Sobre a relação entre o engenho de açúcar e a sociedade colonial brasileira é correto afirmar que:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D - O engenho de açúcar e o senhor de engenho são símbolos de riqueza e nobreza.
1. Tema e relevância
A questão trata da economia açucareira colonial e da posição social dos senhores de engenho — tema central para entender a formação da elite colonial, as relações de trabalho (escravismo) e a organização rural no Brasil colonial. Conhecimento exigido: estrutura do engenho, mão de obra e hierarquia social no século XVI–XVIII.
2. Resumo teórico
O engenho era uma unidade produtiva complexa (plantação, casa-grande, instalações de beneficiamento) baseada na monocultura da cana e no trabalho escravo. O senhor de engenho concentrava capital, terra e controle sobre produção e poder local, formando a elite agrária — com prestígio político e social. Fontes clássicas sobre o tema: autores como Caio Prado Júnior, Emília Viotti da Costa e Stuart B. Schwartz tratam da centralidade da economia açucareira na sociedade colonial.
3. Justificativa da alternativa D
D é correta porque sintetiza a visão histórica consolidada: o engenho e seu proprietário eram indicadores de riqueza material (terra, escravos, produção) e prestígio social — muitas vezes comparado à nobreza pela posição dominante na hierarquia local e influência política (cadeias de clientelismo, cargos, alianças matrimoniais).
4. Análise das alternativas incorretas
A — Incorreta: áreas açucareiras não eram irrigadas como regra nem ocupadas por trabalhadores livres; baseavam-se em lavouras extensas, sujeitas a chuva, e predominantemente em trabalho escravo.
B — Incorreta: os engenhos mais lucrativos estavam no Nordeste (Pernambuco, Bahia), não na capitania do Rio de Janeiro, que teve economia distinta e menor centralidade na produção açucareira.
C — Incorreta: contradiz a realidade: senhores de engenho eram ricos e detinham poder e prestígio local; não eram figuras sem influência.
E — Incorreta: os engenhos eram complexos e diversificados internamente (diferentes tarefas, ofícios e hierarquias na casa-grande e senzala); não havia homogeneidade de serviços/produção.
5. Estratégia para resolver questões semelhantes
Atente a palavras absolutas (sempre/nunca/predominavam) e a termos que conflitam com conhecidas práticas coloniais (por ex., "trabalhadores livres" vs. “escravismo”). Relacione “engenho” tanto ao processo produtivo quanto à posição social do proprietário.
Referências sugeridas: Caio Prado Júnior; Emília Viotti da Costa; Stuart B. Schwartz — estudos clássicos sobre a economia açucareira e escravidão no Brasil colonial.
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