A partir do Século VI, o desenvolvimento do comércio provocou grande transformação na vida econômica, política e social dos povos da Europa. Intensificaram-se as transações comerciais no Mediterrâneo, a moeda passou a ser mais usada, novas cidades surgiram e as que já existiam cresceram, os artesãos formaram as corporações de ofício que tinham como objetivo
Gabarito comentado
Gabarito: D — assegurar a produção, a qualidade do produto e garantir o monopólio da atividade profissional.
Tema central: trata-se da expansão comercial medieval e do papel das corporações de ofício (guildas de artesãos) nas cidades europeias. Conhecer a diferença entre guildas de ofício (craft guilds) e corporações mercantis (merchant guilds/ligações comerciais) é essencial.
Resumo teórico claro: a partir do século VI (com aceleração nos séculos XI–XIII) houve renascimento urbano e comercial. Nas cidades, os artesãos organizaram-se em corporações para regulamentar a produção: fixavam técnicas, padronizavam qualidade, controlavam acesso à profissão (aprendizes, companheiros, mestres) e obtinham privilégios que criavam um monopólio local sobre determinada atividade. Já as corporações mercantis ou ligas (ex.: Liga Hanseática) atuavam na proteção e expansão do comércio.
Fontes de referência: obras clássicas sobre economia medieval, p. ex. Fernand Braudel, The Mediterranean and the Mediterranean World in the Age of Philip II (contexto econômico) e Georges Duby (sobre sociedade urbana e profissões).
Justificativa da alternativa correta (D): a alternativa descreve precisamente as funções das corporações de ofício: regulamentavam a técnica, garantiam a qualidade e protegiam o exercício profissional, criando de fato um monopólio local. Esses elementos—produção, qualidade e monopólio—são característicos das guildas de artesãos.
Análise das alternativas incorretas:
A — "defender os interesses das cidades": função mais ampla; órgãos municipais e corporações mercantis também agiam nisso. Não é específico das corporações de ofício.
B — "dominar o comércio do Mar do Norte": refere-se à Liga Hanseática (mercadores), não aos artesãos locais.
C — "defender os interesses mercantis": novamente diz respeito a mercadores, não à regulação da produção artesanal.
E — "ampliar o sistema de comércio e proteger interesses de seus associados": descreve organizações mercantis/associações comerciais, não o foco técnico e monopolista das corporações de ofício.
Dica de prova: ao ver "artesãos" ou "corporações de ofício", associe imediatamente às funções internas de produção/qualidade/controle de ofício. Palavras como "comércio", "Mar do Norte" ou "mercantis" são pistas para pensar em corporações comerciais, não em guildas de artesãos.
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