sobre a Conferência de Berlim (1884–85).
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