A identificação da expansão marítima europeia no século XV
como o primeiro grande movimento de globalização, apontado
no texto, deve-se
Se tomarmos como referência a história
econômica mundial, veremos que o fenômeno da
globalização é recente, não ultrapassando cinco
séculos de existência. Tendo sua origem com a
expansão marítima europeia no século XV,
amadurece com a Revolução Industrial e as
políticas imperialistas e colonialistas do século
XIX, e se consolida com a globalização neoliberal
do século XX. Cada etapa apresenta seus
contornos ideológicos e seus significados
históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Se tomarmos como referência a história econômica mundial, veremos que o fenômeno da globalização é recente, não ultrapassando cinco séculos de existência. Tendo sua origem com a expansão marítima europeia no século XV, amadurece com a Revolução Industrial e as políticas imperialistas e colonialistas do século XIX, e se consolida com a globalização neoliberal do século XX. Cada etapa apresenta seus contornos ideológicos e seus significados históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: a questão trata da origem da globalização do ponto de vista econômico — ou seja, do estabelecimento de redes intercontinentais de trocas a partir da expansão marítima europeia (século XV).
Resumo teórico e fontes: a expansão ibérica e depois holandesa e inglesa criou rotas comerciais e fluxos de mercadorias, pessoas e capitais que integraram economias antes isoladas. Conceitos úteis: mercantilismo, comércio atlântico, tráfico transatlântico de escravos, circulação de metais preciosos (ex.: prata de Potosí) e a conexão Ásia-América pela rota Manila–Acapulco. Leituras recomendadas: Fernand Braudel, Civilização Material, Economia e Capitalismo; Immanuel Wallerstein, The Modern World-System; e documentos como o Tratado de Tordesilhas (1494) que regulou disputas territoriais.
Justificativa da alternativa E: a alternativa E descreve corretamente as relações econômicas fundamentais formadas na época: a África como fonte de mão de obra escrava para as colônias, a Ásia como provedora de especiarias e bens de luxo, e a América como origem de metais preciosos (ouro e, sobretudo, prata). Esses elementos foram centrais para o mercantilismo e para a integração comercial transatlântica e transpacífica (ex.: prata americana circulando até a China via galeões de Manila).
Análise das alternativas incorretas:
A: incorreta — supõe isolamento absoluto e falta de estruturas estatais na África pré-colonial; a África já possuía reinos e redes comerciais internas e externas (ex.: comércio trans-saariano).
B: incorreta — nega trocas entre povos pré-colombianos; havia comércio e Estados complexos (inca, maia, asteca) com estratificação social e economias sofisticadas.
C: incorreta — exagera o papel do Mediterrâneo como eixo exclusivo na época das Grandes Navegações; as rotas atlânticas e circunavegação para as Índias (via Cabo da Boa Esperança) foram centrais para as novas conexões globais, e a disputa ibérica ocorreu também fora do Mediterrâneo.
D: incorreta — fala em equilíbrio e estabilidade entre continentes; a integração colonial criou desigualdades, acumulação de capital e destruição de economias locais, não um equilíbrio facilitador do capitalismo.
Dica de prova: busque nas alternativas evidências concretas de fluxos comerciais intercontinentais (mercadorias específicas, rotas, escravidão) — são pistas de que a alternativa está alinhada com a historiografia sobre a globalização iniciada no século XV.
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