No modo de produção feudal, que predominou na Europa nos
séculos anteriores ao período focalizado no texto I, a
“sobrevivência da maioria das pessoas” dependia
I.
Dentre essas Revoluções Atlânticas,
denominação adotada por vários historiadores,
destaca-se a Revolução Industrial, que,
promovida pela burguesia triunfante, representou
o momento decisivo da vitória do capitalismo como
forma de produção econômica predominante e
única em várias sociedades da Europa Ocidental.
Isso é o mesmo que dizer que, a partir desse
momento, a sobrevivência da maioria das
pessoas teria por base um trabalho assalariado.
(AQUINO et al., 1993, p. 114).
II.
A própria integração da economia global
acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio
da revolução tecnológica, especialmente no setor
de telecomunicações. A internet, rede mundial de
computadores, revelou-se a mais inovadora
tecnologia de comunicação e informação do
planeta. A troca de informações (dados, voz e
imagens) tornou-ser quase instantânea, o que
acelerou muito o fechamento de negócios. [...]Com a expansão do comércio e as facilidades da
rede mundial de computadores, ocorreu a
intensificação do fluxo de capitais entre os países.
A busca de maior lucratividade levou as empresas
a investir cada vez mais no mercado financeiro,
que se tornou o epicentro da economia
globalizada. (A HEGEMONIA..., 2008, p. 152-153).
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: trata-se do modo de produção feudal e da forma como a maior parte da população garantia sua subsistência antes da Revolução Industrial. É essencial distinguir trabalho assalariado (capitalismo) de servidão (feudalismo).
Resumo teórico (sintético): No feudalismo europeu a economia era agrária e descentralizada. A maioria vivia em aldeias vinculadas a um senhor senhorial. Os camponeses (servos) não eram assalariados nem proprietários livres: sua sobrevivência dependia do acesso à parcela de terra para cultivo e da proteção do senhor, em troca de obrigações (rendas, corvéias, taxas, entrega de parte da produção). Fontes clássicas: Marc Bloch (A Sociedade Feudal) e Georges Duby (A Sociedade Feudal na Idade Média).
Justificativa da alternativa A: "Submissão de sua força de trabalho ao regime de servidão" descreve corretamente a condição da maioria: os servos prestavam trabalho e tributos ao senhor feudal para manter o direito de cultivo e moradia. Logo, a sobrevivência dependia desse vínculo servil, não de salário.
Análise das alternativas incorretas:
B — A Igreja oferecia caridade, mas isso não assegurava a subsistência da maioria; a assistência era complementar e limitada. Não foi o mecanismo estrutural de sobrevivência econômica.
C — A ideia de alimentos gratuitos fornecidos pelos senhores é equivocada: o senhor exigia tributos e serviços; o acesso aos alimentos vinha do cultivo do servo na terra, não de distribuição gratuita.
D — O comércio era regional e restrito; não havia "livre comércio" entre feudos como fator determinante de subsistência. Estradas eram precárias e o sistema senhorial limitava trocas e mercados.
E — O trabalho escravo não era a forma mais comum na alta e baixa Idade Média na Europa Ocidental; predominou a servidão (vínculo pessoal e econômico ao senhor). Escravidão existiu em contextos específicos, mas não como regime dominante.
Dica de prova: ao ver "modo de produção feudal" busque palavras-chave: servidão, senhor, corvéia, rendas. Desconfie de alternativas que generalizam (p.ex., "gratuidades" ou "livre comércio") — elas costumam ser armadilhas.
Fontes recomendadas: Marc Bloch, A Sociedade Feudal; Georges Duby, A Sociedade Feudal. Para concursos, procure manuais de História Medieval e sínteses de História Geral.
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