Questão c4cfedb0-dd
Prova:UEM 2011
Disciplina:Sociologia
Assunto:Política, poder e Estado

foi uma forma de governo adotada pelos senhores feudais, camponeses e clero católico contra as ameaças representadas pelo desenvolvimento da burguesia.

A respeito da monarquia absolutista que vigorou na Europa no início da era moderna, é correto afirmar que 

C
Certo
E
Errado

Gabarito comentado

V
Vitor CarvalhoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: E — Errado

Tema central: monarquia absolutista na Europa moderna — sistema político em que o rei concentra autoridade, reivindica soberania indivisível e utiliza aparato administrativo e militar centralizado para governar.

Resumo teórico: a monarquia absolutista (sécs. XVI–XVIII) assentou-se em: (1) centralização do poder e redução das autonomias feudais; (2) legitimação ideológica (direito divino — ver Bossuet); (3) criação de burocracias e exércitos permanentes; (4) busca de ordem jurídica e fiscal que favorecesse o Estado moderno. Exemplos clássicos: Luís XIV na França e Pedro, o Grande na Rússia. Autores clássicos: Jean Bodin (sua teoria da soberania) e Jacques-Bénigne Bossuet (teoria do direito divino do rei).

Por que a afirmativa é errada?

1) “Senhores feudais”: a monarquia absolutista não foi uma iniciativa dos senhores feudais; pelo contrário, os reis buscaram reduzir o poder feudal para criar um Estado centralizado — muitas políticas absolutistas visavam limitar privilégios senhoriais.

2) “Camponeses”: a massa camponesa não foi agente responsável pela adoção do absolutismo. Camponeses normalmente sofreram maior exploração fiscal e serviram mais como objeto das políticas estatais e senhoriais do que como promotores de centralização.

3) “Clero católico”: o clero teve papéis variados — em alguns contextos apoiou o rei, em outros manteve autonomia e interesses próprios. Não houve uma frente monolítica “clero + nobres + camponeses” contra a burguesia.

4) “Contra a burguesia”: frequentemente a burguesia apoiou ou tirou proveito do absolutismo, pois a centralização promovia mercados unificados, segurança jurídica e ordem favoráveis ao comércio. Em suma, a afirmação apresenta uma coalizão social improvável e contrária à dinâmica histórica.

Dica para provas: ao avaliar enunciados, identifique os atores sociais e suas motivações reais — quem perde poder com a centralização? quem ganha? Isso ajuda a perceber afirmações que invertem relações causais.

Fontes-síntese: Jean Bodin, Teoria da Soberania (1576); Jacques-Bénigne Bossuet, Política tirada das próprias palavras da Escritura; manuais de História Moderna sobre formação dos Estados modernos.

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