No ano de 2006, os líderes religiosos, o Papa
Católico Bento XVI e o Patriarca Ecumênico
Ortodoxo Bartolomeu I, encontraram-se em
Istambul, na Turquia. O encontro marcou a
reaproximação entre Católicos e Ortodoxos, e
renovou os compromissos em continuar o caminho
da unidade dos cristãos e o diálogo entre ambas as
religiões. A ruptura entre Católicos e Ortodoxos
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D.
Tema central: trata-se do cisma entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa, evento chave da História do Cristianismo que divide as tradições ocidental e oriental. É importante para concursos porque exige identificação de datas, causas religiosas e políticas e dos protagonistas (Papa, Patriarca, Império Bizantino).
Resumo teórico: Em 1054 deu-se o chamado Cisma do Oriente (ou Grande Cisma do Oriente), marcado por trocas de excomunhões entre o Papa e o Patriarca de Constantinopla. Causas principais: disputa sobre a primazia papal, a controvérsia do Filioque (inserção ocidental "e do Filho" no Credo), diferenças litúrgicas e culturais (latim × grego) e rivalidades políticas entre Roma e Constantinopla. O rompimento foi consolidado posteriormente, especialmente após a tomada de Constantinopla em 1204.
Justificativa da alternativa D: A alternativa aponta corretamente o ano 1054 e o nome do evento (Cisma do Oriente), correspondendo ao momento em que se formalizaram as excomunhões recíprocas que simbolizam a separação entre as duas Igrejas.
Análise das alternativas incorretas:
A. A transferência da capital para Constantinopla ocorreu em 330 por Constantino. Foi um marco político e religioso, mas não é quando ocorreu o cisma entre as Igrejas — a separação institucional só se cristalizou em 1054.
B. Justiniano (527–565) foi imperador que tentou reforçar a unidade religiosa e reformou o direito (Corpus Iuris Civilis), mas não conduziu um cisma entre Oriente e Ocidente; portanto a alternativa confunde época e papel.
C. Indulgências e suas controvérsias estão ligadas ao período tardio da Igreja Ocidental e à Reforma Protestante (séculos XVI) — não são causa do cisma de 1054. Além disso, a formulação mistura conceitos (poder imperial × indulgências) de épocas diferentes.
Estratégia para resolver questões assim: Procure datas e termos-chave (ex.: 1054, Filioque, primazia papal). Desconfie de alternativas que misturam períodos distintos ou atribuem a um personagem do século VI (Justiniano) um evento do século XI. Pergunte-se: "essa causa/ano pertence ao mesmo contexto histórico?"
Fontes recomendadas: Encyclopaedia Britannica (entrada "Great Schism"), Oxford Dictionary of the Christian Church; manuais de História Medieval e de História das Religiões.
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