a monarquia valeu-se da teoria do direito divino
dos reis, para se legitimar.
A respeito da monarquia absolutista que vigorou na
Europa no início da era moderna, é correto afirmar
que
Gabarito comentado
Resposta: Certo (C)
Tema central — por que isso importa: A questão aborda a legitimação política da monarquia absolutista na Europa moderna. Compreender essa legitimação é essencial para distinguir formas de autoridade (monarquia absoluta, monarquia parlamentar, etc.) e para reconhecer como ideias políticas e religiosas sustentavam o poder do Estado.
Resumo teórico claro e progressivo:
- Contexto: entre os séculos XVI e XVII, Estados-centrais fortaleceram-se contra a fragmentação feudal, concentrando administração, exército e tributos.
- Legitimidade: a teoria do direito divino dos reis afirmava que o rei recebe seu poder diretamente de Deus; assim, desafiar o monarca equivalia a desafiar a ordem divina.
- Autores e conceitos-chave: Jean Bodin formulou a ideia de soberania como poder supremo e indivisível do Estado; Jacques-Bénigne Bossuet defendeu explicitamente o direito divino na obra "Politique tirée des propres paroles de l'Écriture Sainte". Na sociologia, Max Weber ajuda a entender tipos de autoridade (tradicional, carismática, legal-racional) — o absolutismo usava elementos tradicionais e religiosos para consolidar autoridade.
Por que a alternativa é correta:
A alternativa indica que a monarquia absolutista se valeu da teoria do direito divino para se legitimar — isso é histórico e conceitualmente preciso. O discurso do direito divino serviu como justificativa ideológica para o poder centralizador dos reis (ex.: França de Luís XIV), conferindo sacralidade à função régia e deslegitimando a resistência política dos súditos. Fontes clássicas: Jean Bodin, Les Six Livres de la République (1576); Bossuet, Politique tirée des propres paroles de l'Écriture Sainte.
Dica de prova — como interpretar a pegadinha:
Procure palavras-chave como "legitimar", "direito divino", "início da era moderna". Se o enunciado relaciona absolutismo com justificação religiosa do poder, a alternativa tende a ser verdadeira. Cuidado: não confunda defesa ideológica (direito divino) com inexistência de limites práticos (alguns monarcas ainda enfrentavam privilégios locais, parlamentos ou a Igreja).
Fontes sugeridas: Jean Bodin, Les Six Livres de la République; Jacques-Bénigne Bossuet, Politique; Max Weber, Economy and Society.
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