Sobre a Confederação do Equador proclamada em 1824, é certo afirmar que:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: a Confederação do Equador (1824) foi uma insurreição das províncias do Nordeste — sobretudo Pernambuco — que reagiu ao caráter centralizador e autoritário da Constituição de 1824 e ao governo de Dom Pedro I. A questão exige entender objetivos políticos (autonomia/federalismo vs. centralismo), perfil dos líderes (liberais, por vezes republicanos) e o caráter antilusitano do movimento.
Resumo teórico: os confederados defendiam maior autonomia provincial e rejeitavam o modo centralizador da Constituição outorgada em 1824. Havia forte sentimento contra privilégios dos portugueses (comerciais e administrativos), e setores liberais e republicanos lideraram a reação. A insurreição foi rapidamente sufocada pelas tropas imperiais em meses, não em anos. Fontes úteis: Constituição Política do Império do Brasil (1824), Boris Fausto, História Concisa do Brasil; Enciclopédia Barsa.
Por que D está correta: a alternativa afirma que o programa dos confederados incluía a questão da autonomia provincial e o sentimento antilusitano. Isso é factualmente verdadeiro: exigiam descentralização/federalismo e criticavam a presença e privilégios portugueses — elementos centrais do movimento.
Análise das alternativas incorretas:
A — falsa. Os confederados não eram favoráveis ao absolutismo português nem ao fechamento da Assembleia Constituinte; pelo contrário, opunham‑se ao centralismo imperial e a privilégios lusitanos.
B — falsa. A resistência foi curta: a insurreição começou e foi reprimida em 1824, durando meses. Não se tratou de uma luta prolongada por anos.
C — falsa. A formulação é confusa: o fracasso não decorreu de uma incapacidade em separar “Norte das províncias do Sul”. O movimento visava autonomia/regime confederado no Norte; seu fracasso deu‑se por superioridade militar imperial e falta de apoio amplo, não por essa separação mencionada.
E — falsa ou imprecisa. Frei Caneca foi importante líder e jornalista do Typhis Pernambucano, usando a imprensa para divulgar ideias; mas a alternativa apresenta fatos distorcidos (a expressão "arremata o jornal" e o motivo simplificado estão incorretos). Frei Caneca foi preso e posteriormente executado em 1825 por seu papel político.
Dica de interpretação: busque palavras‑chave históricas (“autonomia”, “antilusitano”, “Constituição de 1824”, “rapidez da repressão”) e desconfiar de afirmações absolutas como “por vários anos” ou de descrições que invertam posições políticas (ex.: atribuir aos liberais defesa do absolutismo).
Fontes recomendadas: Constituição de 1824 (texto base), Boris Fausto, História Concisa do Brasil; artigos e verbetes sobre a Confederação do Equador em enciclopédias acadêmicas.
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