Texto 1
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), negou pedido de juiz do Rio de Janeiro que
reivindica que a Justiça obrigue os funcionários do prédio
onde esse juiz mora a chamá-lo de “senhor” ou de “doutor”,
sob pena de multa diária. Na ação judicial, o juiz argumenta
que foi chamado pelo porteiro do condomínio de “você” e de
“cara” e que ouviu a expressão “fala sério!” após ter feito uma
reclamação.
(Mariana Oliveira. “Ministro do STF nega pedido de juiz que quer
ser chamado de ‘doutor’”. http://g1.globo.com, 22.04.2014. Adaptado.)
Texto 2
O “Você sabe com quem está falando?” não parece ser
uma expressão nova, mas velha, tradicional, entre nós. Na
medida em que as marcas de posição e hierarquização tradicional,
como a bengala, as roupas de linho branco, o anel
de grau e a caneta-tinteiro no bolso de fora do paletó se dissolvem,
incrementa-se imediatamente o uso da expressão
separadora de posições sociais para que o igualitarismo formal
e legal, mas cambaleante na prática social, possa ficar
submetido a outras formas de hierarquização social.
(Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983. Adaptado.)
Considerando a análise do antropólogo Roberto da Matta, o
fato descrito no texto 1 pode ser corretamente interpretado
como resultante
Texto 1
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de juiz do Rio de Janeiro que reivindica que a Justiça obrigue os funcionários do prédio onde esse juiz mora a chamá-lo de “senhor” ou de “doutor”, sob pena de multa diária. Na ação judicial, o juiz argumenta que foi chamado pelo porteiro do condomínio de “você” e de “cara” e que ouviu a expressão “fala sério!” após ter feito uma reclamação.
(Mariana Oliveira. “Ministro do STF nega pedido de juiz que quer ser chamado de ‘doutor’”. http://g1.globo.com, 22.04.2014. Adaptado.)
Texto 2
O “Você sabe com quem está falando?” não parece ser uma expressão nova, mas velha, tradicional, entre nós. Na medida em que as marcas de posição e hierarquização tradicional, como a bengala, as roupas de linho branco, o anel de grau e a caneta-tinteiro no bolso de fora do paletó se dissolvem, incrementa-se imediatamente o uso da expressão separadora de posições sociais para que o igualitarismo formal e legal, mas cambaleante na prática social, possa ficar submetido a outras formas de hierarquização social.
(Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983. Adaptado.)
Considerando a análise do antropólogo Roberto da Matta, o fato descrito no texto 1 pode ser corretamente interpretado como resultante